Dinastia Perrella

De CruzeiroPédia .:. A História do Cruzeiro Esporte Clube

A dinastia[editar]

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Depois de 17 anos no comando do clube, Zezé Perrella deixa a diretoria celeste com 22 títulos no currículo e com boa parte da torcida cruzeirense na bronca pelos últimos anos, quando o dirigente vendeu jogadores importantes e não repôs à altura. Na atual temporada, a equipe quase foi rebaixada pela primeira vez em sua história e no último jogo do Brasileiro, Perrella ouviu em uníssono, o coro do torcedor pedindo para que deixe o clube.

Entre as maiores glórias de Perrella, que também foi vice-presidente do clube no mandato do irmão, Alvimar, entre 2003 a 2008, estão a conquista da Copa Libertadores de 97, a Tríplice Coroa, em 2003, e o tricampeonato da Copa do Brasil (96, 2000 e 2003).

Entre as derrotas mais marcantes os destaques ficam por conta dos vice-campeonatos. Em 97, quando perdeu o Mundial para o Borússia Dortmund, da Alemanha, em 98 e 2010, quando ficou com o segundo lugar no Brasileiro, atrás do Corinthians em ambas ocasiões, e em 2009, quando perdeu a chance de se sagrar tricampeão da Libertadores ao sucumbir ao futebol do Estudiantes, da Argentina, com Verón e Cia, em pleno Mineirão.

Além dos títulos, Perrella ficou marcado pelos bons negócios que realizou para o Cruzeiro. Um dos mais emblemáticos foi a troca de Beletti e Serginho por Gilmar, Vítor, Ronaldo Luís, Donizete, Aílton e Palhinha. Com a base da equipe, o time celeste levantou pela segunda vez o torneio continental.

Outros negócios inesquecíveis de Perrella foram as vendas milionárias do atacante Fábio Júnior, em 99, por U$ 15 milhões, do meia Geovanni, em 2011, por U$ 18 milhões, além do atacante Fred, em 2005, por R$ 36 milhões.

Outro fator positivo da administração Perrella foram as construções da Toca da Raposa II, no bairro Enseada das Garças, e da sede administrativa no bairro Barro Preto, no centro da capital mineira.

Perrella deixa a presidência do Cruzeiro para cumprir o mandato de oito anos como senador.

Em 2017, Zezé Perrella retorna ao Clube como Presidente do Conselho Deliberativo sendo eleito por aclamação.

Ano a ano[editar]

1995– Bom início da dinastia[editar]

A goleada sofrida para o Remo por 5 a 1, no Mineirão, em novembro de 1994, provocou a renúncia do então presidente César Masci. O conselho se reuniu em 18/11 e proclamou Zezé Perrella como novo presidente. Começava ali a ‘dinastia Perrella’ no Cruzeiro. O clube conquistou dois torneios sul-americanos: a Copa Máster, contra o Olímpia-PAR e a Copa Ouro, contra o São Paulo. No Brasileirão, o clube foi eliminado na semifinal, pelo Botafogo, e terminou a competição em terceiro lugar.

Competição J V E D SV GF GS SG
Campeonato Mineiro 22 10 7 5 5 33 18 15
Copa do Brasil 6 3 1 2 1 9 5 4
Copa Ouro 2 1 0 1 0 1 1 0
Copa Master 2 1 1 0 1 1 0 1
Supercopa 4 1 1 2 -1 2 2 0
Campeonato Mineiro 25 12 5 8 4 41 27 14
Amistosos 7 4 3 0 4 14 4 10

1996 – O primeiro time de chegada[editar]

O segundo ano de Zezé Perrella no Cruzeiro foi um dos mais expressivos, pois o time brigou por títulos em todos os torneios que disputou. O Cruzeiro foi campeão mineiro, ganhou a Copa do Brasil em cima do ‘imbatível’ Palmeiras e terminou a fase de classificação do Brasileirão em 1º lugar. Nas quartas de final, uma eliminação precoce para a Portuguesa acabou com o sonho da torcida. O time ainda foi vice-campeão da Supercopa dos Campeões da Libertadores, perdendo a final para o Vélez Sarsfield. Se o Brasileirão daquele ano tivesse sido por pontos corridos, a Raposa teria sido campeã.

1997– A maior glória[editar]

Em números, o ano de 1997 foi o pior da dinastia Perrella à frente do Cruzeiro. Foram 29 vitórias e 28 derrotas. Na prática, porém, foi a temporada que trouxe a maior glória da história do time: o bicampeonato da Copa Libertadores da América. Além disso, o clube foi bicampeão mineiro. No segundo semestre, a equipe lutou contra o rebaixamento do Brasileirão e perdeu o Mundial Interclubes para o Borussia Dortmund-ALE, depois de contestadas contratações de verão realizadas por Zezé Perrella: os atacantes Bebeto e Donizete, além do zagueiro Gonçalves.

1998 – O time do ano, mas repleto de vices[editar]

O ano de 1998 terminou para a torcida cruzeirense com um gostinho amargo. Isso porque o clube chegou à final da Copa do Brasil, do Campeonato Brasileiro e da Copa Mercosul e acabou perdendo as três decisões. Como consolo, ficou o Tricampeonato Mineiro, conquistado sobre o Atlético-MG. No fim do ano, parte da imprensa nacional considerou o Cruzeiro o melhor time da temporada, apesar da sina dos vices.

1999 – Clássicos marcam a temporada[editar]

O tetracampeonato mineiro não veio em 1999, mas o Cruzeiro conquistou a Copa dos Campeões de MG em cima do rival com uma sonora goleada de 5 a 1, no Mineirão. No Brasileiro, o clube celeste disputou a ponta da tabela durante todo o torneio, classificou-se em segundo lugar, mas foi eliminado pelo Galo nas quartas de final, com duas derrotas.

2000 – Tri da Copa do Brasil[editar]

Em 2000, o Cruzeiro foi tricampeão da Copa do Brasil de forma marcante, virando a partida contra o São Paulo, aos 44 minutos do segundo tempo, no Mineirão. No Brasileiro, o time terminou a fase de classificação na liderança, mas acabou sendo eliminado na semifinal para o Vasco. De novo, o Cruzeiro foi o time de melhor aproveitamento na competição, ou seja, se o Brasileiro fosse por pontos corridos, o clube teria sido campeão.

2001 – Edmundo, Rincón e fracassos[editar]

Em 2001, o Cruzeiro montou um time repleto de estrelas, com Edmundo e Rincón, além de Felipão no banco de reservas. Eliminado da Libertadores para o Palmeiras, o clube só conquistou o título da Sul-Minas. No fim do ano, ficou um gostinho na torcida de que a temporada poderia ter sido melhor. De favorito em todos os campeonatos e com o melhor treinador do Brasil, o Cruzeiro terminou o Brasileiro na 21ª colocação.

2002 – Despedida do ídolo[editar]

A temporada 2002 também foi longe do que a torcida cruzeirense sonhava. Tanto que o momento mais marcante do ano ocorreu na despedida do ídolo Sorín, negociado com o futebol europeu. O lateral argentino marcou o gol do título da Sul-Minas sobre o Atlético-PR, no Mineirão lotado.

2003 – A temporada perfeita[editar]

A temporada 2003, foi de longe, a mais bem-sucedida da dinastia Perrella. Foi o primeiro ano de Alvimar na presidência e o time disputou 73 jogos, com 52 vitórias, 13 empates e 8 derrotas, cravando impressionante aproveitamento de 77,17% durante toda a temporada. O ótimo desempenho culminou nos títulos do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Campeonato Mineiro. O clube celeste ainda cravou o recorde de pontos de um time em uma única edição do Brasileirão: 100.

2004 – A ressaca e o início do declínio[editar]

O ano de 2004 prometia. O Cruzeiro campeão de tudo em 2003 mantivera a base e contratara um craque de Seleção Brasileira: Rivaldo. O resultado desse time dos sonhos do cruzeirense não foi bem o esperado pela torcida. Durante a temporada, o Cruzeiro teve cinco treinadores diferentes: Vanderlei Luxemburgo, que vinha respaldado pela temporada perfeita, Paulo César Gusmão, que passou de auxiliar a técnico com a saída de Luxemburgo, Emerson Leão, Marco Aurélio e Ney Franco. Foi Campeão Mineiro, mas foi mal na Libertadores, no Brasileiro e na Sul-Americana.

2005 – O primeiro ano sem título[editar]

A temporada 2005 foi um retrato do declínio da dinastia Perrella no Cruzeiro, em termos de desempenho do time. Foi o primeiro ano do clube sem um título oficial, depois de 15 anos levantando pelo menos um troféu por temporada. Na final do Campeonato Mineiro, o time perdeu para o parceiro Ipatinga. Na Copa do Brasil, foi eliminado para o Paulista de Jundiaí. No Brasileiro, terminou em oitavo lugar. A maior alegria da torcida foi assistir o rebaixamento do rival Atlético-MG à Série B.

2006 – Só o Mineiro salvou[editar]

Em 2006, só a conquista do Campeonato Mineiro, sobre o Ipatinga, algoz do ano anterior, salvou a temporada celeste. A torcida estrelada viu o time terminar o Brasileirão no meio da tabela – 10º lugar – pelo terceiro ano seguido e cumprir tabela em boa parte do segundo turno.

2007 – Vexame e início da hegemonia regional[editar]

Em 2007, a era Perrella viveu seu maior vexame: a goleada sofrida para o Atlético-MG, por 4 a 0, na final do Campeonato Mineiro. O resultado parece ter despertado a fúria nos cruzeirenses, que nos anos seguintes dominaram o clássico regional, com 13 vitórias e dois empates, além de duas goleadas por 5 a 0. O único revés veio com o time reserva, em 2009. No Brasileiro, o Cruzeiro fez boa campanha e classificou-se para a Copa Libertadores de 2008.

2008 – Volta por cima no cenário nacional[editar]

Em 2008, o Cruzeiro definitivamente voltou a figurar entre os melhores clubes no cenário nacional. Depois do 5º lugar no Brasileirão do ano anterior, o clube celeste terminou a competição em 3º, brigando pela ponta até as últimas rodadas. Na Libertadores, foi eliminado pelo Boca Juniors, nas oitavas de final. No Campeonato Mineiro, o time sobrou e foi campeão goleando o Atlético por 5 a 0.

2009 – A maior decepção da história[editar]

Nem os 5 a 0 sobre o Atlético na final do Campeonato Mineiro amenizaram o drama da torcida cruzeirense pela perda da Libertadores de 2009. O time chegou à decisão contra o Estudiantes extremamente confiante no tricampeonato, empolgando a torcida, que deixou o Mineirão aos prantos com a derrota de virada, por 2 a 1. No segundo semestre, o Cruzeiro demonstrou poder de reação e conseguiu uma vaga para a Libertadores do ano seguinte.

2010 – Na trave de novo[editar]

Outra vez jogando futebol de alto nível, o Cruzeiro bateu na trave pelo título brasileiro, acabando com o vice-campeonato. Na Libertadores, o time caiu para o São Paulo, nas quartas de final, prejudicado pela arbitragem do uruguaio Jorge Larrionda, que expulsou Kleber com um minuto de jogo, na partida de volta, no Morumbi. No Mineiro, jogando com os reservas, o time caiu na semifinal para o Ipatinga.

2011 – De Barcelona das Américas à pior crise da história[editar]

O Cruzeiro começou 2011 atropelando todos os adversários, alcançando a série de 17 partidas de invencibilidade, com goleadas históricas na Libertadores. Em uma noite trágica, foi eliminado surpreendentemente, dentro de casa, pelo Once Caldas, nas Oitavas de Final. Teve forças para derrotar o Atlético-MG e ser Campeão Mineiro 2011, mas brigou até a última rodada contra o rebaixamento. Nesse tempo, o clube viveu a pior série sem vitórias de sua história até então: onze consecutivas. A salvação veio contra o Atlético-MG, em uma histórica goleada por 6 a 1.

2017 - O retorno ao clube[editar]

No dia 7 de setembro de 2017, Zezé Perrella foi eleito por aclamação para ser presidente do conselho deliberativo após a chapa que apoiava perder a disputa para a presidencia do clube.[1][2][3]

Fonte[editar]

Referências[editar]