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Retornou em [[31 de outubro]] de 1966, após desentender-se com dirigentes do [[Atlético-MG]]. O Cruzeiro pagou Cr$ 51 milhões pelo seu passe.
Retornou em [[31 de outubro]] de 1966, após desentender-se com dirigentes do [[Atlético-MG]]. O Cruzeiro pagou Cr$ 51 milhões pelo seu passe.


Quando atravessava grande fase e tinha o seu nome cogitado para a Seleção Brasileira, sofreu uma grave lesão no joelho num pisão que levou de [[Pelé]], na [[Santos 2x0 Cruzeiro - 13/10/1968|derrota]] para o [[Santos]], pelo [[Torneio Roberto Gomes Pedrosa 1968|Robertão]], em [[13 de outubro]] de 1968. A lesão o afastou dos gramados por 6 meses. Em fase de recuperação desobedeceu ao médico Neylor Lasmar, que o operou, e sofreu uma nova ruptura, em fevereiro de 1969, após participar de um jogo de vôlei e de duas partidas de futsal, no Olímpico Club, do bairro Serra, em Belo Horizonte.  
Quando atravessava grande fase e tinha o seu nome cogitado para a Seleção Brasileira, sofreu uma grave lesão no joelho num pisão que levou de [[Pelé]], na [[Santos 2x0 Cruzeiro - 13/10/1968|derrota]] para o [[Santos]], pelo [[Torneio Roberto Gomes Pedrosa 1968|Robertão]], em [[13 de outubro]] de 1968. A lesão o afastou dos gramados por 6 meses. Em fase de recuperação desobedeceu ao médico Neylor Lasmar, que o operou, e sofreu uma nova ruptura, em fevereiro de 1969, após participar de um jogo de vôlei e de duas partidas de futsal, no Olímpico Club, do bairro Serra, em Belo Horizonte.


Durante o período de recuperação exerceu diferentes cargos no Cruzeiro, dentre eles, o de supervisor do departamento de futebol profissional entre 1971/72 e o de técnico do juvenil em 1972. Depois de constatada a sua plena recuperação resolveu voltar ao futebol profissional e, em maio de 1973, acertou contrato de um ano com o Cruzeiro, que revoltou os dirigentes [[Carmine Furletti]] e Edmundo Lambertucci que fizeram duras críticas a Felício Brandi. É que na ocasião o presidente cruzeirense fazia uma verdadeira novela com a renovação do contrato de jovens valores do plantel, como [[Palhinha]], [[Vanderlei]] e [[Toninho Almeida]], e não dispensou o mesmo tratamento para acertar um contrato com um veterano que estava há quase cinco anos sem jogar.
Durante seu período de recuperação, ele ocupou diversos cargos no Cruzeiro, incluindo o de supervisor do departamento de futebol profissional entre 1971/72 e o de técnico do juvenil em 1972. Depois de se recuperar completamente, decidiu voltar ao futebol profissional e, em maio de 1973, acertou um contrato de um ano com o Cruzeiro. No entanto, sua decisão irritou os dirigentes [[Carmine Furletti]] e Edmundo Lambertucci, que criticaram duramente Felício Brandi. Isso porque, na época, o presidente do Cruzeiro estava em uma verdadeira novela para renovar o contrato de jovens talentos do time, como [[Palhinha]], [[Vanderlei]] e [[Toninho Almeida]], e não dispensou o mesmo tratamento para contratar um veterano que não jogava há quase cinco anos.
 
Procópio enfrentou [[Pelé]] pela primeira vez pós-lesão em 1974. Em sua rede social, comentou que planejava uma vingança ao ''Rei do Futebol'' pelo que havia ocorrido 5 anos antes, mas foi demovido da ideia por [[Zé Carlos]]: "É para isso que você lê a bíblia?", disse o volante<ref>[https://twitter.com/procopiocardozo/status/1712905030083236127 @procopiocardozo - Demovido da vingança]</ref>. Ainda na rede social, Procópio brinca: "Ele (Pelé) fugiu de mim o jogo todo, eu só queria dar um abraço"<ref>[https://twitter.com/procopiocardozo/status/1712904480868467178 @procopiocardozo - Sobre o reencontro com Pelé]</ref>.


Formou a dupla de zaga com [[Perfumo]] nos Campeonatos Brasileiros de 1973/74. Seu contrato terminou em [[28 de junho]] de 1974 e decidiu encerrar a carreira.
Formou a dupla de zaga com [[Perfumo]] nos Campeonatos Brasileiros de 1973/74. Seu contrato terminou em [[28 de junho]] de 1974 e decidiu encerrar a carreira.
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Após [[Aymoré Moreira]] deixar o Cruzeiro em [[8 de março]] de 1978, Felício Brand pretendia efetivar [[Procópio]], ainda supervisor do clube, como técnico do time na disputa do Campeonato Brasileiro, mas uma corrente dentro do clube foi contrária a indicação. Então, [[Zé Duarte]] foi contratado.
Após [[Aymoré Moreira]] deixar o Cruzeiro em [[8 de março]] de 1978, Felício Brand pretendia efetivar [[Procópio]], ainda supervisor do clube, como técnico do time na disputa do Campeonato Brasileiro, mas uma corrente dentro do clube foi contrária a indicação. Então, [[Zé Duarte]] foi contratado.


Em novembro de 1978, Zé Duarte quebrou uma das vértebras da coluna num acidente de carro. O acidente ocorreu antes da estreia do segundo turno. A recuperação de Zé Duarte levaria um mês e, então, o supervisor Procópio o substituiu interinamente.
Em novembro de 1978, Zé Duarte quebrou uma das vértebras da coluna num acidente de carro. O acidente ocorreu antes da estreia do segundo turno do [[Campeonato Mineiro 1978]]. A recuperação de Zé Duarte levaria um mês e, então, o supervisor Procópio o substituiu interinamente.
 
Comandou o Cruzeiro em 7 jogos e foram 7 vitórias. Devolveu o cargo a Zé Duarte com o time na liderança isolada com 14 pontos, dois a frente do [[América-MG]] e 3 a frente do [[Atlético-MG]]. Curiosamente, um mês depois, Procópio deixou o Cruzeiro e foi contratado como técnico para substituir Jorge Vieira, no quadrangular final do Campeonato Mineiro de 1978, que foi disputado entre fevereiro e março de 1979. Procópio e Zé Duarte, antes companheiros, tornaram-se adversários no mesmo estadual. Foi uma disputa acirrada e Procópio levou a melhor conquistando o título.


Comandou em 7 jogos e foram 7 vitórias. Devolveu o cargo a Zé Duarte com o time na liderança isolada com 14 pontos, dois a frente do [[América-MG]] e 3 a frente do [[Atlético-MG]]. Curiosamente, um mês depois, Procópio deixou o Cruzeiro e foi contratado como técnico para substituir Jorge Vieira, no quadrangular final do Campeonato Mineiro de 1978, que foi disputado entre fevereiro e março de 1979. Procópio e Zé Duarte, antes companheiros, tornaram-se adversários no mesmo estadual. Foi uma disputa acirrada e Procópio levou a melhor conquistando o título.
===Como técnico<ref>[https://cruzeiroalmanaque.blogspot.com/2023/02/procopio-tecnico-da-legiao-estrangeira.html PROCÓPIO - técnico da "Legião Estrangeira" do Cruzeiro de 1981]</ref> ===
===Como técnico<ref>[https://cruzeiroalmanaque.blogspot.com/2023/02/procopio-tecnico-da-legiao-estrangeira.html PROCÓPIO - técnico da "Legião Estrangeira" do Cruzeiro de 1981]</ref> ===
====Primeira passagem====
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====Segunda passagem====
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Sua segunda passagem como técnico efetivo do Cruzeiro foi em janeiro de 1986. Procópio havia deixado o Atlético, em junho de 1985, e participou do início da conquista do Estadual. Veio substituir Moraes que dirigiu o Cruzeiro em parte do Estadual de 1985. Neste retorno ao clube, as contratações de atletas de outros estados, como a Legião Estrangeira que ele dirigiu em 1981, continuaram a acontecer, porém, a torcida já começava a se acostumar. Entregou o cargo na 13a rodada do Primeiro Turno, após a derrota por 2 a 0 para o América. O time estava na 3a colocação com 18 pontos, 5 a menos que o líder Atlético e um ponto a menos que o Uberlândia. Deixou o Cruzeiro para retornar ao Catar e acertou contrato com o Al-Sadd.
Em janeiro de 1986, Procópio assumiu pela segunda vez o cargo de técnico efetivo do Cruzeiro. Ele havia deixado o [[Atlético-MG]] em junho de 1985 e participou do início da conquista do Estadual. Procópio veio para substituir Moraes, que dirigiu o Cruzeiro em parte do Estadual de 1985. Nessa segunda passagem pelo clube, as contratações de atletas de outros estados, assim como a '''"Legião Estrangeira"''' que ele dirigiu em 1981, continuaram a acontecer, mas a torcida já estava se acostumando com essa estratégia. No entanto, ele entregou o cargo após a 13ª rodada do Primeiro Turno, após a [[Cruzeiro 0x2 América-MG - 09/03/1986|derrota por 2 a 0]] para o [[América-MG]]. Naquele momento, o time estava em terceiro lugar, com 18 pontos, 5 a menos que o líder [[Atlético-MG]] e um ponto a menos que o [[Uberlândia]]. Depois de deixar o Cruzeiro, Procópio retornou ao Catar e acertou um contrato com o Al-Sadd.


===Como Diretor de Futebol===
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===Top 10 jogadores mais utilizados ===
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==Confrontos como técnico adversário==
==Confrontos como técnico adversário==

Edição atual tal como às 07h09min de 14 de outubro de 2023

Jogador[editar]

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Procópio
Procopio.png
Informações pessoais
Nome completo Procópio Cardozo Neto
Data de nasc. 21/03/1939 (85 anos)
Local de nasc.

Salinas

Altura 1,85m
Posição Zagueiro
Jogos 200 (Oficiais: 158 / Amistosos: 42)
Gols 6 (0 P, 0 F)
Twitter @procopiocardozo


Elenco atual? Não
Resultados em campo
123 V - 42 E - 35 D
Primeiro jogo
Bela Vista Escudo Bela Vista.png 2x4 Escudo Cruzeiro 1959.png Cruzeiro - 22/03/1959
Primeiro Gol
Cruzeiro Escudo Cruzeiro BH.png 7x1 Escudo Araxá.png Araxá - 04/11/1967
Último jogo considerado
Cruzeiro Escudo Cruzeiro BH.png 4x1 Escudo Paysandu.png Paysandu - 03/07/1974

Histórica[editar]

Procópio com a taça do Mineiro 1967

Primeira passagem[editar]

Chegou ao Cruzeiro no dia 22 de fevereiro de 1959 recebendo Cr$ 31 mil. Estava no Renascença.

A demora da estreia durou 6 meses, e só aconteceu em Outubro, devido a recuperação de uma fratura no pé[1] e pela demora na liberação do CPOR que o impedia de assinar o seu primeiro contrato profissional[2]. Firmou-se na posição de titular formando a dupla de zaga com Massinha na campanha do título estadual de 1959.

Sendo carregado na volta olímpica do Campeonato Mineiro 1960, pós acidente

Em outubro de 1960 trombou na traseira de um caminhão na estrada de Salinas, MG. Quebrou o braço, o osso debaixo do olho e teve cortes profundos na cabeça e garganta. Ficou 50 dias parado[3].

Por causa do acidente, ficou de fora de algumas partidas do Campeonato Mineiro e, com a vinda do experiente zagueiro Benito, perdeu a posição de titular. Conseguiu voltar para a final e foi carregado nos braços pelos torcedores na volta olímpica em reconhecimento ao seu esforço.

Conselheiros e sócios acusaram o presidente Felício Brandi de transformar o clube em um hospital. O jogador havia sido considerado inapto para a prática do futebol, pois apresentava uma atrofia em um dos pés. O presidente Felício Brandi colocou o zagueiro aos cuidados do médico Aníbal Bonifácio da Costa, que era um dos únicos especializados em medicina esportiva no país.

Em um ano de tratamento Procópio estava recuperado e em condições de jogar. Após a recuperação chamou a atenção dos dirigentes do São Paulo, que o contrataram, em 17 de julho de 1961, por Cr$ 5,1 milhões (mais a renda dividida de um jogo).

Essa foi a maior negociação do futebol mineiro até então e fez com que o Cruzeiro pudesse terminar a construção da Sede Campestre (maior parque aquático da América Latina na época)[4]. Procópio ganharia Cr$ 30 mil mensais e 900 mil de luvas no tricolor.

Segunda passagem[editar]

Retornou em 31 de outubro de 1966, após desentender-se com dirigentes do Atlético-MG. O Cruzeiro pagou Cr$ 51 milhões pelo seu passe.

Quando atravessava grande fase e tinha o seu nome cogitado para a Seleção Brasileira, sofreu uma grave lesão no joelho num pisão que levou de Pelé, na derrota para o Santos, pelo Robertão, em 13 de outubro de 1968. A lesão o afastou dos gramados por 6 meses. Em fase de recuperação desobedeceu ao médico Neylor Lasmar, que o operou, e sofreu uma nova ruptura, em fevereiro de 1969, após participar de um jogo de vôlei e de duas partidas de futsal, no Olímpico Club, do bairro Serra, em Belo Horizonte.

Durante seu período de recuperação, ele ocupou diversos cargos no Cruzeiro, incluindo o de supervisor do departamento de futebol profissional entre 1971/72 e o de técnico do juvenil em 1972. Depois de se recuperar completamente, decidiu voltar ao futebol profissional e, em maio de 1973, acertou um contrato de um ano com o Cruzeiro. No entanto, sua decisão irritou os dirigentes Carmine Furletti e Edmundo Lambertucci, que criticaram duramente Felício Brandi. Isso porque, na época, o presidente do Cruzeiro estava em uma verdadeira novela para renovar o contrato de jovens talentos do time, como Palhinha, Vanderlei e Toninho Almeida, e não dispensou o mesmo tratamento para contratar um veterano que não jogava há quase cinco anos.

Procópio enfrentou Pelé pela primeira vez pós-lesão em 1974. Em sua rede social, comentou que planejava uma vingança ao Rei do Futebol pelo que havia ocorrido 5 anos antes, mas foi demovido da ideia por Zé Carlos: "É para isso que você lê a bíblia?", disse o volante[5]. Ainda na rede social, Procópio brinca: "Ele (Pelé) fugiu de mim o jogo todo, eu só queria dar um abraço"[6].

Formou a dupla de zaga com Perfumo nos Campeonatos Brasileiros de 1973/74. Seu contrato terminou em 28 de junho de 1974 e decidiu encerrar a carreira.

Dados[editar]

    Lista está ordenada por número de jogos. Clique nas setas para mudar ordenação
    Temporada Jogos Titular Reserva Banco Gols Gol aos do Cartões Cartão amarelo recebido aos Cartões Cartão vermelho recebido aos
    1967 57 57 0 0 3 0 1
    1968 32 32 0 0 2 0 0
    1960 29 29 0 0 0 0 0
    1959 23 23 0 0 0 0 0
    1974 22 22 0 0 1 0 1
    1961 17 17 0 0 0 0 1
    1973 15 14 1 0 0 0 0
    1966 4 4 0 0 0 0 1
    1962 1 1 0 0 0 0 0

Confrontos como jogador adversário[editar]

Enfrentou o Cruzeiro 11 vezes: 7 V, 1 E, 3 D. Marcou 0 gols.

Jogos[editar]

  1. Cruzeiro 0x1 São Paulo - 02/08/1961 - (Independência / Belo Horizonte) - Amistosos 1961
  2. Cruzeiro 0x2 Atlético-MG - 06/05/1962 - (Independência / Belo Horizonte) - Amistosos 1962
  3. Atlético-MG 2x0 Cruzeiro - 09/09/1962 - (Independência / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1962
  4. Atlético-MG 1x0 Cruzeiro - 16/12/1962 - (Independência / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1962
  5. Cruzeiro 1x0 Atlético-MG - 10/02/1963 - (Independência / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1962
  6. Atlético-MG 2x1 Cruzeiro - 13/02/1963 - (Independência / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1962
  7. Atlético-MG 2x1 Cruzeiro - 15/02/1963 - (Independência / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1962
  8. Fluminense 1x2 Cruzeiro - 27/06/1965 - (Laranjeiras / Rio de Janeiro) - Amistosos 1965
  9. Cruzeiro 2x3 Atlético-MG - 26/06/1966 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Amistosos 1966
  10. Cruzeiro 0x0 Atlético-MG - 29/06/1966 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Amistosos 1966
  11. Cruzeiro 2x0 Atlético-MG - 18/09/1966 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1966

Títulos[editar]

Técnico[editar]

[edit]

Icone-Treinador.png
Procópio Cardoso
Números totais
Número de jogos 34 (Oficial: 25 / Amistoso: 9)
Vitórias 16
Empates 8
Derrotas 10
Gols pró 50 (média: 1.47 )
Gols contra 39 (média: 1.15 )
Aprov. em pontos 54,90%
Aprov. de vitórias 47,06%
Último jogo considerado
Cruzeiro Escudo Cruzeiro BH.png 0x2 Escudo América-MG 2016.png América-MG - 09/03/1986
Substituiu Foi substituido por

1981 Cláudio Garcia Didi 1981
1986 Moraes Jair Bala 1986

Histórico[editar]

Técnico Interino[editar]

Após Aymoré Moreira deixar o Cruzeiro em 8 de março de 1978, Felício Brand pretendia efetivar Procópio, ainda supervisor do clube, como técnico do time na disputa do Campeonato Brasileiro, mas uma corrente dentro do clube foi contrária a indicação. Então, Zé Duarte foi contratado.

Em novembro de 1978, Zé Duarte quebrou uma das vértebras da coluna num acidente de carro. O acidente ocorreu antes da estreia do segundo turno do Campeonato Mineiro 1978. A recuperação de Zé Duarte levaria um mês e, então, o supervisor Procópio o substituiu interinamente.

Comandou o Cruzeiro em 7 jogos e foram 7 vitórias. Devolveu o cargo a Zé Duarte com o time na liderança isolada com 14 pontos, dois a frente do América-MG e 3 a frente do Atlético-MG. Curiosamente, um mês depois, Procópio deixou o Cruzeiro e foi contratado como técnico para substituir Jorge Vieira, no quadrangular final do Campeonato Mineiro de 1978, que foi disputado entre fevereiro e março de 1979. Procópio e Zé Duarte, antes companheiros, tornaram-se adversários no mesmo estadual. Foi uma disputa acirrada e Procópio levou a melhor conquistando o título.

Como técnico[7][editar]

Primeira passagem[editar]

Retornou ao Cruzeiro, em 18 de março de 1981 - três dias após anunciar a sua saída do Atlético-MG. Veio substituir o técnico Cláudio Garcia, que deixou o Cruzeiro, após a goleada vexatória por 5-1 para o Operário (MS), na segunda fase do Campeonato Brasileiro.

Procópio assumiu o time no returno da segunda fase, que era formada por grupos com quatro equipes cada. Conseguiu duas vitórias contra Ferroviário-CE e Náutico, mas uma derrota por 3-1, novamente, para o Operário e, desta vez, dentro do Mineirão, eliminou o time do Campeonato Brasileiro.

A partir de abril, a diretoria do Cruzeiro decidiu promover contratações visando a disputa do Campeonato Mineiro de 1981 e resultou em um momento histórico do clube. Contratou vários atletas com origem em outros estados como Vagner Bacharel, Gasperin, Remi, Eudes, Abel, Carioca, Jair e Jacinto que, somados aos que foram contratados em janeiro, como Toninho e Zé Henrique, formaram, pela primeira vez na história do clube, um elenco com a minoria de atletas mineiros. O Cruzeiro rompeu uma tradição de 60 anos. O time formado para o Campeonato Mineiro de 1981 passou a ser chamado de "Legião Estrangeira".

A primeira passagem de Procópio durou pouco mais do que três meses. Em 24 de junho de 1981, três dias após uma derrota para o Uberlândia, ainda no turno da Primeira Fase, Procópio desabafou sobre o atraso dos salários e das premiações dos atletas.

Em 3 de julho de 1981, suspendeu o coletivo de preparação para a partida contra o Valeriodoce. Isto porque Luiz Antônio, Nelinho, Marquinhos, Eduardo e Jair foram afastados por lesão, além de Toninho e Edmar, suspensos. Daí, o time empatou com o Valeriodoce, no Mineirão.

Em 8 de julho de 1981, três dias após o empate, ameaçou deixar o cargo por conta da "desorganização e falta de condições de trabalho existentes." A gota d'água foi o cancelamento do treino programado contra os juniores que não puderam comparecer. Acusou o supervisor Ary da Frota Cruz de não atender a sua solicitação. "A cada dia que passo fico mais desiludido, pois, em vez de melhorar, está piorando a situação no clube. Não há o menor entrosamento dentro do Cruzeiro e nem condições de trabalho. Vim para ajudar meu amigo Felício Brandi (presidente do Cruzeiro), mas estes problemas estão me obrigando a pedir demissão".

Após deixar o cargo, na partida seguinte, contra a Caldense. "Só não fiz na quarta-feira porque esperei a definição do Atlético-MG em contratar seu novo técnico, porque senão pensariam que estaria querendo me transferir para o lá".

Pediu reforços, não foi atendido. Felicio marcou uma reunião para convencê-lo a ficar em 9 de julho de 1981.

Procópio deixou o cargo a duas rodadas do fim do turno da primeira fase do Campeonato Mineiro. Deixou o time na 3a colocação, com 11 pontos, três a menos que o líder Atlético-MG - que tinha um jogo a mais - e um ponto a menos que o Villa Nova-MG. Procópio acertou sua transferência para o Al-Arabi do Catar.

Segunda passagem[editar]

Em janeiro de 1986, Procópio assumiu pela segunda vez o cargo de técnico efetivo do Cruzeiro. Ele havia deixado o Atlético-MG em junho de 1985 e participou do início da conquista do Estadual. Procópio veio para substituir Moraes, que dirigiu o Cruzeiro em parte do Estadual de 1985. Nessa segunda passagem pelo clube, as contratações de atletas de outros estados, assim como a "Legião Estrangeira" que ele dirigiu em 1981, continuaram a acontecer, mas a torcida já estava se acostumando com essa estratégia. No entanto, ele entregou o cargo após a 13ª rodada do Primeiro Turno, após a derrota por 2 a 0 para o América-MG. Naquele momento, o time estava em terceiro lugar, com 18 pontos, 5 a menos que o líder Atlético-MG e um ponto a menos que o Uberlândia. Depois de deixar o Cruzeiro, Procópio retornou ao Catar e acertou um contrato com o Al-Sadd.

Como Diretor de Futebol[editar]

Procopio ainda retornou ao Cruzeiro em 1999, onde exerceu por alguns meses o cargo de diretor de futebol do clube. Em janeiro de 2000, observou as partidas do Juventus de São Paulo na Copa São Paulo Sub20. No Juventus haviam vários atletas emprestados pelo Corinthians que ainda devia uma indenização ao Cruzeiro pela negociação do goleiro Dida. Foram oferecidos três atletas que o Cruzeior poderia escolher. O Juventus foi finalista e perdeu o título para o São Paulo. Procópio indicou o zagueiro Luisão, o meia Alê e o atacante Zé Roberto que foram contratados pelo Cruzeiro.

Estatísticas ano a ano[editar]

Temporada Jogos Vitórias Empates Derrotas Aprov. Gols pró Gols contra Saldo Cartão Cartão amarelo recebido aos Cartão Cartão vermelho recebido aos
1981 20 8 6 6 50.00% 27 23 4 0 0
1986 14 8 2 4 61.90% 23 16 7 0 0

Como interino[editar]

  1. Cruzeiro 3x2 Atlético-MG - 02/10/1977 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1977
  2. Cruzeiro 3x1 Atlético-MG - 09/10/1977 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1977
  3. Cruzeiro 2x1 Villa Nova-MG - 05/11/1978 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1978
  4. Araxá 1x3 Cruzeiro - 08/11/1978 - (Fausto Alvim / Araxá) - Campeonato Mineiro 1978
  5. Cruzeiro 2x0 Caldense - 12/11/1978 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1978
  6. Nacional-MG 2x3 Cruzeiro - 19/11/1978 - (Soares de Azevedo / Muriaé) - Campeonato Mineiro 1978
  7. Cruzeiro 2x0 Valeriodoce - 22/11/1978 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1978
  8. Cruzeiro 2x0 Guarani-MG - 25/11/1978 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1978
  9. Araguari 0x1 Cruzeiro - 29/11/1978 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1978
  10. Esportivo 0x0 Cruzeiro - 02/04/1986 - (Starling Soares / Passos) - Campeonato Mineiro 1986

Top 10 jogadores mais utilizados[editar]

Confrontos como técnico adversário[editar]

Enfrentou o Cruzeiro 25 vezes: 9 V, 7 E, 9 D

Jogos[editar]

  1. Cruzeiro 1x2 Atlético-MG - 18/02/1979 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1978
  2. Cruzeiro 1x1 Atlético-MG - 07/10/1979 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Copa Brasil 1979
  3. Cruzeiro 0x0 Atlético-MG - 02/12/1979 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Copa Brasil 1979
  4. Cruzeiro 0x1 Atlético-MG - 26/10/1980 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1980
  5. Atlético-MG 2x0 Cruzeiro - 30/11/1980 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1980
  6. Atlético-MG 0x1 Cruzeiro - 29/07/1984 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Taça Minas Gerais 1984, Campeonato Mineiro 1984
  7. Cruzeiro 1x1 Atlético-MG - 11/11/1984 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1984
  8. Cruzeiro 4x0 Atlético-MG - 05/12/1984 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1984
  9. Atlético-MG 1x0 Cruzeiro - 09/12/1984 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1984
  10. Atlético-MG 2x0 Cruzeiro - 03/03/1985 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Taça de Ouro 1985
  11. Cruzeiro 3x2 Atlético-MG - 10/04/1985 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Taça de Ouro 1985
  12. Fluminense 1x1 Cruzeiro - 08/10/1989 - (Maracanã / Rio de Janeiro) - Campeonato Brasileiro 1989
  13. América-MG 0x2 Cruzeiro - 11/03/1990 - (Independência / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1990
  14. Cruzeiro 2x0 América-MG - 29/04/1990 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1990
  15. Atlético-PR 2x3 Cruzeiro - 14/04/1991 - (Pinheirão / Curitiba) - Campeonato Brasileiro 1991
  16. Cruzeiro 1x1 Bahia - 03/05/1992 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Brasileiro 1992
  17. Atlético-MG 2x0 Cruzeiro - 12/10/1995 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Brasileiro 1995
  18. Cruzeiro 1x2 Atlético-MG - 07/04/1996 - (Ipatingão / Ipatinga) - Campeonato Mineiro 1996
  19. Atlético-MG 0x0 Cruzeiro - 26/05/1996 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1996
  20. Cruzeiro 0x1 Atlético-MG - 30/06/1996 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1996
  21. Atlético-MG 0x2 Cruzeiro - 14/07/1996 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 1996
  22. Cruzeiro 4x1 América-MG - 10/02/2001 - (Independência / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 2001
  23. Cruzeiro 0x2 Atlético-MG - 20/02/2005 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 2005
  24. Atlético-MG 0x1 Cruzeiro - 26/03/2005 - (Mineirão / Belo Horizonte) - Campeonato Mineiro 2005
  25. Cruzeiro 0x0 Atlético-MG - 03/04/2005 - (Ipatingão / Ipatinga) - Campeonato Mineiro 2005

Referências[editar]