Cruzeiro 4x1 Coritiba - 29/11/2009

De CruzeiroPédia .:. A História do Cruzeiro Esporte Clube
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Confrontos
(clique no jogo para navegar)
Por temporada
Escudo Atlético-PR.png 1x1 Escudo Cruzeiro 2004.png Gol aos do Escudo Santos.png 1x2 Escudo Cruzeiro 2004.png
Por Campeonato Brasileiro
Escudo Atlético-PR.png 1x1 Escudo Cruzeiro 2004.png Gol aos do Escudo Santos.png 1x2 Escudo Cruzeiro 2004.png
No estádio Mineirão
Escudo Cruzeiro 2004.png 1x1 Escudo Grêmio.png Gol aos do Escudo Cruzeiro 2004.png 6x0 Escudo Uberlândia.png
Contra Coritiba
Escudo Coritiba.png 1x3 Escudo Cruzeiro 2004.png Gol aos do Escudo Cruzeiro 2004.png 2x1 Escudo Coritiba.png

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Escudo Cruzeiro 2004.png
4 × 1
Escudo Coritiba.png



Informações

Data: domingo, 29 de novembro de 2009 às 17:00
Local: Belo Horizonte, MG
Estádio: Mineirão


Público e Renda

Público pagante: 27.291
Público Presente: Não disponível
Renda Bruta: R$ 408.077,83 R$ 408.077,83 <br />Cr$ 408.077,83 <br />NCr$ 408.077,83 <br />Cz$ 408.077,83 <br />NCz$ 408.077,83 <br /> (preço médio: R$ 14,95 )


Escalações

Cruzeiro
  1. (T) Fábio
  2. (T) JonathanSimbolo jogador base.png  Gol aos do
33. (T) Caçapa
  4. (T) Leonardo Silva
  5. (T) Fabrício
  6. (T) Diego RenanSimbolo jogador base.png Substituição realizada de jogo ( 15.(R) Elicarlos )
  7. (T) Marquinhos Paraná
  8. (T) Henrique  Gol aos do
  9. (T) Wellington Paulista Cartão amarelo recebido aos  (1) Gol aos do P
10. (T) Leandro Lima Substituição realizada de jogo ( 18.(R) Eliandro Simbolo jogador base.png  Gol aos do ) Substituição realizada de jogo ( 16.(R) Athirson )
11. (T) Thiago Ribeiro
Técnico: Icone-Treinador.png Adilson Batista

Coritiba
12. Vanderlei
  2. Márcio Gabriel Cartão amarelo recebido aos Substituição realizada de jogo ( 20. Marcos Aurélio )
  5. Jeci Gol aos do Substituição realizada de jogo ( 27. Cleiton )
  7. Pictograma-Futebol.png Pedro Ken
21. Dirceu
26. Luciano Amaral Cartão amarelo recebido aos
30. Leandro Donizete
33. Jaílton
28. Renatinho
  9. Marcelinho Paraíba (C)
35. Thiago Gentil
Técnico: Icone-Treinador.png Ney Franco


Reservas que não entraram na partida

Cruzeiro
12. (B) Andrey
13. (B) Jancarlos
14. (B) Thiago HelenoSimbolo jogador base.png
17. (B) BernardoSimbolo jogador base.png

Coritiba
22. Wanderson
8. Leandro
10. Carlos Pereira
31. João Henrique
39. Branco Fressato

Sobre o jogo

Mais uma vez o Cruzeiro entrou em campo com a obrigação de vencer. Somente a vitória manteria o time com chances de conquistar a vaga na Libertadores.

Um desafio e tanto para um grupo que parece ter atingido o seu limite. Ainda mais que o Coritiba também precisava de um resultado positivo para afastar o perigo de rebaixamento que ainda o ameaça.

Gil e Gilberto, suspensos, desfalcaram o time. Mesmo tendo treinado com três atacantes durante a semana, Adilson optou por escalar Leandro Lima no meio e Caçapa na zaga.

Primeiro tempo

O Cruzeiro começou forçando o jogo pela direita, com o avanço constante de Jonathan, que teve a primeira chance de gol aos 8 minutos, quando recebeu passe de Wellington Paulista, saiu de frente para o gol e bateu cruzado. A bola saiu pela linha de fundo rente a trave direita de Vanderlei.

O Coritiba, por sua vez, explorava justamente o corredor aberto pelas subidas de Jonathan, com boa movimentação de Marcelinho Paraíba e Renatinho. E teve sucesso logo aos 11 minutos. O juiz, equivocadamente, marcou uma falta para o Coritiba depois de uma disputa normal entre Jonathan e Renatinho, a um passo da risca da grande área, próximo a linha de fundo.

Ao invés de lançar a bola pelo alto, Marcelinho Paraíba chutou forte e rasteiro para o meio da área. Jeci se antecipou à zaga e mandou para o fundo das redes. Coritiba, 0x1.

O Cruzeiro se desorientou com o gol e caiu de produção. Com muitos erros de passes no meio, o jogo do time não fluía.

Leandro Lima, completamente perdido em campo, mal conseguia dominar a bola.

Diego Renan aparecia pouco no apoio, até porque o time insistia sempre pela direita, onde Jonathan já não tinha o mesmo espaço para evoluir.

Mais organizado, o Coritiba ganhou o meio de campo e teve o jogo sob controle.

No ataque, seguiu explorando o corredor pela esquerda e criou situações de perigo.

Como aos 20, quando Renatinho pegou uma sobra e bateu forte da entrada da área, exigindo boa defesa de Fábio.

Henrique falhava na cobertura de Jonathan e Leonardo Silva tinha que sair da área para dar combate aos atacantes.

Aos 22, Ney Franco foi obrigado a mexer no seu time. Jeci, contundido, deu lugar a Cleiton.

Adilson, por sua vez, fez uma alteração tática aos 25, trocando o apagado Leandro Lima por Eliandro, buscando, com três atacantes, maior força ofensiva.

Um minuto depois de entrar em campo, Eliandro recebeu passe pela direita e bateu cruzado, para fora.

Na jogada seguinte, ele recebeu novamente dentro da área, pela direita, mas desta vez errou o chute e a bola saiu pela linha de fundo sem perigo algum.

Foi o suficiente para o Cruzeiro dar uma aprumada. A partir dos 30 o time passou a ter mais posse de bola e volume de jogo.

Começou a ter mais presença no ataque, ainda que cadenciando muito o jogo. O Coritiba se fechou na defesa e praticamente abdicou do ataque.

A pressão aumentou com uma boa sequência de lances. Aos 35, Caçapa chutou de fora da área, Vanderlei espalmou para o meio da área e a zaga cortou. A bola foi recuperada e depois de um cruzamento da direita, Wellington Paulista concluiu de bicicleta, obrigando Vanderlei a fazer difícil defesa.

E uma jogada individual acabou mudando de vez os rumos da partida. Aos 44, Henrique avançou pelo meio e, de fora da área, bateu para o gol. A bola saiu rasante, quicou e passou no meio dos braços de Vanderlei, indo morrer no seu canto direito. Cruzeiro, 1×1.

O Cruzeiro se animou e partiu para a pressão, desta vez, total. Aos 46, Diego Renan passou para Jonathan, que, livre de marcação na entrada da área, bateu de bico, forte e rasteiro, no canto direito de Vanderlei, que nem esboçou reação. Cruzeiro, 2×1.

Segundo Tempo

O Cruzeiro voltou com a mesma formação. Ney Franco trocou Marcio Gabriel por Marcos Aurélio, que entrou para jogar aberto pelo lado esquerdo do ataque. Pedro Ken foi deslocado para a lateral-direita.

E o Coxa começou com uma postura mais ofensiva, tocando a bola no campo de ataque e rondando a área celeste com certo perigo.

Aos 5, Marcelinho Paraíba cobrou falta que ele mesmo sofrera nas proximidades da meia lua e acertou a barreira.

Sentindo o perigo, Adilson não demorou a mexer e, aos 7, trocou Diego Renan por Elicarlos, na tentativa de reforçar a marcação. Eli foi para o meio e Paraná ficou na lateral esquerda.

Aos 9, depois de uma longa troca de passes, Jonathan lançou Thiago Ribeiro, em profundidade. Dentro da área, ele tentou girar sobre o marcador e foi derrubado. Pênalti, bem marcado pelo juiz. Aos 11, Wellington Paulista, com um chute forte, acertou o ângulo direito de Vanderlei. Cruzeiro, 3×1.

O Coritiba não desistiu e chegou pelo menos duas vezes com perigo na área celeste. Em ambas, Fábio, bem colocado, fez boas defesas. Com a vantagem, o Cruzeiro recuou sua marcação, fechou os espaços e passou a explorar os contra-ataques.

Em um deles, aos 18, Thiago Ribeiro escapou pelo meio e foi parado com falta, que ele mesmo bateu, obrigando Vanderlei a fazer difícil defesa para escanteio.

Aos 20, Leonardo Silva fez uma antecipação ainda no campo de defesa, avançou pela direita e cruzou para Thiago Ribeiro, que pegou de voleio e jogou pela linha de fundo.

Logo depois, Ney Franco fez sua terceira alteração, trocando Renatinho por Carlinhos Paraíba.

O Coxa quase ganha um presente quando Fábio errou uma saída de bola aos 21, mas Elicarlos cortou o perigo.

Na sequência desta jogada, Paraná recuperou a bola no campo de defesa e avançou até as proximidades da área adversária, onde passou para Thiago Ribeiro, que avançou pela direita e deu um belo passe para Eliandro, que não teve trabalho para tocar para o gol vazio. Cruzeiro, 4×1.

Imediatamente, Adilson trocou Eliandro por Athirson, com a intenção de recompor o meio de campo.

O Coritiba ameaçou aos 26, numa cobrança de falta de Carlinhos Paraíba que Fábio espalmou para escanteio.

Na resposta celeste, aos 28, Thiago Ribeiro escapou pela esquerda e lançou para Wellington Paulista, que, de frente para o gol, não alcançou a bola.

Daí pra frente o Cruzeiro mandou no jogo e administrou a vantagem. Bloqueou bem as tentativas do Coxa no ataque e valorizou a posse de bola com consciência.

E ainda criou boas oportunidades para ampliar o marcador. Como, aos 34, quando Athirson recebeu passe de Henrique e, de frente para o gol, chutou para fora.

Ou aos 36, numa chance incrível. Elicarlos lançou na área para Wellington Paulista, que penetrou, driblou Vanderlei e concluiu meio desequilibrado para o gol. Ainda assim a bola ia entrar, não tivesse batido em Cleiton, que estava caído depois de ter se chocado com a trave na tentativa desesperada de cobrir o goleiro.

O Coxa ainda teve uma oportunidade clara de gol aos 41, em um lance isolado. Thiago Gentil recebeu cruzamento da esquerda e na linha da pequena área chutou por cima do gol. E foi só.

O Cruzeiro matou o tempo até o apito final.

Bela vitória, e importantissima. Chegar à última rodada do campeonato brigando por vaga no G4 era uma situação quase impensável no período de turbulência que se seguiu à derrota na final da Libertadores.

Temos que valorizar, e muito, a bela campanha de recuperação do time, que nesta reta final tem superado os seus próprios limites.

Tem sido teimoso em sua busca obstinada por um lugar na Libertadores 2010.

O Cruzeiro não depende apenas do seu resultado na última rodada, é certo. Mas enquanto houver chance, temos que acreditar E torcer muito.

Atuações

  • Adílson Baptista – Com as poucas opções disponíveis no elenco, armou um time que não se acertou nos primeiros 25 minutos. Mas teve coragem de mudar o esquema de jogo ainda no decorrer da etapa inicial e virou o placar. No 2º tempo, tratou de responder a cada movimento tático de Ney Franco pra grantir a vitória de um time exausto física e mentalmente.
  • Torcida – Pela campanha de recuperação, o time merecia platéia maior. Mas é o tal negócio: torcedor brasileiro só se amarra em título ou rebaixamento; quando estas situações não estão em jogo, ele prevarica, mesmo. Os 29 mil presentes. embora impacientes na fase ruim do jogo, não atrapalharam. Até apoiaram com entusiasmo no 2º tempo.
  • Fábio – Parou no lance do gol do Coritiba e quase complicou com uma saída de jogo errada. Nos demais lances, esteve perfeito.
  • Jonathan – No início da partida foi volante, meia, ponta-direita etc, menos lateral, deixando um corredor por onde o Coritiba atacou com perigo várias vezes. Como apoiador e atacante, esteve bem: marcou um gol, serviu Ribeiro no lance do pênalti e perdeu outro gol.
  • Cláudio Caçapa – Boa atuação. Firme na defesa ainda encontrou forças pra animar o time nos momentos de instabilidade. E chutou uma bola que, por pouco, não resultava em gol. Está fazendo força pra continuar no elenco em 2010.
  • Leonardo Silva – Jogando pelo lado direito da bequeira, passou por maus momentos com os avanços de Jonathan e a cobertura deficiente de Henrique na primeira meia hora de jogo. Depois, quando Fabrício consertou a cobertura da lateral-direita, pôde jogar mais sossegado. E ainda mostrou coragem e discernimento ao puxar um belo contra-ataque no 2º tempo.
  • Diego Renan – Não esteve em seus melhores dias. Mas também não foi um desastre. Atuação mediana.
  • Elicarlos – Ajudou a fechar a intermediária, principalmente, pelo lado esquerdo do ataque paranaense, por onde Marcelinho Paraíba tentava construir jogadas.
  • Henrique – Começou mal, não conseguindo fechar a lateral direita. Depois, trocou de posição com Fabrício e se firmou. No lance do gol do Coxa, não conseguiu interceptar a bola, mas, depois, ao marcar o gol de empate pagou a dívida. No 2º tempo, foi um dos que ajudou a trancar a defesa impedindo a troca de passes dos adversários.
  • Fabrício – Consertou a marcação pelo lado direito da defesa ao trocar de posição com Henrique, na metade do 1º tempo e atacou como ponta-direita quando foi possível. No 2º tempo, manteve-se mais ocupado com a marcação pra evitar surpresas desgradáveis como as que ocorreram contra Flu e Grêmio.
  • Marquinhos Paraná – Não polemiza com críticos que não sabem nada do riscado. Joga sua bola e vai pra casa. Recebe em dia e retribui com dedicação, categoria e futebol eficiente ao clube. Neste jogo, começou mostrando serviço ao desarmar, na ponta-esquerda, um contra-ataque fulminante de Marcelinho Paraíba. Depois, cuidou da cobertura da lateral-esquerda e, por fim, assumiu a posição com saída de Diego Renan. De quebra, ofereceu a seus críticos a jogada mais bonita da partida, a que resultou no 4º gol. Foi o MVP do Cruzeiro na temporada.
  • Leandro Lima – Não é um armador clássico de bons passes e lançamentos como Gilberto ou Wagner. É um meia-atacante carregador de bola. Sem espaço, não funciona. Adílson teve de sacá-lo na metade do 1º tempo, antes que o caldo entornasse na forma de vaias.
  • Eliandro – Animado, correu muito, errou conclusões, mas também deu trabalho à defesa e fez um gol. Foi útil.
  • Athirson – Meio malemolente, trotou demais sem a bola. Com ela nos pés, sabe o que fazer. Chato foi ter perdido um gol feito. Desses que até o Evandrão daria conta de fazer.
  • Thiago Ribeiro – Parece cansado, mas não desanimado. Lutou muito e ainda anulou Pedro Ken ao jogar em sua faixa de terreno no 2º tempo anulando a pretensão de Ney Franco de ter um ala ofensivo. Além do papel tático, no plano individual, deu duas contribuições importantes para a vitória: sofreu um pênalti e serviu Eliandro para um gol.
  • Wellington Paulista – Dispersivo, errou troca de passes e ficou longe demais da área, mesmo quando deveria ser o atacante enfiado entre os beques, antes da entrada de Eliandro. Marcou sua presença com uma bicicleta que, por pouco não resultaria num gol espetacular, e com o pênalti bem batido, que selou a sorte da partida.
  • Juiz & Bandeiras – Cometeram erros normais de arbitragem. Nada que influísse no placar. Nem mesmo a falta que resultou no gol paranaense, muito rigorosa, me pareceu marcação absurda.
  • Adversários – Pedro Ken, reforço celeste pra temporada de 2010, teve atuação discreta. Marcelinho Paulista, como sempre, foi o mais perigoso. Carlinhos Paraíba entrou no 2º tempo e chutou algumas bolas perigosas. Renatinho é um serelepe, mas cansou e foi substituído. Ney Franco enxergou a debilidade defensiva do Cruzeiro pelo lado direito e explorou bem aquele corredor. Quando Adílson tomou providências pra acabar com a moleza, ele ainda tentou forçar o lado esquerdo celeste, mas Pedro Ken foi anulado por Thiago Ribeiro. Afora, isto, ele só podia contar com as jogadas individuais de Marcelinho Paraíba, que não teve espaços pra evoluir no 2º tempo.

O que foi dito

  • Lédio Carmona, em seu blog: E o Coritiba, pelo segundo fim de semana seguido, tomou de quatro: Cruzeiro 4×1. Bom lembrar que a Raposa ainda tem chances de entrar no G4. Tem que ganhar do Santos, na Vila, e torcer por insucesso de Palmeiras ou São Paulo. Mais drama e incerteza. Impossível explicar como o bom time do Coxa se enrolou tanto e agora corre risco de cair. Precisa vencer o Flu, ou torcer para o Botafogo empatar ou perder para o Palmeiras.
  • Mário Marra, em seu blog: A proposta de jogo do Coritiba de jogar fechado encontrou um Cruzeiro abobado no início da partida. É até aceitável explicar que a ausência de Gilberto era muito sentida pelo Cruzeiro. O substituto, Leandro Lima, não segurava a bola como Gilberto faz normalmente. E, acelerando o jogo e errando passes demais, Leandro Lima só fortalecia o Coxa, que roubava a bola e saía em alta velocidade pela esquerda. Aos 11 minutos Marcelinho Paraíba bateu uma falta lateral para a área, Fabrício só esticou a perna e Jeci fez o gol do Coxa. O jogo que parecia difícil se tornou muito complicado. A postura do Coxa era defensiva e as escapadas eram frequentes. Os três zagueiros não deixavam o Cruzerio chegar. Pelos lados Diego Renan era bem vigiado e Jonathan tinha um em cima e um na sobra. Sem valorizar a posse de bola, sem girar e sem envolver o adversário, era claro que o Cruzeiro não chegaria. Adilson abriu mão de Leandro, aos 24 minutos, e colocou um terceiro atacante. A entrada de Eliandro eliminava a sobra e o Cruzeiro cresceu. É importante destacar que não é fácil sacar um jogador aos 24 do primeiro. Normalmente o jogador faz bico, reclama, esbraveja e expõe as feridos do elenco. Vários treinadores se comprometem com o grupo e esquecem do compromisso com a torcida, direção, história e objetivos. Adilson não caiu na cilada do compromisso com Leandro Lima da não exposição e confirmou o pacto com o alvo, a meta. Arriscando de fora da área, Henrique fez o gol de empate. O desespero bateu no Coxa e ainda no primeiro tempo o Cruzeiro fez o segundo. O gol mostra a cara do Cruzeiro. Time dinâmico. Jonathan, que havia abandonado e lateral, apareceu pelo meio na área para fazer a virada. O segundo tempo mostrava um Coritiba batido e um Cruzeiro em busca de gols. Era questão de tempo e de bola no chão. Thiago Ribeiro sofreu pênalti e Wellington Paulista fez o terceiro. O quarto nasceu de uma linda jogada de Marquinhos Paraná. Ele carregou a bola e abriu espaços, de pé em pé Elicarlos para Thiago e daí (para premiar Adilson Batista) para Eliandro que fechava. O resultado mostrou que o Cruzeiro ainda se mantém forte e com pique. O resultado deixou claro que o centenário Coxa foi um desastre. Cruzeiro 4×1 Coxa, e foi pouco!
  • Vitor Birner, em seu blog: Só resta uma chance de surpresa na parte de cima da tabela. O São Paulo perder do Sport e o Cruzeiro, algoz da Libertadores em 2009, lhe tomar também a vaga na competição continental no ano que vem. No atual cenário, Coxa e Glorioso podem ganhar, o Flu cair e o Cruzeiro ficar com a vaga palmeirense na Libertadores que não será surpresa.
  • Wellington Paulista, atacante do Cruzeiro: A gente tinha que vencer em casa pra dar esse presente à torcida, que o ano todo compareceu, lotou o estádio, ajudou a gente. Nada mais justo que golear em casa com o apoio deles.
  • Thiago Ribeiro, atacante do Cruzeiro: Os primeiros 25, 30 minutos não foram o Cruzeiro que todo mundo conhece. Depois sim foi o Cruzeiro tocando a bola com velocidade, envolvendo o adversário. Demos um passo importante, que era vencer esse jogo e chegar à última rodada com chance de classificar. Antes do jogo já sabíamos que não seria fácil. Teríamos que vencer os dois últimos jogos e ver o que ia acontecer. Agora, é fazer a nossa parte vencendo o Santos.
  • Eliandro, atacante do Cruzeiro: Passou (na minha cabeça) responsabilidade, confiança e alegria de jogar, independentemente de ser contra uma equipe grande como a do Coritiba. Eu sabia da responsabilidade. Só queria ajudar e fazer o meu melhor naquele momento. Pensei em ajudar a equipe a virar o placar porque era o que a gente precisava. Meu gol foi uma troca de passes legal da nossa equipe. Eu senti que o Thiago Ribeiro ia chutar cruzado e esperava a bola passar. Ela passou e eu fui feliz em concluir. Para mim é uma honra não só a torcida gritando, mas a confiança do treinador, dos jogadores, tudo tem sido maravilhoso. Entrei no Cruzeiro fazendo um teste, mas sabendo que, pra ficar, teria que evoluir. O futebol que eu apresentava não era o bastante pra permanecer, mas o Cruzeiro me proporcionou evolução e tenho aprendido bastante. Mas sei que tenho que aprender muito ainda.
  • Jonathan, lateral-direito do Cruzeiro: Estava livre na entrada da área, o Diego Renan fez o passe, tive tempo pra dominar a bola e chutei forte no canto direito do goleiro. Foi um gol muito importante, pois nos deu tranquilidade pra trabalhar a bola na 2ª etapa e decidir o jogo. Com esse resultado, estamos vivos na briga pela Libertadores.
  • Fábio, goleiro do Cruzeiro: Felizmente o futebol surpreende. Nós vimos a evolução da equipe no 2º turno. Pontos que a gente perdeu aqui contra o Grêmio e contra o Fluminense poderiam nos colocar em situação até melhor hoje. Mas vamos tomar isso como lição pra não acontecer mais.
  • Adilson Batista, treinador do Cruzeiro: Parabéns aos atletas. E também aos torcedores, que incentivaram e cobraram no momento certo. É final de ano e precisamos relevar algumas situações porque o desgaste foi grande na temporada e a gente demorou pra encurtar, demos espaços, erramos alguns passes. Tudo isso é reflexo da temporada. O Coritiba veio com duas linhas de quatro, Marcelinho e Thiago Gentil na frente. Nós perdemos alguns gols no começo, mesmo com dificuldades eles fizeram o gol num chute rápido do Marcelo numa falta. Aí eles voltaram atrás da meia-lua e nós, com certa ansiedade, erramos e eles contra-atacavam. Nada contra o Leandro, mas eu já tinha trabalhado os três na frente em função da necessidade de vencer. O Eliandro entrou muito bem, criando algumas situações e, depois dos 30 minutos, tivemos mais volume, criamos e fizemos os gols. Depois dos 2×1, a gente não tinha um meia. Ficamos com dificuldade para criar. No 2º tempo, contra-atacamos, criamos, saímos rapidamente. Acho que fomos eficientes e merecemos o resultado.
  • Marcelinho Paraíba, meia do Coritiba: Infelizmente não deu, a gente queria sair dessa situação, mas a equipe mais uma vez pecou. Saímos bem no começo do 1º tempo. Mas é levantar a cabeça, não tem nada decidido. Vamos jogar diante da torcida e é hora de nos unirmos pra lutar contra o rebaixamento.
  • Ney Franco, treinador do Coritiba: O clima em nosso vestiário foi de frustração, terrível, todos de cabeça baixa. Mas chamamos todos pra participar de uma breve reunião e pedimos pra que levantassem a cabeça pra começar a semana com um trabalho forte. Vamos recuperar o lado emocional, depois, a parte física e ajustar uma forma de jogo pra atuar contra o Fluminense. Será uma semana difícil, de cobrança e dúvidas. Teremos que recomeçar o nosso trabalho pra jogar de maneira digna ao lado do nosso torcedor.
  • Elias Guimarães, no PHD: Boa virada.Bom num todo. Primeiro tempo tenebroso até a saída do Leandro Lima. Aí, fomos pra cima e dominamos amplamente a partida na 2ª etapa. Adilson precisa repensar com a diretoria nosso elenco. O treinador precisa ter mais opções prá 2010.
  • Rosan Amaral, no PHD: Pela estafa mental do plantel, a vitória foi heróica. Mesmo antes de tomarmos o gol, notava-se que Jonathan, Paraná, Fabrício e WP estavam grogues, com reflexos lentos.
  • Matheus Penido, no PHD: Foi um jogo estranho pela diferença da atuação do Cruzeiro de uma parte pra outra. Depois de tentar se lançar no comecinho, o Cruzeiro tomou um gol num lance isolado e se desnorteou. Do gol do Coxa, até a troca do Leandro Lima pelo Eliandro o time deve ter vivido seu pior momento na temporada, pois nem dominar a bola no meio do campo conseguia. Nessa fase, a dupla Renatinho & Marcelinho fazia o que queria no lado direito da zaga celeste, pois o Jonathan só atacava e os volantes estavam perdidos. Mas com o tempo e com a boa entrada do animado Eliandro, o time passou a criar chances, embora o Coxa continuasse com espaços generosos pra construir jogadas. A história só mudou definitivamente a partir do chutaço do Henrique, que acordou de uma vez time e torcida. Na sequência, o time foi com tudo pra cima e conseguiu a virada no último lance do 1º tempo, numa penetração esperta do Jonathan no meio da área. Tranquilidade recuperada no 2º tempo, o Coxa deixou de ter tantos espaços e o Cruzeiro passou a atacar com perigo. Fez dois, mas podia ter feito mais quatro gols. O Coritiba movimentava-se bem no ataque, mas sofria pra se defender. Vale destacar a superação do time que, apesar de um inicio pavoroso, conseguiu controlar o jogo e golear. Méritos também pro treinador, que fez uma substituição pra mudar a partida e outras duas pra administrá-la. Os melhores foram Caçapa, Paraná, apesar do vacilo de marcação no começo, Thiago Ribeiro e Eliandro, que animou o time num momento difícil.
  • Maurício Sangue Azul, no PHD: A mudança tática do Adílson Baptista foi espetacular. A saída do Leandro Lima para o time jogar com três atacantes mudou a história da partida. Nosso treinador de 2010 soube fazer a substituição na hora certa e com as peças disponíveis no banco de reservas. A entrada do Elicarlos foi essencial pra segurar as subidas do Coxa pelo lado do Jonathan, que ficou liberado pra atacar pelas duas pontas.
  • Daniel Loures, no PHD: Gostei da reação do time. Não gostei da atuação do Diego Renan. A zaga e os volantes começaram inseguros, mas após um lance em que o Caçapa foi à frente, driblou um e chutou, o time acordou.
  • Cléber Mendes, no PHD: A arrancada do Marquinhos Paraná, que resultou no 4º gol foi algo cinematográfico. E a bicicleta do Wellington Paulista, fantástica. Pena que a bola não entrou. Se entrasse seria o gol mais bonito da rodada.

Fonte

  • Antigo Blog Páginas Heróicas Digitais