Vasco 3x1 Cruzeiro - 28/11/1973
Confrontos (clique no jogo para navegar) | |||
---|---|---|---|
Por temporada | |||
| |||
Por Campeonato Nacional | |||
| |||
No estádio Maracanã | |||
| |||
Contra Vasco | |||
|
[edit]
Data: quarta-feira, 28 de novembro de 1973
Local: Rio de Janeiro, RJ
Estádio: Maracanã
Árbitro: José
Assistente 1:
Assistente 2:
Público pagante: 14.840
Público Presente: Não disponível
Renda Bruta: Não informado
Vasco
1. Andrada
2. Marcelo
3. Miguel
4. Alfinete
5. Paulo César
6. Alcir
7. Dé
8. Zanata ( Ademir )
9. Buglê ( Fumanchu )
10. Luiz Carlos
11. Roberto Dinamite
Técnico: Mário Travaglini
Cruzeiro
1. (T) Hélio
2. (T) Perfumo
3. (T) Procópio
4. (T) Nelinho
5. (T) Vanderlei
6. (T) Dirceu Lopes
( (R)
Rinaldo )
7. (T) Eduardo Amorim
8. (T) Piazza
9. (T) Zé Carlos
10. (T) Juarez Baiano
11. (T) Lima
Técnico: Hilton Chaves
O que foi dito[editar]
PROCÓPIO: Quando Pelé quebrou minha perna eu fiquei 5 anos, 1 mês e 13 dias afastado. Lembrando que 3 destes 5 anos eu fiquei na cama do hospital, com risco de ficar aleijado. A cirurgia foi na Santa Casa de BH. A recuperação foi no Arapiara. Tudo pelo INSS.
Para me reintegrar ao profissional do Cruzeiro tive que fazer teste marcando Roberto Batata, Palhinha, Joãozinho etc. Passei. Uma vez reintegrado, eu não vinha sendo relacionado para os jogos. Foi quando Perfumo me pegou pelo braço após o treino, me levou até o Hilton Chaves e perguntou: "Por que esse moço não joga?"
Alguns dias depois quando cheguei em casa após o treino, Mariam, minha esposa, me perguntou: "Procópio, onde você estava?" Respondi: "Treinando". Ela disse: "Ligaram do Cruzeiro para você se apresentar no aeroporto". Liguei para o clube e, para minha surpresa, de fato a ordem era para me dirigir ao aeroporto. Estranhei porque na Toca ninguém tinha me dito nada. O jogo seria dois dias depois contra o Vasco da Gama, no Rio.
Já no Rio, na noite anterior ao jogo, o telefone tocou no quarto do hotel. Zé Carlos atendeu e me passou. Era o Carioca, ex-jogador e diretor do clube. Muito meu amigo. Carioca me disse: "Procópio, estão armando uma cilada para você. Você será escalado amanhã como titular para marcar o Roberto Dinamite. Se prepare." Estávamos em 1973, Roberto estava no auge de sua carreira. Mas eu estava tranquilo, me sentia preparado. Nunca temi nada nem ninguém, principalmente quando eu vestia a camisa do Cruzeiro. O Zé Carlos contou ao Perfumo sobre o telefonema do Carioca. No vestiário do Maracanã, ambos vieram a mim e disseram: "Procópio, fique tranquilo, estamos com você, jogue como você vem treinando."
Me lembro como se fosse hoje quando o árbitro apitou o início do jogo. Ouvi um berro: "PROCÓPIO, EU ESTOU AQUI". Olhei para o lado era o Perfumo. Aquilo me encheu de confiança. Na primeira bola que peguei apliquei uma caneta no Dinamite. Ganhei todos os prêmios de melhor em campo naquela noite. Foi assim que voltei ao futebol 5 anos, 1 mês e 13 dias após minha contusão em 1968[1][2].