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Juan Pablo Sorín Tellado
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De CruzeiroPédia .:. A História do Cruzeiro Esporte Clube
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===Primeira passagem === Sorín chegou em 2000 como a maior contratação de todos os tempos do Cruzeiro. O clube e o parceiro HMTF pagaram ao River Plate US$ 5,08 milhões por 100% dos direitos econômicos. Na primeira passagem, ele fez 17 gols em 111 partidas e conquistou uma Copa do Brasil e duas Sul-Minas. ;Sobre a passagem No ano de 2000 Juampi é comprado pela equipe do Cruzeiro, na equipe celeste Juampi jogou entre 2000 e 2002, onde conquistou a Copa do Brasil e o campeonato Mineiro e Copa Sul-Minas. O Argentino que sempre jogava com muita raça, e vibração. Um dos jogos mais marcantes para a China Azul e para o próprio Sorín aconteceu contra o Atlético Paranaense, No seu jogo de despedida. Onde o Argentino tromba feio com o adversário, e corta a sobrancelha, o quarto arbitro não queria deixar o Juampi voltar por causa que tinha muito sangue, Sorín pede o arbitro para voltar, Hoje não me deixes de fora irmão ( Palavras de Sorín), e no intervalo ganha seis pontos na sobrancelha. Em um lançamento longo, onde todos pensava que Ruy não iria chegar na bola, O lateral direito chega, dá um corte seco no zagueiro atleticano, entra na área e rola para trás na direção de Sorín, o Juampi chuta de três dedos e a bola vai para o fundo da rede, e o Mineirão explodia com o gol do Ídolo argentino na despedida dele, palavras de Sorín depois do gol, “ Não pode ser real. As cabecinhas que pulam descontroladas, a camisa voando na mão e um grito eterno, inesquecível e uma dança inesquecível.” Ainda faltava alguns minutos para acabar o jogo, e todos no mineirão gritava “É campeão” e gritava o nome do Argentino Sorín, que depois desse jogo iria jogar no futebol italiano. ====Carta de despedida==== "Há quatro meses conquistamos a Copa Sul-Minas. Há quatro meses fui embora do Cruzeiro. O texto abaixo escrevi para mim, porém, senti a necessidade de compartilhá-lo com vocês. Simplesmente para que saibam a importância que tudo isso tem na minha vida. Simplesmente para seguirmos juntos, apesar da distancia. Hoje, estréio em meu novo time. São muitas as expectativas e as vontades de sempre, mas esperando um dia retornar a minha segunda casa. ;15h58 – Banderas en tu corazón (Bandeiras no teu coração). Setenta e cinco mil caras esperando ver o Cruzeiro campeão. Saímos rodeados de mascotes e crianças, que nos acompanham sempre com um sorriso. Pegamos forte e corremos para o gramado. Uma olhada rápida, mãos para o alto e as primeiras emoções. Não é comum e é até anormal muitas camisas argentinas, celestes e brancas, no Brasil todas sentimentalmente distinguíveis. Chegam as placas de homenagem. Primeiro, do presidente. Depois, da Máfia Azul e logo uma camisa inesquecível com o meia dúzia nas costas, assinada por todos os funcionários do clube. A melhor homenagem, da cozinheira ao roupeiro, os encarregados da limpeza, até meus colegas, médicos, técnicos... Vale ouro! Vale mais suor, ainda! Sorteio a moeda da Fifa. Deu branco e ganhei. No segundo tempo, atacaremos junto ao grosso da nossa torcida. Antes de começar toca o hino brasileiro. Todos cantam e eu não. Procuro minha companheira e concentro-me em silêncio. Observo a torcida e na arquibancada há uma bandeira argentina. Que orgulho! Não posso acreditar. Onde estão meus amigos do bairro para contar-lhes? Jogam balões para os céus com meu rosto estampado numa bandeira vertical. É minha despedida, a parte da final. Contenho as lágrimas, soa o apito. ;16h20 - Sarando as feridas Meu Deus! Um choque forte, toco a sobrancelha. Sangue. Puta que pariu! De novo? Quarto corte na cabeça em dois anos e meio. Queria jogar e o juiz reserva "canarinho" disse-me que não! Quase pede minha substituição e disse-me que há muito sangue. Peço-lhe por favor. Hoje, não me deixes de fora, irmão! Ele não entende bem, mas me permite entrar e lá vou eu como um "papai smurf". Serão seis pontos no intervalo, 0 a 0, com uma bola na trave e um susto forte. ;17h40 - Oh meu pai, eu sou Cruzeiro meu pai... Tira a camisa! Tira a camisa! Parece uma bola perdida, mas sei que o Ruy vai ganhá-la. O "cabeção," meu amigo e parceiro de quarto, vai tocá-la por um lado e buscá-la pelo outro (fez uma gaúcha, berra o locutor). Entra na área e só rola para trás. Não sei o que faço aí, a não ser confiar nele. Não sei o que faço senão ir além do sonho da despedida e não há tempo para pensar. Com três dedos e meio esquisitos de prima, com a sempre canhota bendita e a rede se mexe, é o mundo que explode, vem o delírio, a festa... Não pode ser real. As cabecinhas que pulam descontroladas, a camisa voando na mão e um grito eterno, inesquecível, uma dança especial. ;17h55 - Ah, eu tô maluco! Bicampeão!Faltam segundos e não existe sensação comparável como a de ser campeão. Nos olhamos cúmplices com o Cris e rimos da conquista depois do esforço. Somos irmãos, somos um punhado azul de raça inquebrantável, enquanto o pessoal na arquibancada baila, grita, goza e por fim estoura com o final. Escuta-se um estrondo inconfundível. Um abraço, dois, um milhão, a correria perdida, louca, entre pulos, festejos com cada companheiro, Toninho, Valdir, Tita e Bolinha, todos malucos. De repente um cara me leva nas costas e damos a volta olímpica. Não quero que isso termine e penso se pudesse parar o tempo nesse instante, mas não posso. E aí, vou dando-me conta que também é o final para mim, que estou indo embora do meu time, da minha cidade, da minha gente. Então, vem a enorme emoção e comemoro como sempre, desenfreado, sem limites, como se fosse a última vez. Comemoro e cumprimento cada canto do maravilhoso Mineirão. Despeço-me e quero abraçar a todos. Quero que dêem a volta conosco, quero dizer-lhes que eles não sabem como necessitamos de todos aqui dentro. Vejo as faixas e ainda não acredito. Vejo os rostos de alegria e até hoje nada sai da minha mente. Depois de tudo, a surpresa com a presença de minha mãe exatamente no Dia das Mães e é impossível não chorar. Finalmente, recebo a Copa tão desejada. É bonito ser capitão. É grandioso ser capitão do Cruzeiro e ser campeão. Levantamos a taça, desfrutamos e saímos a oferecer aos milhares que estavam por todas as partes até o cansaço. Imagino Minas. Imagino Belo Horizonte. Tudo se acaba e não podia ser tão perfeito. Será que sonhei?Nem um sonho seria tão incrível. Estou partindo e pensando se algum outro dia serei tão feliz!" '''Juan Pablo Sorin''' {{Video|iKDUplWBcws|Matéria sobre a carta de despedida}}
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