Atlético-MG 0x1 Cruzeiro - 24/10/1965
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Por temporada | |||
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Por Campeonato Mineiro | |||
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No estádio Mineirão | |||
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Contra Atlético-MG | |||
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Data: domingo, 24 de outubro de 1965
Local: Belo Horizonte, MG
Estádio: Mineirão
Árbitro: Juan de La Pasión Artés
Assistente 1: Witan Marinho
Assistente 2: José Gomes
Público pagante: 47.530
Público Presente: 60.000
Renda Bruta: Cr$ 46.884.000,00 R$ 46.884.000 <br />Cr$ 46.884.000 <br />NCr$ 46.884.000 <br />Cz$ 46.884.000 <br />NCz$ 46.884.000 <br /> (preço médio: Cr$ 986,41 )
Atlético-MG
1. Luiz Perez
2. João Batista
3. Vander
4. Bueno
5. Décio Texeira
6. Bougleaux
7. Viladonega
8. Buião
9. Roberto
10. Mauro
11. Noêmio
Técnico: Mário Celso de Abreu
Cruzeiro
1. (T) Tonho
2. (T) Pedro Paulo
3. (T) William
4. (T) Vavá
5. (T) Neco
6. (T) Ilton Chaves
7. (T) Dirceu Lopes
8. (T) Wilson Almeida
9. (T) Marco Antônio
10. (T) Tostão 35' (1T)
11. (T) Hilton Oliveira
Técnico: Airton Moreira
Sobre o jogoEditar
A goleada do Cruzeiro sobre o Siderúrgica, uma semana antes, deixou os alvinegros tensos. Aos 7, Bougleaux deu pontapé em Ilton Chaves e o jogo ficou parado três minutos.
Pouco depois, Viladonega acertou Pedro Paulo, que revidou e, por pouco, o conflito não se generalizou.
Incapaz de acompanhar o velocista Hilton Oliveira, o lateral-direito João Batista apelou pra rasteiras, cotoveladas e empurrões.
Juan de la Pasión Artés tentou administrar a violência. Iludiu-se imaginando que, com o passar do tempo, os jogadores se acalmassem e ele pudesse levar a bom termo o primeiro superclássico da Era Mineirão. Não deu certo.
Com Ílton Chaves protegendo a zaga e Dirceu e Tostão armando jogadas de ataque, o Cruzeiro dominou o jogo.
No Atlético, Bougleaux, Viladonega e o atacante Toninho, que recuou para ajudar os meio-campistas de ofício, estavam perdidos.
Diante da superioridade técnica do meio de campo celeste, Bougleaux e Viladonega se limitaram a distribuir botinadas. Isso, quando conseguiam chegar a tempo de disputar a bola com algum jogador de azul.
Tocando a bola com rapidez, os cruzeirenses evitavam o corpo-a-corpo. Sem contar com o apoio do meio de campo, Roberto Mauro virou presa fácil pra William e Vavá.
Na etapa inicial, Tonho só defendeu bolas atrasadas. Algumas com as mãos, o que era permitido naquele tempo.
- O gol
Aos 35, Dirceu Lopes lançou Hilton Oliveira. O ponteiro foi à linha de fundo e cruzou. Acossado pela defesa, Marco Antônio rolou a bola pra Tostão, que chutou forte marcando o 1º gol da história do Superclássico no Mineirão.
- Pênalti claro!
Na etapa final, o Cruzeiro pôs o Atlético na roda. O 2º gol era questão de tempo e capricho dos atacantes.
Aos 34, Wilson Almeida invadiu a área e foi derrubado por um carrinho do lateral-esquerdo Décio Teixeira. Pênalti claro.
- Sururu
Mal acostumados por terem passado pela Era Independência com poucos pênaltis contra, os atleticanos ficaram estarrecidos com a decisão de Juan de la Pasión Artés.
Vander agrediu o juiz, que pediu proteção à Polícia Militar. Como ela não o atendeu prontamente, outros termocéfalos se animaram. Virou linchamento.
O treinador Marão invadiu o gramado e também bateu no árbitro. Só aí os soldados saíram de sua letargia para proteger a vítima.
Seguiu-se uma batalha campal entre jogadores atleticanos, inclusive reservas, e policiais. Artés expulsou o time inteiro do Atlético e pôs fim à partida.
- Primeira partida
Este jogo foi o primeiro clássico disputado no Mineirão
FonteEditar
- Antigo Blog Páginas Heróicas Digitais