Cruzeiro 7x0 Real Potosí - 03/02/2010

De CruzeiroPédia .:. A História do Cruzeiro Esporte Clube
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Confrontos
(clique no jogo para navegar)
Por temporada
Escudo Ipatinga.png 3x0 Escudo Cruzeiro 2004.png Gol aos do Escudo Cruzeiro 2004.png 4x2 Escudo Villa Nova-MG.png
Por Copa Libertadores da América
Escudo Real Potosí.png 1x1 Escudo Cruzeiro 2004.png Gol aos do Escudo Vélez Sarsfield.png 2x0 Escudo Cruzeiro 2004.png
No estádio Mineirão
Escudo Ipatinga.png 3x0 Escudo Cruzeiro 2004.png Gol aos do Escudo Cruzeiro 2004.png 4x2 Escudo Villa Nova-MG.png
Contra Real Potosí
Escudo Real Potosí.png 1x1 Escudo Cruzeiro 2004.png Gol aos do Última ficha →

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Escudo Cruzeiro 2004.png
7 × 0
Escudo Real Potosí.png

Jogo de volta - 1ª fase da Copa Libertadores da América 2010


Informações

Data: quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010 às 21:50
Local: Belo Horizonte, MG
Estádio: Mineirão

Árbitro: Diego Hernán Abal
Assistente 1: Roberto Reta
Assistente 2: Gustavo Esquivel


Público e Renda

Público pagante: 36.574
Público Presente: 38.688
Renda Bruta: R$ 734.725,75 R$ 734.725,75 <br />Cr$ 734.725,75 <br />NCr$ 734.725,75 <br />Cz$ 734.725,75 <br />NCz$ 734.725,75 <br /> (preço médio: R$ 20,09 )


Escalações

Cruzeiro
  1. (T) Fábio
  2. (T) JonathanSimbolo jogador base.png  Gol aos 45 do  (1T) 45'  (1T)
  3. (T) Gil
  4. (T) Leonardo Silva
  6. (T) Diego RenanSimbolo jogador base.png
17. (T) Elicarlos Substituição realizada 3' (2T) de jogo 3' (2T) ( 19.(R) Guerrón  Gol aos 46 do  (2T) 46'  (2T) )
  8. (T) Henrique Cartão amarelo recebido aos 18  (2T) 18'  (2T)  
  7. (T) Marquinhos Paraná  Gol aos 28 do  (1T) 28'  (1T)
11. (T) Thiago Ribeiro  Gol aos 30 do  (1T) 30'  (1T)
  9. (T) Wellington Paulista Substituição realizada 21' (2T) de jogo 21' (2T) ( 20.(R) Bernardo Simbolo jogador base.png  Gol aos 43 do  (2T) 43'  (2T) )
25. (T) Kléber  Gol aos 39 do  (1T) 39'  (1T) Substituição realizada 26' (2T) de jogo 26' (2T) ( 21.(R) Eliandro Simbolo jogador base.png  Gol aos 42 do  (2T) 42'  (2T) )
Técnico: Icone-Treinador.png Adilson Batista

Real Potosí
  1. Mauro Machado
  7. Eguino
  5. Ricaldi
  3. Edemir Rodríguez
23. Galindo Cartão amarelo recebido aos 20 20'   Cartão amarelo recebido aos Cartão vermelho recebido aos 74 74'  
15. Clavijo
24. Ortiz
  6. Gutiérrez Cartão amarelo recebido aos 33 33'  
20. Argarañaz Substituição realizada 19' (2T) de jogo 19' (2T) ( 10. Loayza )
  9. Yecerotte Cartão vermelho recebido aos 46 46'  
22. Andaveris Substituição realizada 42' (2T) de jogo 42' (2T) ( 17. Torres )
Técnico: Sergio Apaza


Reservas que não entraram na partida

Cruzeiro
12. (B) RafaelSimbolo jogador base.png
14. (B) Thiago HelenoSimbolo jogador base.png
15. (B) Fabinho Alves
18. (B) Pedro Ken

Real Potosí
12. Gois de Lira
13. Jiménez
18. Correa
19. Ruiz
25. Florentín

Pré-Jogo

Cruzeiro e Real Potosi decidem uma vaga para fazer companhia ao Velez Sarsfield, da Argentina, Colo Colo, do Chile, e Deportivo Itália, da Venezuela.

Quem vencer classifica. Empate sem gols favorece o Cruzeiro. Com um gol, a decisão ficará para os pênaltis. Com dois ou mais, o Potosi passa adiante.

Gilberto, expulso no jogo de ida, e Fabrício, contundido, desfalcam o Cruzeiro.

Lance a lance

Primeiro Tempo

  • 21h57 - Começa a partida. Cruzeiro, com uniforme tradicional, defende o Gol da Cidade. Real Potosi todo de branco.
  • 02 - Jonathan chuta de fora da área, bola sai à direita de Mauro Machado (MM).
  • 03 - Diego Renan (DR) passa Wellington Paulista (WP), que chuta colocado da entrada da área. MM defende no canto esquerdo.
  • 06 - Marquinhos Paraná (MP) lança Kleber. Ricaldi corta antes que a bola chegue no atacante.
  • 07 - MP cruza da esquerda, WP cabeceia, sozinho dentro da área. Bola sai rente ao poste direito.
  • 09 - Henrique solta uma bomba, bola explode no travessão. Na sobra, WP cabeceia e MM pratica defesa espetacular, evitando o gol .
  • 10 - Thiago Ribeiro (TR) recebe de DR e chuta, na rede, pelo lado de fora.
  • 15 - Cruzeiro domina a partida e já desperdiçou três oportunidades. Marquinhos Paraná, Diego Renan apoiam ataque incessantemente.
  • 18 - Gutierrez cruza, Gil afasta de cabeça.
  • 19 - TR cruza da ponta direita, Galindo corta de cabeça antes da chegada de WP.
  • 20 - Galindo aplica carrinho em Jonathan: cartão amarelo.
  • 21 - Henrique recebe na direita e cruza. Kleber cabeceia com perigo, bola sai pela linha de fundo.
  • 25 - Jonathan dribla Rodriguez vezes e chuta em cima da zaga. Escanteio para o Cruzeiro.
  • 26 – Henrique recebe bola na área e chuta rasteiro. Bola sai pela linha de fundo.
  • 28 – Wellington Paulista domina a bola no peito, passa pela marcação e toca com categoria na saída de Mauro Machado. Ricaldi, de carrinho, tenta evitar o gol, mas Marquinhos Paraná, dentro da pequena área, toca a bola pras redes. Cruzeiro 1×0.
  • 30 – Wellington Paulistalança Thiago Ribeiro nas costas da defesa. O atacante, frente-afrente com Mauro Machado, manda a bola no canto esquerdo. Cruzeiro 2×0.
  • 33 - Gutierrez comete falta em Kleber: cartão amarelo.
  • 36 - O Cruzeiro controla a aprtida tocando a bola sem pressa.
  • 39 – Jonathan põe Kleber na cara do gol. O Gladiador desvia a bola de pé direito na saída de Mauro Machado. Cruzeiro 3×0.
  • 42 - WP a bola livre dentro da área. Bandeira marca impedimento.
  • 46 - Thiago Ribeiro cruza da esquerda, Jonathan, ena entrada da pequena área,m cabeceia pras redes. Cruzeiro 4×0.
  • 46 – Termina o 1º tempo

Segundo Tempo

  • 23h03 - Começa o 2º tempo.
  • 00 - Yecerotte aplica um pontape em Kleber na saída de bola e recebe cartão vermelho.
  • 02 - TR recebe livre na ponta direita. Impedimento.
  • 03 - DR chuta da entrada da área, MM cai pra defender.
  • 04 - Guerrón substitui Elicarlos. Torcida gritas: “Adílson! Adílson!”
  • 04 - Guerrón recebe em velocidade e toca a bola pro gol na saída de MM. Bandeira marca impedimento.
  • 07 - Guerrón passa a Jonathan, que não alcança a bola, mas dois potosinos se chocam e ficam caídos no gramado.
  • 09 - Guerrón recebe lançamento na ponta direita. De novo, impedimento.
  • 11 - Guerrón recebe na cara do gol, tenta driblar MM, que corta a bola com os pés.
  • 12 - WP solta uma bomba de dentro da área, aproveitando rebote da defesa. A bola sai por cima do travessão.
  • 13 - Eguino lança bola sobre a área celeste. Fábio faz sua 1ª defesa no jogo, saindo bem nos pés do atacante de Andaveris.
  • 15 - Guerrón chuta forte, de dentro da área, MM defende em dois tempos, com dificuldade.
  • 18 - Henrique comete falta: cartão amarelo.
  • 19 - Loyaza substitui Argarañaz.
  • 20 - Guerrón lança a bola praesquerdo, MM sai do gol para cortar o passe.
  • 22 - Bernardo substitui Wellington Paulista.
  • 24 - MP lança TR, mas o atacante está impedido.
  • 26 - Eguino chuta de longe, bola sai pela linha de fundo.
  • 28 - Eliandro substitui Kleber, que sai de campo debaixo de aplausos da torcida.
  • 29 - Galindo recebe o 2º cartão amarelo e o vermelho.
  • 30 - DR faz boa jogada, limpa a marcação e chuta rasteiro da entrada da área. Bola tira tinta do poste esquerdo.
  • 32 - MP apanha rebote de MM e chuta, por cima do travessão.
  • 34 - Bernardo sofre falta próxima à entrada da área. Na cobrança, ele acerta a barreira.
  • 35 - Cruzeiro pressiona e, após intenso bombardeio, ganha escanteio.
  • 38 - TR penetra na área e solta uma bomba, MM desvia pra escanteio.
  • 39 - Bernardo chuta de longe, bola passa por cima do travessão.
  • 40 - Cruzeiro toca a bola na entrada da área, torcida grita: “Olé!”
  • 41 - Jonathan chuta de longe, defesa desvia para escanteio.
  • 42 – Jonathan serve Eliandro, que solta uma bomba. Bola nas redes. Cruzeiro 5×0.
  • 43 - Torres substitui Andaveris.
  • 44 – Bernardo recebe lançamento, penetra na área, dribla Machado e empurra a bola pras redes. Cruzeiro 6×0.
  • 46 - Guerrón entra na área, vai á linha de fundo, emm esmo semângulo, solta uma bomba. Bola na rede. Cruzeiro 7×0.
  • 47 – Fim de jogo. Cruzeiro está classificado para o Grupo 7 da Libertadores. Torcida canta alto: “Vamos, Cruzeiro querido, da Libertadores, ser campeão”.

Vídeos

Gols

Atuações

  • Adílson Baptista -Sabendo que a lhama era mansa, entrou com três atacantes e um dublê de volante e armador, Marquinhos Paraná.É bem verdade, que tomou precauções, mandando Kleber voltar pra buscar a bola. Também ordenou rodízio de laterais no ataque. Com o decorrer da partida, percebendo que além de mansa, a lhama estava cansada e banguela, trocou volante porm atacante e liberou os laterais. A torcida “foi ao delírio” e os comentaristas atleticanos deram corda: “tá vendo, é assim que se faz!”. Mas contra o Luxa, tudo será diferente, anotem.
  • Torcida – Trinta e oito mil presentes, com televisão aberta pra cidade e horário pornográfico, até que não foi um mal público. A farra foi total, desde o trilar inicial do apito. Noite pra corneta algum botar defeito. O time começou com três e terminou com quatro atacantes. Tropeiristas, amendonistas, corneteiros e palpiteiros se deram bem. Jogar bunitim é possível. Basta querer. Habemus mantra novo no ar.
  • Fábio – Foi a mais tranquila de suas 308 partidas pelo Cruzeiro.
  • Jonathan – Fez gol, deu passe para x outros. Sem ter que descer do salto.
  • Gil – A cancha estava grande demais pros bolivianos. Raramente, eles chegaram até às proximidades da zona de chutão do Cruzeiro. Com o que o becão ficou sem ter o que fazer.
  • Leonardo Silva – Que eu me lembre, cortou um cruzamento de cabeça. Não deve nem ter mandado o uniforme pra lavanderia.
  • Diego Renan – Foi atacante.
  • Elicarlos – Deu um sanguinho na marcação e na cobertura da lateral-direita.
  • Marquinhos Paraná – Outra atuação mercurial. Como sempre, jogou pro treinador. Mas, como o jogo estava sossegado, fez duas jogada spara agradar o Odair José: errou um lançamento e perdeu uma bola no meio de campo, que gerou um contra-ataque mixuruca do Potosi.
  • Henrique – Errou três passe, acertou uma bomba no travessão, cuidou da intermediária. Sem amarrotar a roupa.
  • Thiago Ribeiro – Correu, marcou, passou, incomodou, levou o motorádio da Itatiaia como melhor em campo.
  • Guerrón – Entrou em impedimento algumas vezes, teve gol anulado, tentou jogadas individuais e, no fim, marcou um gol espírita.
  • Wellington Paulista – Fez o gol marcado pelo Marquinhos Paraná e serviu Kleber para outro.
  • Bernardo – Fez um belo gol, atrasando o drible uma fração de segundos pro goleiro errar o bote. Tipo Wagner.
  • Kleber – O de sempre. Duelou com a defesa adversária o tempo todo. E fez um gol.
  • Eliandro – Também marcou ponto fazendo seu golzinho.
  • Juiz & Bandeiras – Não era caso de expulsão a mini-voadora do nanico Yecerotte. Aquilo, Evandrão e Adilsão praticavam na pré-escola. Galindop também devia ter sido poupado do cartão vermelho. O excesso de oxigênio na baixitude pode ter prejudicado o raciocínio do boliviano. No mais, o nosso bandeira, aquele que corre na frente do túnel do Cruzeiro, marcou impedimento às pampas. Alguém se deu ao trabalho de conferir erros e acertos dele?
  • Adversários – O goleiro Mauro Machado tomou 7, salvou outros 7 gols. Três deles com defesas de melhores momentos. Os demais, pfui…

O que foi dito

  • Kleber, atacante do Cruzeiro: Criou-se uma expectativa muito grande na minha saída. Depois que o torcedor soube que eu voltaria, a reação foi imediata, a recepção que eu tive no aeroporto diz tudo. Era um jogo que eu queria jogar. Queria estar em campo, sentir a torcida, sentir esse clima. Foi maravilhoso. O resultado diz tudo. Por tudo que aconteceu, é normal que a gente tenha uma reação assim no gol. A recepção do torcedor no aeroporto, o jeito que o torcedor se comportou depois que soube que talvez eu fosse embora. É normal que eu tenha uma reação assim. Espero que seja assim daqui para frente. Eu tenho uma meta de fazer ,uitos gols este ano. Está acontecendo. Espero que possa ser como no ano passado, que eu não me contunda, que eu tenha uma sequência boa e possa ajudar o Cruzeiro, fazendo gols. Se não fizer também, ajudar com passe e correndo, como foi hoje. Nosso time jogou muito bem hoje. Uma formação que a gente não costuma jogar. Pegou todo mundo de surpresa aí, mas é normal o time criar oportunidades jogando com três atacantes. Hoje, deu tudo certo, jogamos muito bem e o resultado elástico é fruto do que o time apresentou.
  • Thiago Ribeiro, atacante do Cruzeiro: Sabia que o favoritismo era nosso, mas futebol é dentro de campo. Jogamos com seriedade, respeitamos o adversário e conseguimos a vitória. Pecamos em finalizações e poderíamos ter feito mais gols, mas o importante é que conseguimos uma grande vitória, que nos dá moral para pegar o Vélez. Espero que a gente faça uma grande Libertadores. Dá pra repetir a formação com três atacantes. Dá pra jogar assim tranqüilamente, desde que a gente se ajude. Sem a bola, temos de voltar para ajudar na marcação.
  • Jonathan, lateral-direito do Cruzeiro: Não quisemos nos poupar, pois passamos muita raiva lá. Sofremos com viagem, jogo na altitude e violência do Real Potosí. Conseguimos descontar nossa raiva hoje, estamos de parabéns por conquistar esse resultado histórico. Eles batem muito, mas superamos isso e fizemos o placar.
  • Bernardo, armador do Cruzeiro: Voltei a fazer gol. A gente treina bastante pra isso. Tive a felicidade de marcar um gol muito bonito. Desde quando subi, quero isso. Estou treinando, jogando e acho que esses jogos são uma preparação muito boa pra eu vestir a camisa 10. Essas coisas particulares procuro falar com a psicóloga. São coisas que acontecem fora de campo e isso abala um pouco. O Adílson ficou preocupado comigo, mas sempre procurei conversar com pessoas que iriam me ajudar e isso me ajudou. Este ano cheguei com a cabeça boa, focada. Foram algumas especulações sobre minha saída, mas falei que queria ficar no Cruzeiro para continuar trabalhando e tenho certeza que esse vai ser um ano bom. Tem que ter mais concentração. Acho que não é nem concentração, é caprichar. Levantar a bola, a minha batida na bola já é boa. Então é só tirar ela da barreira e fazer ela subir e chegar ao gol.
  • Adilson Batista, treinador do Cruzeiro: Fizemos por merecer desde o início do jogo, independentemente da formação, que foi um pouquinho mais ofensiva. A gente criou situações, penetrações de volantes, chutes de laterais, todo mundo participando, jogando com seriedade, e poderíamos ter feito mais gols no primeiro tempo. No segundo, com a expulsão (deles), acabou facilitando também, e aí fizemos os gols. Temos que enaltecer o comportamento deles e dar os parabéns a todos que incentivaram. O Cruzeiro valorizou o resultado e entrou para a história do clube com uma goleada importante. (Jogar com três ou quatro atacantes) são situações que você pode fazer, mas ainda continuo, dentro da minha cabeça, com os dois só na frente. São circunstâncias, necessidades. Eu já fiz três atacantes no 2º tempo, quer dizer, ninguém está inventando nada aqui, inovando, criando. O atleta tem que te dar essa resposta. Para se jogar com três, como o Barcelona joga, o próprio Corinthians andou jogando, o pessoal do lado tem que ajudar, marcar, recompor. E, às vezes, eu não vejo isso no atleta brasileiro. Ainda, na minha cabeça, é começar com dois.
  • Diego Renan, lateral-esquerdo do Cruzeiro, em seu blog: Fala, Nação Estrelada! Ontem, mais uma vez, tivemos uma noite impecável. O time esteve muito bem, jogamos com seriedade e saímos do Mineirão com um placar histórico. Depois do jogo, fui informado de que havíamos estabelecido um novo recorde no clube: a maior goleada na Libertadores. Muito legal, principalmente porque tive o prazer de estar em campo num dia tão importante. Agora, vamos ter um desafio enorme na fase de grupos, mas tenho muita confiança no time. Queremos esse título. Me lembro bem do dia 15 de julho de 2009. Era a final da Libertadores, o Cruzeiro lutou muito, mas saiu de campo derrotado pelo Estudiantes. Eu estava na arquibancada, ao lado do meu grande amigo Douglas Borges, goleiro do nosso time júnior. Antes do jogo, enquanto a torcida gritava o nome dos onze jogadores que iniciariam a partida, eu me virei para o Douglas e disse: “em poucos anos, estarei aqui, no Mineirão lotado, num jogo da Libertadores, com a torcida cantando meu nome”. Felizmente, minha previsão estava errada. Com muita fé e trabalho sério, consegui alcançar esse objetivo em pouco mais de seis meses. Estou muito realizado e disposto a dar meu máximo pelo Cruzeiro. Contei esse caso, pois, semana passada, quando eu estava na Bolívia, conversei com Douglas pelas internet e ele me lembrou desse fato. Ontem, quando cantaram meu nome, senti uma sensação incrível. Acompanhei a torcida no ritmo das palmas enquanto gritavam meu nome. Foi um momento mágico, que espero que se repita por inúmeras vezes. É isso, galera. Daqui a pouco tem um treino mais leve na Toca. Antes de me despedir, queria destacar a moral do meu pai, que ontem deu entrevista e tudo mais! Saudações celestes!
  • Leandro Mattos, em seu blog: O futebol maiúsculo apresentado pelo Cruzeiro nesta quarta-feira, na goleada por 7 a 0 sobre o Real Potosí, foi chancelado ainda no vestiário do Mineirão, com a escalação certeira de Adílson Batista. O comandante estrelado fez valer a ampla supremacia técnica de seu time, escolheu uma formação bastante ofensiva e seus 11 titulares atropelaram, com personalidade, os bolivianos. Bastava um 0 a 0, mas a equipe azul não freou seu ímpeto ao marcar o primeiro tento e foi coroada com uma grande atuação. Com o amplo placar, a Raposa fincou os pés na fase de grupos da Libertadores da América e inaugurou de vez o sonho do tricampeonato da competição mais importante do continente. A torcida foi paciente e jogou junto com o time, como Adílson tinha pedido. Viu que o gol era questão de tempo, tamanhas as chances desperdiçadas até os 28 minutos, quando Wellington Paulista e Marquinhos Paraná ‘meiaram’ o primeiro tento e abriram a contagem no ‘Gigante da Pampulha’. O apetite cruzeirense era tanto, que o time, mesmo com quatro gols de frente, voltou para a etapa complementar com a mesma formação do primeiro tempo.
  • Décio Lopes, em seu blog: O Cruzeiro aplicou uma chinelada – muito bem dada, aliás –no Potosi e, mais uma vez, mostrou o óbvio: se a maioria destes times da cordilheira tivesse um mínimo de qualidade, seguiria o caminho vitorioso da LDU. É… porque jogar lá no alto não passa de uma tremenda covardia. Não vou entrar de novo no mérito de permitir ou proibir, mas apenas afirmo que é uma baita covardia. Enfim, o que interessa é que o Cruzeiro despachou o Potosi e credenciou-se para uma bela Libertadores que vem por aí. Mais uma na história de um clube que, entra ano e sai ano, vive lá, entre os melhores do continente (aqui vai uma crítica, incluindo um mea-culpa, aos jornalistas de RJ e SP, quase sempre dando mais atenção aos clubes das duas cidades e valorizando muito menos do que deveria a trajetória de um clube como o Cruzeiro, quase sempre forte, consistente e brigando por títulos). Falando em brigar por títulos, penso que vai ser o caso em mais esta Libertadores. O time vem para brigar. Neste ano os brasileiros são favoritos absolutos para levantar a taça e, dentro deste grupo seleto, o Cruzeiro é um dos destaques. É um bom elenco, entrosado, motivado, bem treinado –apesar da pouca experiência do Adilson (que, note bem, é bom treinador!)… O Cruzeiro conseguiu, aos 48 do segundo tempo, manter Kleber; manteve Wellington Paulista, Fábio, Gilberto… e agora trouxe o Roger – um jogador de qualidade que, quando quer, ajuda muito os seus times e é capaz de desequilibrar. Cabe ao carrancudo treinador manter o (sempre bem acompanhado) rapaz na linha. O grupo dos mineiros já na primeira fase é difícil? Sim, certamente. Por isso estou com o Adilson: melhor poupar jogadores (não todos os titulares, mas alguns), mesmo que o preço seja perder o Campeonato Mineiro. É questão de prioridade. No ano passado, o Cruzeiro bateu na trave neste que seria mais um título importantíssimo para a história do clube. Os meses seguintes e a depressão geral que se abateu mostram claramente o quanto a torcida queria a Libertadores. O quanto quer a Libertadores. Agora aparece uma nova chance e é bom ir com tudo a ela. Mesmo que o preço seja o estadual. O Cruzeiro é do tamanho dos seus sonhos, é do tamanho dos seus objetivos. Do tamanho da Libertadores.
  • Lédio Carmona, em seu blog: Se me perguntassem qual é o melhor time do Brasil hoje em dia, eu ainda não saberia dizer. Poderia ser, por ordem alfabética, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Internacional, São Paulo… Mas com certeza ele está entre aqueles que disputarão a Libertadores. Agora, se me perguntassem qual é o time do Brasil que eu mais gosto de ver jogar hoje em dia eu teria uma resposta bem mais objetiva: Cruzeiro. E não tem nada a ver com a surra aplicada no Real Potosi, ontem à noite, no Mineirão. Minha opinião estão relacionada à forma como joga e é escalada a Raposa, de Adílson Baptista. É bonito de ver o Cruzeiro em campo, muito embora nem sempre consiga chegar aos seus objetivos prioritários. O Cruzeiro que massacrou o Potosi (quatro vira) tem a cara do Cruzeiro que Adilson Batista quer ver em campo. Claro que acabou a moleza. Não haverá mais nenhum Potosi pelo caminho. A Raposa caiu no grupo mais difícil da primeira fase da Libertadores (Velez, Colo-Colo e Deportivo Itália, da Venezuela) e já estréia semana que vem contra o Velez, em Liniers. Mas é favorito para vencer a chave e seguir em frente. Porque é melhor, porque não tem medo, porque tem mais experiência do que ano passado e, praticamente, a mesma equipe que perdeu a final para o Estudiantes. No Cruzeiro, todo mundo joga bola. Os laterais são ótimos no apoio: Jonathan e Diego Renan só precisam ser menos afoitos na marcação. Seus volantes marcam, jogam e têm saída de bola irretocável (Henrique e Marquinhos Paraná). E, do meio para frente, Adílson pode entrar com Gilberto na armação, com Kleber e Wellington Paulista (Thiago Ribeiro) na frente, ou, simplesmente, jogar com os três atacantes, como ontem. Fora o banco, que sempre tem ótima opções. Ontem, Bernardo, Eliandro e Guerron entraram e fizeram gols. Bom lembrar que Paraná, o próprio Cruzeiro (1998), Palmeiras e Flamengo já jogaram contra esse mesmo pífio Potosi e ninguem ganhou de 7. Provavelmente porque nenhum deles entrou com a mesma fome de gols que o Cruzeiro mostrou ontem. Em determinado momento da partida, tinha quatro atacantes contra 9 bolivianos. Sete gols, um para cada jogador: Marquinhos Paraná, Thiago Ribeiro, Kleber, Jonathan, Eliandro, Bernando e Guerron. Cinco deles marcados por atacantes diferentes. Em resumo: o Potosí pode ser (e é) uma baba. Mas o Cruzeiro não tem nada com isso. E é fortíssimo. Com ou sem Kleber. Com ou sem Roger. Mas com um elenco completo, cheio de alternativas e faminto por vitórias e títulos.
  • Mauro Beting, em seu blog: E foi pouco. Fosse 12 a 0, por aí, não teria sido demais. O Potosí é ruim sem ar, e muito pior com oxigênio. E o Cruzeiro foi muito melhor e mais sério o jogo todo. Mereceu conquistar a maior goleada da história celeste em Libertadores. Sem Gilberto, Adilson optou por Elicarlos protegendo a cabeça da área, Henrique e Marquinhos Paraná saindo para o jogo pelos lados em parceria com os cada vez melhores – ofensivamente – Jonathan e Diego Renan, e um trio de ataque: Kléber saindo bastante da área, Thiago Ribeiro mais aberto pela direita, Wellington Paulista mais centralizado. Deu mais que certo. Também pelo tudo de errado que fez o time boliviano. O Potosí só acertou pancadas nos cruzeirenses. Dois vermelhos foi pouco. Mas foi cômico um jogador ser expulso com 5 segundos de segundo tempo, depois de uma paulada – a milésima – em Kléber. Mais bizarro seria aos 7min, quando dois deles se acertaram ao errarem a bola e um adversário… O rival era tão fraco que, taticamente, fica difícil analisar mais detidamente o 4-3-3 usado. Mas prometo comentar a proposta no próximo. Guerrón entrou muito bem, aberto como um ponta pela direita. Um pouco menos de afobação, um pouco mais de apuro técnico, é opção mais que interessante para o mesmo 4-3-3 que, por vezes, pode prescindir de um armador. Ou, ainda melhor, de três volantes. E os passes de Thiago Ribeiro? E os lançamento dele? E o recuo para acompanhar o lateral adversário. Uma partida para guardar nos olhos dele. Um exemplo para ele mesmo.
  • Mário Marra, em seu blog: O Cruzeiro fez o que tinha que fazer: 7 a 0 e foi pouco! Entretanto, chega a ser difícil analisar qual lição o time leva dos jogos contra o Potosí. A fragilidade do adversário não permite afirmar que o time rende bem com três atacantes, ou que Bernardo ressurgiu, ou que… É certo que o estilo do Cruzeiro é um estilo de time bem treinado e envolvente, o que garante que ninguém ganha antes da hora do time azul. É preciso jogar e é necessário anular as muitas virtudes treinadas na Toca. O Cruzeiro pode encarar qualquer adversário. Se algo foi possível avaliar sem risco algum, foi o treinador. Adilson não foi vacilante e indeciso. Passou longe do retranqueiro e chegou a abusar. Obviamente que alguém vai me lembrar da fragilidade do time das alturas, e é aí mesmo que o treinador merece o elogio. Ora, quantas vezes vimos vários clubes violentarem sua forma de jogar em partidas contra adversários fracos, mas competitivos. O jogo pedia ousadia e o time foi ousado. Quanto a Bernardo, três atacantes, Eliandro e algo mais, é bom manter a cautela. Nem foram ótimos e nem devem morrer queimados. Deixe o tempo trabalhar a hora certa.
  • Geni e o Zeperrela, no PHD: Foi muito legal. Mas não gostei de ver a torcida gritando o nome do Adilson só porque ele colocou quatro atacantes. Quer dizer que quando coloca atacantes merece aplauso e quando tira atacante merece vaia? As coisas não são tão simples assim no futebol. Se fossem, era só colocar alguém da Turma do Didy lá pra treinar o time. Aí entraria em campo com Fábio, Eliandro, Ribeiro, Paulista, Kléber, Guerrón, Gilberto, Bernardo, Roger, Dudu, Lessa e Camilo. Pronto! Era só aplauso! Ele jogou com quatro atacantes porque estava contra um time ruim com dois jogadores a menos. Quero ver no dia que estivermos jogando contra um adversário forte e o técnico precisar reforçar o meio ou a zaga, qual será a reação da torcida…
  • Matheus Penido: O principal mérito do time ontem foi manter a seriedade o tempo todo. Pontos pros jogadores, que mantiveram o ritmo forte até o fim como manda a cartilha do futebol com seriedade. E o grande mérito do Adílson não foi escalar 3 atacantes como muitos dizem, mas sim manter o time centrado e jogando coletivamente, sem estrelismos, até o fim. Coisa de quem leva a profissão a sério.
  • Mariana, no PHD: Depois de fazer o gol, Bernardo ajoelhou e beijou a camisa, ficou emocionado. Podem falar que é demagogia dele blá blá blá, mas achei bonita sua atitude!

Fontes

  • Antigo Blog Páginas Heróicas Digitais

Transmissão

  • Globo Minas
  • Sportv