Racing 1x0 Cruzeiro - 25/11/1992

De CruzeiroPédia .:. A História do Cruzeiro Esporte Clube


Confrontos
(clique no jogo para navegar)
Por temporada
Escudo Cruzeiro BH.png 1x0 Escudo Trespontano.png Gol aos do Escudo Trespontano.png 1x2 Escudo Cruzeiro BH.png
Por Supercopa Libertadores
Escudo Cruzeiro BH.png 4x0 Escudo Racing.png Gol aos do Escudo Cruzeiro BH.png 6x1 Escudo Colo-Colo.png
No estádio El Cilindro
Escudo Racing.png 2x1 Escudo Cruzeiro BH.png Gol aos do Escudo Racing.png 0x4 Mini-Escudo Cruzeiro.png
Contra Racing
Escudo Cruzeiro BH.png 4x0 Escudo Racing.png Gol aos do Mini-Escudo Cruzeiro.png 2x0 Escudo Racing.png

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Escudo Racing.png
1 × 0
Escudo Cruzeiro BH.png

2ª Jogo - Final da Supercopa Libertadores 1992

Placar
Racing 1-0 Cruzeiro
Súmula/Borderô não disponível

Informações

Data: quarta-feira, 25 de novembro de 1992 às 21:00
Local: Avellaneda, Argentina
Estádio: El Cilindro

Árbitro: Juan Francisco Escobar
Assistente 1: Carlos Alberto Mariel
Assistente 2: Bonifácio Nuñes


Público e Renda

Público pagante: 29.857
Público Presente: Não disponível
Renda Bruta: US$ 180.014,00 R$ 180.014 <br />Cr$ 180.014 <br />NCr$ 180.014 <br />Cz$ 180.014 <br />NCz$ 180.014 <br /> (preço médio: US$ 6,03 )


Escalações

Racing
  1. Carlos Roa
  4. Jorge Reinoso
  5. Gustavo Costas
  6. Abelardo Vallejos Cartão amarelo recebido aos Substituição realizada 16'(2T) de jogo 16'(2T) ( 9. Félix Torres )
  3. Juan Distéfano Cartão amarelo recebido aos
  8. Gustavo Matosas Substituição realizada 37'(1T) de jogo 37'(1T) ( 15. Darío Cabrol )
19. Guillermo Guendulain
10. Rubén Paz
  7. Cláudio Garcia Cartão amarelo recebido aos Gol aos 40 do  (2T) 40'  (2T) Cartão amarelo recebido aos Cartão vermelho recebido aos 41  (2T) 41'  (2T)  
16. Carlos Torres Cartão amarelo recebido aos
11. Alfredo Graciani
Técnico: Humberto Grondona

Cruzeiro
  1. (T) Paulo César Borges
  2. (T) Paulo Roberto
  4. (T) Célio LúcioSimbolo jogador base.png Cartão amarelo recebido aos  (1)
  3. (T) Luizinho
  6. (T) Nonato
  8. (T) DouglasSimbolo jogador base.png Cartão amarelo recebido aos  (1)  Cartão amarelo recebido aos Cartão vermelho recebido aos 30  (2T) 30'  (2T)  
10. (T) Boiadeiro
17. (T) Luís Fernando Flores
  9. (T) Betinho Substituição realizada 17' (2T) de jogo 17' (2T) ( 21.(R) Rogério Lage  Cartão vermelho recebido aos 21  (2T) 21'  (2T)   )
  7. (T) Renato Gaúcho
11. (T) Roberto Gaúcho Substituição realizada 33' (2T) de jogo 33' (2T) ( 15.(R) Arley Álvares )
Técnico: Icone-Treinador.png Jair Pereira


Reservas que não entraram na partida

Racing
12. Jorge Bartero
20. Alejandro Pacheco
24. Claudio López

Cruzeiro
12. (B) Gilberto
16. (B) Édson
23. (B) Toto

Uniforme do jogo[editar]

                     Kit left arm-1987-1.png Kit body-1992-1.png Kit right arm-1987-1.png                     
Kit shorts-adidas-listra.png
Kit socks.png

Pré-Jogo[editar]

Para a partida em Avellaneda, o treinador Jair Pereira adiantou qual seria a sua estratégia. "Vou armar a equipe de forma defensiva, fechando o meio e evitando o apoio de Paulo Roberto e Nonato, que ficarão presos à marcação", declarou. “Temos que jogar pelo regulamento explorando os contra-ataques. Desta forma poderemos vencer o jogo, pois o Racing terá de sair para o ataque e deixará espaços para que Renato e Roberto Gaúcho contra-ataquem em velocidade”, explicou.

Os jogadores cruzeirenses procuraram, durante a semana, analisar a goleada com cautela e evitar o clima de já ganhou. “Se formos analisar o primeiro jogo o Racing não apresentou um bom futebol e esteve mais preocupado em fazer o tempo passar. Em Buenos Aires terão que sair para o jogo. E o Cruzeiro terá que manter o mesmo ritmo com um pouco mais de cautela na marcação para explorar os contra-ataques”, dizia o lateral-esquerdo Nonato.

Outra preocupação do plantel cruzeirense era quanto o clima de guerra que deveriam criar em Avellaneda. “Logicamente eles vão querer nos intimidar. Sabemos das dificuldades que teremos pela frente. Isto ficou claro na partida contra o River”, previa o atacante Betinho. “Eles vão tentar nos enervar dando cotoveladas. O que não podemos é entrar no jogo deles. Temos que mostrar experiência, superando as catimbas com qualidade”, concluiu o atacante.

Roberto Gaúcho que saiu da partida do Mineirão com um dente bambo, após receber uma cotovelada de Matosas, endossou as palavras de Betinho. “Estamos preparados para jogar futebol. Mas se houver qualquer problema, saberemos o que fazer", avisou. “Estamos preparados para todo tipo de jogo, até para o anti-jogo”, dizia o meia Luiz Fernando.

Já o zagueiro Célio Lúcio não conseguia esconder o otimismo. "Quem quer ser campeão, tem que superar todas as adversidades que surgirem durante a competição. Este é o último jogo e vale o título. Portanto, vale tudo”, dizia. “Conquistar um título na casa do adversário, ainda mais um bicampenato na Argentina é mais difícil, por isso é bem mais gostoso”, completou.

Alheio a tudo isso estava a torcida cruzeirense que acreditava na força do time em Avellaneda. A diretoria do Cruzeiro providenciou a instalação de um telão, na praça da estação, com 50 mil litros de chope para os torcedores, além de outro no ginásio da sede do barro preto. As torcidas organizadas também instalaram telões na Cidade Industrial e no Restaurante Raja Grill, na avenida Raja Gabaglia.

O treinador Grondona, do Racing, ainda tentava afastar o clima de pessimismo que abateu sua equipe. “O Cruzeiro não me surpreendeu. Pensei até que fosse mais time. Pode parecer loucura minha, mas não é assim. Podemos ganhar por quatro gols e decidir o título nos pênaltis”, sonhava.

Mas a coisa não andava boa para o treinador. O meia Ruben Paz iniciou um movimento entre os jogadores para pedir a volta de Perfumo ao comando técnico que irritou o presidente do clube, Juan Distefano. No domingo, antes do jogo, o Racing bateu o lanterna Gimnasia e Esgrima por 4 a 2 e dava mostrar de que havia se reabilitado da goleada. No entanto, contra o Cruzeiro, o time não teria o zagueiro Jorge Borelli e o atacante Cosme Zacantti, suspensos. Gustavo Costas e Carlos Torres foram os substitutos.

A diretoria do Racing baixou os preços dos ingressos para a partida para motivar seus torcedores. Assim o ingresso mais caro passou a custar US$ 40 e o mais barato US$ 20. A medida deu certo e um público de 30 mil torcedores compareceu ao El Cilindro.

Lance a lance[editar]

Primeiro Tempo[editar]

Com toques rápidos e envolventes, o Racing criou a primeira chance de gol antes de completar o primeiro minuto de jogo. Os argentinos voltariam a ameaçar a meta cruzeirense, aos 13 minutos. Numa cobrança de escanteio, o goleiro Paulo César foi empurrado no lance e quando a bola caminhava para o gol, a defesa tirou em cima da linha.

O Cruzeiro suportou os primeiros minutos de pressão do Racing e passou a equilibrar a partida. Aos 16 minutos quase marcou. O meia Boiadeiro recebeu de Renato Gaúcho e chutou forte, mas o goleiro Roa evitou o gol com uma grande defesa. Logo, em seguida, foi a vez do goleiro Paulo César evitar o gol do Racing, ao defender uma cabeçada de Carlos Torres.

As dificuldades do Racing aumentaram, a partir dos 37 minutos, quando Matosas deixou o jogo, após sentir uma lesão muscular. E o Cruzeiro quase abriu o placar aos 43 minutos, quando Renato Gaúcho recebeu cruzamento de Paulo Roberto, matou a bola no peito e chutou para Roa fazer boa defesa.

Segundo Tempo[editar]

Aos 16 minutos do segundo tempo, o treinador Humberto Grondona foi para o tudo ou nada e colocou mas um atacante em campo. Ele substituiu Vallejos por Felix Torres. Um minutos depois, Jair Pereira reforçou ainda mais a defesa e colocou em campo o volante Rogério Lage no lugar do atacante Betinho.

Mas a partir daí, o árbitro paraguaio Juan Francisco Escobar começou a entrar em cena. Na primeira disputa de bola de Rogério Lage com o atacante Cláudio Garcia, ele expulsou o volante cruzeirense. Garcia já tinha sido advertido com um cartão amarelo e, muito nervoso, já havia agredido vários jogadores cruzeirense durante a partida. Antes, o árbitro deixou de marcar um pênalti claro cometido por Gustavo Costas em Renato Gaúcho.

Mesmo com um jogador a mais, o Racing encontrava dificuldades para chegar a meta cruzeirense e quando conseguia finalizar, tinha pela frente o goleiro Paulo César sempre bem posicionado. O melhor lance do jogo foi proporcionado pelo meia Boiadeiro. Ele partiu com a bola do meio de campo e se livrou por duas vezes consecutivas de Gustavo Costas, que tentou atingi-lo com um carrinho. Na sequencia ele deu um drible que deixou outro marcador sentado no gramado e colocou por cobertura. O goleiro Roa buscou a bola no ângulo e evitou o gol de placa.

Aos 30 minutos, Juan Escobar expulsou o volante Douglas e o Cruzeiro ficou sem um jogador com características de marcação no meio-campo. Assim, Jair Pereira teve de tirar o atacante Roberto Gaúcho e colocar o zagueiro Arley Alvares para reforçar a marcação.

O Racing chegaria ao gol aos 41 minutos, após Cláudio Garcia receber um lançamento de Guendulain na área e ser deslocado por Célio Lúcio. Ele mesmo cobrou e marcou o gol da vitória. Minutos depois sera expulso, após uma discussão com o zagueiro Luizinho.

No final da partida, alguns torcedores do Racing invadiram o gramado e a volta olímpica dos jogadores do Cruzeiro foi impedida. O troféu da Supercopa só foi entregue nos vestiários. O empresário Jorge Sanches Merenda procurou a diretoria cruzeirense e ofereceu US$ 800 mil (US$ 8 bi) pelo passe do atacante Roberto Gaúcho. Sua intenção era levá-lo para Racing, River Plate ou Boca Junior. O presidente César Masci recusou a oferta.

Pós jogo[editar]

Somente após o jogo é que a diretoria cruzeirense divulgou o valor do prêmio aos jogadores pelo título. Cada um receberia US$ 6,5 mil sendo US$ 2,5 mil pelo direito de arena. Enquanto o time se aprontava para embarcar para o Brasil, uma multidão de cruzeirenses comemorou o título com um buzinaço ensurdecedor pelas ruas de Belo Horizonte e das cidades do interior do estado. A festa pelo super bicampeonato transcorreu por toda a madrugada.

No desembarque em Belo Horizonte, uma multidão aguardou a chegada do time no aeroporto da Pampulha. A delegação foi recebida na prefeitura e a torcida cruzeirense congestionou toda a extensão da avenida Afonso Pena, que é a principal via de acesso do centro da cidade. Com a taça do bicampeonato da Supecopa, o Dream Team deixava de ser um sonho e tornava-se uma realidade.

Vídeos[editar]

Matéria sobre o jogo
Matéria parte 1 - Melhores momentos
Matérias parte 2

Fontes[editar]