Leonízio Fantoni
Leonízio Fantoni, mais conhecido como Niginho (no Brasil) e Fantoni III (na Itália), foi jogador e treinador do Cruzeiro.
História como Jogador[editar]
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Informações pessoais | ||
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Nome completo | Leonízio Fantoni | |
Data de nasc. | 12/02/1912 (63 anos) | |
Local de nasc. | ||
Falecido em | 05/09/1975 † | |
Local da morte | Belo Horizonte, MG, Brasil | |
Apelido | Carrasco dos Clássicos Tanque Menino Metralha | |
Posição | Atacante | |
Jogos | 288 | |
Gols | 213 | |
Elenco atual? | Não | |
Resultados em campo | ||
15 V - 3 E - 7 D | ||
Primeiro jogo | ||
Cruzeiro ![]() ![]() | ||
Primeiro Gol | ||
Palestra Itália ![]() ![]() | ||
Último jogo considerado | ||
Cruzeiro ![]() ![]() |
Niginho foi jogador do Cruzeiro em dois períodos - de 1929 a 1933 e de 1939 a 1947 - é o terceiro maior artilheiro da história do Clube.
Carreira[editar]
Ele nasceu em uma família cruzeirense. Ao menos cinco familiares atuaram pelo Cruzeiro: ele, os irmãos João Fantoni (Ninão) e Orlando Fantoni, o primo Otávio Fantoni (Nininho) e os sobrinhos Benito e Fernando Fantoni atuaram todos pela Raposa. Com exceção dos sobrinhos, todos atuaram na época em que o clube era Palestra Itália e jogaram pela Lazio como em uma dinastia: Ninão foi Fantoni I, Nininho foi Fantoni II, ele foi Fantoni III e Orlando, Fantoni IV.[1] Fernando Fantoni também passaria pela equipe romana, como Fantoni V.[2]
Com quatorze anos, já atuava nas categorias de base do Palestra. Niginho não foi apenas seu único apelido. Ficou também conhecido como Carrasco dos Clássicos, por ter sido o palestrino/cruzeirense que mais marcou gols contra Atlético-MG e América-MG. Outro era Tanque, fruto de sua especialidade, romper as defesas adversárias aproveitando-se de sua alta estatura e força física. Menino Metralha foi outra alcunha, a primeira: chutava tanto a gol quando chegou ao time principal, aos 19 anos, que logo passou a ser chamado dessa forma.[1]
Em sua primeira passagem pelo Palestra, ganhou um tricampeonato mineiro, em 1928, 1929 e 1930. Na segunda, após jogar no Vasco, foi novamente tricampeão estadual, em 1943, 1944 e 1945.
À semelhança de outros sul-americanos, deixou a Itália no verão de 1935, preocupado com uma possível convocação para a próxima guerra na Abissínia, região da atual Etiópia, como o status de "nativo" que lhe tinha permitido obter também cidadania italiana.[3]
Encerrou a carreira em 1946, atuando ao lado do irmão Orlando - que no ano seguinte iria para a Lazio. Niginho deixou os gramados com 207 gols em 257 partidas pelo Palestra/Cruzeiro, na segunda passagem, firmando-se como o maior ídolo do clube na era pré-Mineirão.[1]
Títulos[editar]
Campeonato Mineiro: 1928, 1929, 1930, 1943, 1944 e 1945
Torneio Início: 1929, 1940, 1941, 1943 e 1944
História como Treinador[editar]
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Números totais | ||
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Número de jogos | 257 | |
Vitórias | 145 | |
Empates | 57 | |
Derrotas | 55 | |
Gols pró | ||
Gols contra | ||
Aprov. em pontos | 63,81% | |
Aprov. de vitórias | 56,42% | |
Último jogo considerado | ||
Substituiu | Foi substituido por
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← Fumanchu 1948 | Souza 1950 → | |
← Cristóvão Colombo 1953 | Filpo Núñez 1955 → | |
← Ninão 1959 | Gérson Santos 1962 → | |
← Gilson Santana 1962 | Martim Francisco 1963 → |
Niginho foi treinador do Cruzeiro em quatro períodos entre 1948 a 1963. Ele é o terceiro treinador que ficou mais tempo no Clube, com 257 jogos. Foi tricampeão mineiro em 1959, 1960 e 1961, assim como havia sido duas vezes enquanto jogador do Clube.
Ele continuou trabalhando no clube social do Clube até sua morte, em 1975, ocasionada por um mal súbito quando estava a caminho da Toca da Raposa para rever os amigos após afastar-se em virtude de recuperação de uma cirurgia.[1]
Leonízio Fantoni, o super-craque Niginho, caíra na Lagoa da Pampulha e morreu afogado. No dia 5 de setembro de 1975, o último adeus ao ex-treinador, amigo e incentivador, foi dado no Cemitério do Bonfim.[4]
Estatísticas ano a ano[editar]
Temporada | Jogos | Vitórias | Empates | Derrotas | Aprov. | Gols pró | Gols contra | Saldo de gols |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1948 | 29 | 15 | 5 | 9 | 57,47% | 49 | 41 | 8 |
1949 | 1 | 0 | 1 | 0 | 33,33% | 1 | 1 | 0 |
1950 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0% | 0 | 0 | 0 |
1953 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0% | 0 | 0 | 0 |
1954 | 23 | 11 | 5 | 7 | 55,07% | 45 | 27 | 18 |
1955 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0% | 0 | 0 | 0 |
1956 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0% | 0 | 0 | 0 |
1959 | 2 | 2 | 0 | 0 | 100,00% | 6 | 3 | 3 |
1960 | 53 | 34 | 8 | 11 | 69,18% | 96 | 63 | 33 |
1961 | 45 | 23 | 12 | 10 | 60,00% | 82 | 55 | 27 |
1962 | 4 | 2 | 1 | 1 | 58,33% | 11 | 7 | 4 |
1963 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0% | 0 | 0 | 0 |
Títulos[editar]
Referências[editar]
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 Tanque de guerra, Dagomir Marquezi. Placar número 1334, setembro de 2009, Editora Abril, pág. 98
- ↑ Fantoni Fernando LazioWiki
- ↑ Fantoni (III) Leonidio (Niginho) LazioWiki
- ↑ O Príncipe, Pedro Blank. Editora Asas de Papel, pág. 291