River Plate 2x1 Cruzeiro - 28/07/1976: mudanças entre as edições

De CruzeiroPédia .:. A História do Cruzeiro Esporte Clube
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| motivo = 2ª partida da final da [[Copa Libertadores da América 1976]]
| motivo = 2ª partida da final da [[Copa Libertadores da América 1976]]|observacao= 1º jogo e 1ª final do Cruzeiro no estádio
| dia = 28 de julho
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| ano =1976
| ano =1976

Edição atual tal como às 18h23min de 21 de dezembro de 2020


Confrontos
(clique no jogo para navegar)
Por temporada
Escudo Atlético-MG 1970.png 1x1 Escudo Cruzeiro BH.png Gol aos do Escudo River Plate.png 2x3 Escudo Cruzeiro BH.png
Por Copa Libertadores da América
Escudo Cruzeiro BH.png 4x1 Escudo River Plate.png Gol aos do Escudo River Plate.png 2x3 Escudo Cruzeiro BH.png
No estádio Monumental de Núñez
← Primeira ficha Gol aos do Escudo River Plate.png 2x0 Escudo Cruzeiro BH.png
Contra River Plate
Escudo Cruzeiro BH.png 4x1 Escudo River Plate.png Gol aos do Escudo River Plate.png 2x3 Escudo Cruzeiro BH.png

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Escudo River Plate.png
2 × 1
Escudo Cruzeiro BH.png

2ª partida da final da Copa Libertadores da América 1976

Placar
River Plate 2-1 Cruzeiro
Súmula/Borderô não disponível

Informações

Data: quarta-feira, 28 de julho de 1976
Local: Buenos Aires, Argentina
Estádio: Monumental de Núñez

Árbitro: José Martínez Bazan
Assistente 1: César Orozco
Assistente 2: Alberto Martínez


Público e Renda

Público pagante: 90.000
Público Presente: Não disponível
Renda Bruta: ARS $ 653.331,00 R$ 653.331 <br />Cr$ 653.331 <br />NCr$ 653.331 <br />Cz$ 653.331 <br />NCz$ 653.331 <br /> (preço médio: ARS $ 7,26 )


Escalações

River Plate
  1. Luis Landaburu
  2. Pablo Comelles
  3. Roberto Perfumo Cartão vermelho recebido aos 11  (2T) 11'  (2T)  
  4. Daniel Passarela
  5. Héctor López Substituição realizada 16 (1T) de jogo 16 (1T) ( Héctor Artico ) Cartão amarelo recebido aos
  6. Juan José López Gol aos 9 do  (1T) 9'  (1T) Cartão amarelo recebido aos Cartão vermelho recebido aos 34  (2T) 34'  (2T)  
  7. Reinaldo Merlo Cartão amarelo recebido aos
  8. Norberto Alonso
  9. Pedro González Gol aos 30 do  (2T) 30'  (2T)
10. Leopoldo Luque
11. Oscar Más Substituição realizada 24 (2T) de jogo 24 (2T) ( Alejandro Sabella )
Técnico: Ángel Labruna

Cruzeiro
  1. (T) Raul
  9. (T) Nelinho
  3. (T) Moraes Cartão amarelo recebido aos  (1)
12. (T) Darci Menezes
  6. (T) Vanderlei
13. (T) PiazzaSimbolo jogador base.png
  8. (T) Zé Carlos
11. (T) Eduardo AmorimSimbolo jogador base.png Substituição realizada 35' (2T) de jogo 35' (2T) ( 16.(R) Ronaldo Drummond )
  7. (T) Jairzinho  Cartão vermelho recebido aos 11  (2T) 11'  (2T)  
  5. (T) PalhinhaSimbolo jogador base.png  Gol aos 2 do  (2T) 2'  (2T)
10. (T) JoãozinhoSimbolo jogador base.png
Técnico: Icone-Treinador.png Zezé Moreira


Reservas que não entraram na partida

Resumo do Jogo[editar]

O Cruzeiro foi pra Argentina sabendo que enfrentaria uma guerra. Ainda que o Monumental de Nuñez não fosse acanhado como os estádios de Avellaneda e de Rosario, onde o time sucumbira no ano anterior, o clima seria de pressão total, com 90 mil torcedores cantando e empurrando seu time. Dentro de campo, a catimba dos argentinos.

Um empate garantia o título. Em caso de derrota, por qualquer placar, haveria um terceiro jogo, já que o saldo de gols não era critério de desempate.

Em entrevista à Placar, Zezé Moreira falou sobre o que esperava do jogo:

“Eles farão mais ou menos o que realizaram aqui no segundo tempo, quando estavam perdendo por 3×0. Se desdobraram, exercendo uma forte pressão sobre a nossa defesa, mas fomos nós que marcamos um gol. Lá em Buenos Aires, eles partirão assim no primeiro tempo e temos meios para surpreendê-los.”

Zezé tinha razão. Na quarta-feira, 28jul76, o River começou pressionando. Mesmo sem Fillol, contava com as voltas de Passarella e Beto Alonso, seu maior talento. E abriu o placar aos 9 minutos, em cobrança de falta de JJ López.

Depois do gol, o Cruzeiro teve grande chance com Jairzinho, que ficou cara a cara com Landaburu, chutou em cima dele, pegou o rebote e mandou por cima do gol ao tentar encobrir Perfumo, que fazia a cobertura.

A pressão seguiu e o Cruzeiro não estava bem. Piazza errava passes e obrigava Zé Carlos a se desdobrar pra dar conta do trio Merlo, López e Alonso. No ataque, Jairzinho e Palhinha não conseguiam tramar jogadas e Joãozinho era bem marcado por Comelles. Mas a defesa segurou o rojão e o River teve poucas chances reais no 1º tempo.

No 2º tempo, o Cruzeiro voltou fulminante e, logo aos 2 minutos, Palhinha concluiu pras redes uma jogada de Piazza, Zé Carlos e Jairzinho, que trocaram passes curtos. O time cresceu com o empate, mas quando jogava melhor e dava a impressão de que poderia vencer, Jairzinho se envolveu numa discussão com Perfumo e ambos foram expulsos.

Jairzinho ficou inconformado:

“O juiz fez tudo premeditadamente. Não queria que eu jogasse e me expulsou. Não posso acreditar: foi muito castigo para uma falta que não houve. O Perfumo e eu estávamos discutindo – essas coisas que dentro de campo acontecem normalmente. Falava pra ele que jogar do jeito que estavam jogando era deslealdade: pegavam a gente sem bola, despistando, e a gente não podia fazer nada para não ser expulso. Cuspiram na minha cara o tempo todo. O pior é que eles agradeceram muito o tratamento, a lealdade com que foram recebidos em Belo Horizonte e retribuíram com pedras. O Perfumo, na hora da expulsão, estava me dizendo que era aquilo mesmo: “Nós temos que ganhar essa de qualquer maneira e vamos ganhar”. Mesmo bem na partida, o Cruzeiro acabou sofrendo o segundo gol, em um lance que traduz o que era jogar na Argentina naqueles tempos com toda a pressão e intimidação sofrida pelos adversários e pelo juiz.

Aos 30, Luque chutou à queima-roupa, Raul espalmou, a bola subiu e caiu na pequena área. Vanderlei, que tentava tirar, foi seguro acintosamente pelo centroavante e Pedro Gonzalez, com o corpo, empurrou a bola pra dentro do gol. Qual juiz no mundo teria coragem de anular o lance?

Nos acréscimos, quando o River jogava com nove depois da expulsão de JJ López, o Cruzeiro perdeu boa chance de empatar, aos 48, quando Nelinho cruzou e Palhinha, na pequena área, errou a cabeçada.

Depois do jogo, Zezé desabafou:

“Os argentinos fazem de tudo dentro de campo. São sujos, desonestos. Vale tudo pra não perderem no campo deles. Esse jogo foi uma lástima. Se tivesse jogado assim antes, o Cruzeiro teria sido eliminado no Paraguai.”

Fonte[editar]

  • Livro Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube 1921-2013- RIBEIRO, Henrique - Caxias do Sul-RS: Editora Belas Letras Ltda., 2014. 405 p.