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| '''[[Campeonato Mineiro]] 1972''' foi a 58ª edição oficial do principal torneio de [[Minas Gerais]]. Oficialmente, o [[Cruzeiro]] foi campeão pela 17ª vez na história do torneio, sendo este o 1º título do tetracampeonato do Clube e o 6º título da "era [[Mineirão]]".
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| ==Geral== | |
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| ;Nota: O regulamento determinou que todos os jogos da fase final fossem disputados no Mineirão
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| ==Final==
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| A data nacional de 7 de setembro em que comemoramos independência do Brasil em 1822, também serviu como um marco na história do Cruzeiro. Nesta data enfrentamos o rival Atlético na decisão do Campeonato Mineiro de 1972. A vitória e o título vieram com dois gols do ex-junior Palhinha: 2 a 1.
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| O caneco estadual foi o primeiro conquistado sem o ídolo Tostão na era Mineirão. O craque havia sido negociado ao Vasco na maior negociação entre clubes brasileiros. Mais do que isso, na grande decisão, o time jogou também sem Dirceu Lopes e demonstrou que não dependia mais de sua mais famosa dupla de craques.
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| O ano de 1972 começou com uma bomba dentro do Clube. Enquanto o time excursionava pela Ásia, o presidente Felício Brandi estava em Belo Horizonte fechando a contratação do treinador Yustrich, que era um antigo sonho do clube. Os jogadores e o técnico Orlando Fantoni ficaram sabendo da contratação através da imprensa e uma crise se instalou de imediato.
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| Fantoni quis retornar ao Brasil e foi convencido pelos jogadores a ficar, mas Tostão reuniu a imprensa numa coletiva no hotel em que a delegação estava hospedada em Bangkok, na Tailândia, para anunciar que não renovaria o seu contrato com clube assim que retornasse ao Brasil.
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| Tostão culpou o presidente Brandi pela sua decisão, pois não concordava com a justificativa apresentada para a troca de treinador de que o plantel precisava de disciplina.
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| Por outro lado, a vinda de Yustrich motivou o retorno do ídolo Raul. O goleiro estava em litígio com o clube desde 1971, quando entrou na justiça através dos advogados do Atlético, dentre eles Adelchi Ziller. Raul ganhou o passe na justiça e quando estava para assinar contrato com o rival mudou de idéia.
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| Raul admirava o trabalho de Yustrich, que era o único no país que fazia um treino especial para goleiros. Na época não existia o tal "treinador de goleiros". Assim o goleiro sentiu que, com Yustrich, ganharia melhor forma e retornaria a Seleção Brasileira.
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| Tostão ainda atuou nas três primeiras partidas do estadual antes de ser negociado ao Vasco e foi substituído na equipe pelo atacante Palhinha, que já vinha se destacando desde que foi promovido da categoria júnior.
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| Yustrich chegou ao clube para modernizar alguns departamentos. Fez uma lista de exigências de tudo o que precisava e foi prontamente atendido pelo presidente. Este era o diferencial do treinador em relação aos outros que atuavam no país.
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| No entanto, Yustrich não tinha limites. Uma discussão com o diretor Furletti no vestiário do estádio Cristiano Osório, após a vitória por 1 a 0 sobre a Caldense, decretou a sua demissão.
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| Naqueles tempos o material esportivo era de total responsabilidade do Clube e os fornecedores não eram lá essas coisas. Faltavam peças na rouparia e Yustrich proibiu jogadores de presentear atletas adversários e torcedores com as suas camisas.
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| Após o jogo em Poços, um representante da Sociedade São Vicente de Paula, de Três Corações, adentrou o vestiário cruzeirense em companhia do vice-presidente Furletti, para apanhar a camisa do atacante Roberto Batata, que era nascido naquela cidade, para uma rifa beneficente.
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| Yustrich proibiu Batata de entregar a camisa e repreendeu Furletti dizendo que ele era a autoridade máxima do plantel. Furletti retrucou dizendo que o vice-presidente era a autoridade máxima no Clube.
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| Assim que a delegação retornou a Belo Horizonte, a diretoria se reuniu e decidiu demitir o treinador. Uma carta foi redigida para ser entregue a Yustrich que morava num sítio em Pedro Leopoldo.
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| Yustrich era temperamental, briguento e andava armado. Contam que o supervisor Robson José foi até a residência do treinador, enfiou a carta por debaixo da porta, bateu a campainha e saiu correndo.
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| O auxiliar Ílton Chaves, que contava com a simpatia e o apoio de todo o plantel, foi finalmente efetivado no cargo. Era a chance que aguardava desde 1968.
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| O certame de 1972 foi marcado pelo equilíbrio das campanhas entre Cruzeiro e Atlético nas três fases do certame. Como terminaram a fase final com o mesmo número de pontos, o título foi decidido numa partida desempate em 7 de setembro de 1972.
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| Por causa da violência dos zagueiros adversários, Dirceu Lopes ficou de fora das últimas partidas do certame. A decisão contra o rival seria a primeira do clube na era Mineirão sem a dupla Tostão e Dirceu responsáveis pelo título brasileiro de 1966 e pelo penta estadual de 1965 a 1969.
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| O clássico foi equilibrado. O time venceu o primeiro tempo por 1 a 0 com gol de Palhinha e levou o empate na segunda etapa com um gol de bicicleta do Dadá Maravilha. A partida terminou empatada em 1 a 1 sendo necessária uma prorrogação de mais 30 minutos.
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| E o jovem Palhinha, aos 9 minutos, marcou o gol do título e se consagrou como o mais novo ídolo cruzeirense. O título veio confirmar a todos que o Cruzeiro continuaria o mesmo time vencedor mesmo sem o ídolo Tostão.
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| Fonte: {{Blog PHD}}
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