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=== Era Mineirão === A partir de meados da [[década de 1960|década de 60]], mais precisamente [[1965]], o Cruzeiro começa a surgir no cenário nacional e internacional como uma grande potência. A história do clube pode ser dividida entre antes e depois daquele ano. O curioso é que essa data permite também a divisão da história do futebol mineiro, pois também em 1965 é inaugurado o estádio José de Magalhães Pinto, o Mineirão. O Campeonato Mineiro de [[1965]] teve início no mês de julho, dois meses antes da inauguração do Mineirão. Até então, o Cruzeiro não havia engrenado e fazia uma campanha irregular no certame. Depois da inauguração, tudo mudou. Como que inspirado no novo estádio, o time se transformou, passando a desfilar um futebol empolgante. A diretoria cruzeirense, trabalhando em sintonia com o time campeão de 1965, investiu ainda mais para a temporada de 66, fortalecendo a equipe. Trouxe o zagueiro Cláudio, que atuava no Grêmio, o atacante Evaldo, jogador do Fluminense, e o goleiro Raul, até então um mero reserva do São Paulo. Raul foi para o Cruzeiro graças à negociação do colega Fábio, que saira transferido para Tricolor paulista. O presidente '''Felício Brandi''' recebeu informações sobre o goleiro reserva do Morumbi e, por meio de uma ligação para Vicente Feola, responsável pelo futebol do São Paulo, acertou a contratação do jovem goleiro. Primeiro veio a conquista do bicampeonato mineiro. O Cruzeiro sobrou no estadual, conquistando o título com duas rodadas de antecedência. O clube fez uma ótima campanha na Taça Brasil até chegar às finais, quando enfrentaria o temível Santos. Na primeira partida, o [[Cruzeiro]] arrasou os paulistas, fazendo um surpreendente '''6 x 2''' no Mineirão. O primeiro passo já havia sido dado, mas havia ainda o jogo em São Paulo. Os garotos cruzeirenses precisavam arrancar ao menos um empate na Terra da Garoa para ficar com a Taça.Todos acreditavam que a derrota humilhante do último jogo seria devolvida. A confiança era tanta que no intervalo da partida, dirigentes paulistas procuraram o presidente do Cruzeiro para marcar a terceira partida para o [[Maracanã]]. O técnico Aírton Moreira utilizou a atitude prepotente dos paulistas como estímulo aos seus jogadores. Após perder o primeiro tempo por 2 x 0, o Cruzeiro se recuperou na segunda etapa. Os gols dos mineiros foram marcados por '''[[Tostão]]''', '''[[Dirceu Lopes]]''' e Natal, enquanto Pelé e Toninho fizeram para o time da casa. A conquista foi de tamanha repercussão que, no ano seguinte, o Torneio Rio-São Paulo teve que abrigar clubes de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, criando o [[Torneio Roberto Gomes Pedrosa]], o "Robertão", embrião do atual Campeonato Brasileiro. Ainda em 1967, devido à [[Taça Libertadores da América]], o Cruzeiro disputa sua primeira partida oficial no exterior, contra o Deportivo Galicia, da Venezuela, em Caracas, vencendo por 1 a 0. Nesse período, surgem os primeiros grandes ídolos do clube: '''[[Tostão]]''', '''[[Dirceu Lopes]]''', '''[[Wilson Piazza]]''' e '''[[Raul Plassmann]]'''. Em [[1966]], Tostão foi o primeiro jogador de um clube mineiro a disputar uma Copa do Mundo. Em [[1970]], quatro jogadores conquistam o Tri pela Seleção: Tostão, Piazza, Fontana e Brito (ex-Vasco da Gama). O Campeonato Mineiro de [[1967]] foi um dos mais disputados da década, com o Atlético chegando a abrir cinco pontos na frente da Raposa, que se recuperou no final e conseguiu terminar a primeira fase empatada com o seu grande rival. A decisão do Estadual aconteceu no início de [[1968]] e colocou frente a frente os dois mais tradicionais times do Estado. Pela primeira vez, Atlético e Cruzeiro faziam uma final no Mineirão. O time de Tostão, Dirceu Lopes e companhia voltava a fazer o Cruzeiro tricampeão Mineiro.
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