Valdir Pereira

De CruzeiroPédia .:. A História do Cruzeiro Esporte Clube
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Didi
Números totais
Número de jogos 30 (Oficial: 21 / Amistoso: 9)
Vitórias 12
Empates 10
Derrotas 8
Gols pró 37 (média: 1.23 )
Gols contra 32 (média: 1.07 )
Aprov. em pontos 51,11%
Aprov. de vitórias 40,00%
Último jogo considerado
Democrata-GV Escudo Democrata-GV.png 1x0 Escudo Cruzeiro BH.png Cruzeiro - 06/12/1981
Substituiu Foi substituido por

1981 Procópio Cardoso Brito 1982
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Valdir Pereira, também conhecido como Didi (Campos, RJ, 08/10/1928; +Rio de Janeiro, RJ, 12/05/2001).

A contratação do treinador Didi, de 52 anos, foi anunciada pela diretoria cruzeirense, em 31 de julho de 1981. Seu contrato com o Nacional de Jedá, da Arábia Saudita, havia encerrado e o técnico interrompeu as férias com a família em Montreaux, na Suíça, para se apresentar na sede do Barro Preto e assinar contrato. O Cruzeiro foi o segundo clube brasileiro que dirigiu. O Fluminense havia sido o primeiro em 1975.

Como era um dos grandes ídolos do futebol brasileiro, foi apresentado ao plantel de uma forma peculiar. A diretoria cruzeirense organizou uma homenagem ao treinador na Toca da Raposa, no dia 1o de agosto. Um churrasco foi promovido com a presença dos atletas, sócios e conselheiros. Didi era um dos grandes nomes do futebol brasileiro. Como jogador, disputou os Mundiais de 1954, 1958 e 1962 pela Seleção Brasileira e foi campeão em 1958 e 1962.

Como treinador, Didi adquiriu fama de “acertador de times” e estrategista. Classificou e dirigiu a Seleção Peruana no Mundial de 1970, no México, e teve uma passagem marcante pelo River Plate. Resgatou o clube argentino, que vivia uma má fase, e o levou de volta aos seus dias de glória. O seu currículo de treinador gerou uma imensa expectativa na imprensa brasileira e na torcida cruzeirense. O clube não ganhava um título de expressão há cinco anos e assistia o rival Atlético implantar uma hegemonia no futebol mineiro. No entanto, Didi tratou logo de acalmar os ânimos: “não vim salvar a pátria e sim fazer um trabalho no Cruzeiro”. De nada adiantou o aviso, o primeiro treino coletivo que dirigiu, em 5 de agosto, foi acompanhado por uma multidão de torcedores na Toca da Raposa. Naquela época, as arquibancadas da Toca eram abertas ao público.

Sua estreia foi na derrota para o Botafogo, em amistoso, no Mineirão, no dia 12 de agosto de 1981. Chamou a atenção da imprensa e da torcida ao se apresentar no Mineirão vestindo sapato, terno e gravata. Após uma sequência de maus resultados em amistosos, o time engrenou no Campeonato Mineiro. No entanto, não foi suficiente para impedir mais um título estadual dos alvinegros. O Cruzeiro ficou com o vice-campeonato.

Didi deixou o Cruzeiro, em 12 de janeiro de 1982, ao aceitar um convite para treinar a Seleção de Novos do Equador e um salário de Cr$5 milhões mensais. Antes de ir embora fez um diagnóstico sobre o clube. Observou que o ambiente entre os jogadores não era bom. Também reclamou dos dirigentes Furletti e Felício Brandi que se preocupavam mais com a briga nos bastidores do que trazer jogadores para montar um time campeão. “Conformaram-se em classificar a equipe para o Campeonato Brasileiro”, lamentou. Naqueles tempos, os dois primeiros colocados do Estadual confirmavam presença no Brasileirão do ano seguinte.

Didi faleceu de câncer, aos 71 anos, no Rio de Janeiro, em 12 de maio de 2011.

Fonte