Nelson Ernesto Filpo Nuñez
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Filpo Nuñez | ||
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Números totais | ||
Número de jogos | 30 (Oficial: 19 / Amistoso: 11) | |
Vitórias | 11 | |
Empates | 8 | |
Derrotas | 11 | |
Gols pró | 64 (média: 2.13 ) | |
Gols contra | 46 (média: 1.53 ) | |
Aprov. em pontos | 45,56% | |
Aprov. de vitórias | 36,67% | |
Último jogo considerado | ||
Cruzeiro 1x2 Internacional - 04/11/1970 | ||
Substituiu | Foi substituido por
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←Niginho | Bengala → | |
←Ílton Chaves | Ílton Chaves → |
Nelson Ernesto Filpo Nuñez nasceu em Buenos Aires na Argentina em 19/08/1917; faleceu em São Paulo/SP em 07/03/1999.
Filpo Nuñez foi o segundo estrangeiro a trabalhar como treinador no Cruzeiro.
Histórico[editar]
Primeira passagem[editar]
Foi indicado pelo treinador Martim Francisco ao Cruzeiro, em julho de 1955. O clube estrelado estava revertendo toda a sua arrecadação na construção da sede social e não tinha dinheiro para contratar um treinador e jogadores renomados. O treinador Niginho, que vinha dirigindo a equipe em regime de colaboração, havia deixado o cargo, desgastado, após a perda do título de 1954 para o Atlético. Filpo só queria uma chance de treinar um clube no Brasil e até se ofereceu para trabalhar de graça para mostrar o seu valor. Em seu currículo constava trabalhos em clubes do Uruguai, Chile e Argentina.
O desconhecido treinador assinou contrato em 6 de julho 1955 por um ano com salário de Cr$15 mil mensais mais Cr$50 mil de prêmio em caso de título. Era chamado pela imprensa de Belo Horizonte de Nelson Filpo.
Logo, em seu primeiro dia de treino, diagnosticou um dos problemas que passaria a enfrentar: a preparação física. “Não sei como eles (o plantel) estavam conseguindo jogar. É de dar pena o estado físico dos jogadores” - declarou. Também pediu que a diretoria solucionasse a reforma dos contratos de alguns jogadores.
Sua estreia foi pela 2ª rodada do Campeonato Mineiro de Futebol de 1955, quando o Cruzeiro perdeu para o Villa Nova, da cidade de Nova Lima, Estado de Minas Gerais, por 5 x 2, em partida realizada no Estádio Castor Cifuentes, em Nova Lima.
Sob o seu comando o time sofreu uma sequência de derrotas e terminou o primeiro turno do Campeonato na penúltima colocação.
Após um início ruim de segundo turno, Nelson Filpo teve o seu contrato rescindido em 16 de outubro de 1955, após a derrota por 3 x 2 para o Democrata, da cidade de Sete Lagoas, em partida válida pela 2ª rodada do 2º turno do Campeonato Mineiro de 1955 e realizada no Estádio José Duarte de Paiva, em Sete Lagoas.
Na primeira passagem sob o comando de Filpo Núñez foram 18 partidas.
Em 2 de dezembro de 1955 se ofereceu à nova diretoria, que acabara de assumir, para voltar a dirigir o time. Mas não foi contratado.
Segunda Passagem[editar]
Sua segunda passagem pelo comando técnico do Cruzeiro foi em 1970, mas desta vez, como técnico renomado e nacionalmente conhecido como Filpo Nuñez. Teve uma passagem vitoriosa pelo Palmeiras, nos anos 1960, no time que ficou conhecido como “Academia”. Antes de vir para o Cruzeiro, Filpo teve uma passagem pelo Coritiba e foi recebido com muita festa na sede do Barro Preto, junto com o supervisor Flávio Costa, que também havia sido contratado. “Vou transformar o Cruzeiro no maior time do mundo”, prometeu.
Sua segunda passagem começou em 16 setembro de 1970, na derrota (2 a 1) para o Sport Juiz de Fora, pelo Campeonato Mineiro, no Mineirão. Para o Campeonato Brasileiro avisou que iria adotar a tática do carrossel com os jogadores do meio e do ataque se movimentando sem guardar posição. Queria ver Tostão se deslocando para fora da área, como fazia na Seleção, para abrir espaços para as entradas de Zé Carlos e Dirceu Lopes. A tática deu certo em alguns jogos, mas o excesso na troca de passes irritou a torcida que, de forma impiedosa, passou a chamá-la de carroção. A sequência de jogos sem vitórias no Campeonato Brasileiro passou a preocupar a diretoria. Tostão elogiou o sistema do treinador e pediu um tempo para o time assimilá-lo, mas a diretoria cedeu às pressões e o demitiu, após a derrota (2 a 1) para o Internacional, no Mineirão, em 4 de novembro de 1970. “Não sou milagroso. Não podia melhorar o time com os seguidos jogos do Campeonato Brasileiro. Saio tranquilo. Não quero nem a minha indenização” – desabafou. A segunda passagem de Filpo Nuñez durou apenas 40 dias.
Faleceu em São Paulo, em 7 de março de 1999 vitimado por um ataque cardíaco.