Cruzeiro 4x3 Santos - 29/03/1966
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No estádio Mineirão | |||
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Contra Santos | |||
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Data: terça-feira, 29 de março de 1966 às 21:00
Local: Belo Horizonte, MG
Estádio: Mineirão
Árbitro: Olten Aires de Abreu
Assistente 1: João Miguel Andere
Assistente 2: Moacir Thiago da Silva
Público pagante: 21.908
Público Presente: 25.000
Renda Bruta: Cr$ 43.082.000,00 R$ 43.082.000 <br />Cr$ 43.082.000 <br />NCr$ 43.082.000 <br />Cz$ 43.082.000 <br />NCz$ 43.082.000 <br /> (preço médio: Cr$ 1.966,50 )
Cruzeiro
1. (TA) Tonho
2. (TA) Pedro Paulo
3. (TA) William
4. (TA) Vavá
5. (TA) Neco
6. (TA) Wilson Piazza
25' (1T) ( (RA)
Zé Carlos )
7. (TA) Dirceu Lopes
8. (TA) Antoninho
9. (TA) Dalmar
10. (TA) Tostão
23' (1T)
38' (1T)
6' (2T)
11. (TA) Batista
6' (2T)
Técnico: Airton Moreira
Sobre o jogo[editar]
Cruzeiro e Santos voltaram a se encontrar apenas sete anos depois, em março de 1966, em outro amistoso disputado em Belo Horizonte, dessa vez no Mineirão, inaugurado há pouco mais de seis meses.
Pela primeira vez, Pelé enfrentou Tostão, Dirceu Lopes e Piazza, seus futuros companheiros de Seleção. Foi um jogaço!
Em meio a muitos craques, brilhou e estrela de Tostão. O Santos abriu 2×0. Tostão fez dois e empatou ainda no 1º tempo. No inicio do 2º, marcou o gol da virada. Pelé empatou novamente e Batista, aos 45 minutos, fez o gol da emocionante vitória celeste.
Seis meses após sua inauguração, o Mineirão assistiu a um choque de reis. De um lado Pelé, do outro Tostão, que muitos jornalistas chamavam de Rei Branco do Futebol.
Aquele Santos era tido e havido -como se dizia naquela altura- o melhor time do mundo. E o Cruzeiro, a força emergente que obrigava o país a desviar os olhares, até então exclusivos do Eixo Rio/Sampa, pra espiar o que acontecia atrás das montanhas de Minas.
Um dia antes, saiu a convocação pra Copa de 1966, com apenas dois Off Eixo entre 44 relacionados: Tostão e Alcindo, um centroavante bugre do Grêmio.
Atleticanos estavam furiosos com a ausência do volante Bugleaux e do ponta direita Buião.
Cruzeirenses não perdoavam o esquecimento de Wilson Piazza e Dirceu Lopes, este mais ídolo da torcida do que o convocado Tusta.
Clima tenso em BH. Ira contra a CBD e expectativa pela visita do Rei do Futebol. A chegada do Santos obrigou a Polícia Militar a montar esquema especial no Aeroporto da Pampulha, tantos eram os torcedores dispostos a protestar e/ou vaiar os visitantes.
Com exceção do goleiro Gilmar e do beque Orlando Peçanha, toda a constelação santista acompanhou Pelé, inclusive, a grande revelação nacional, o ponta esquerda Edu, de apenas 16 anos.
O jogo foi eletrizante. Toninho e Edu, ambos assistidos por Pelé, fizeram 2×0 em apenas 20 mintos. Tostão respondeu com dois gols e a etapa inicial terminou empatada.
Tostão voltou a marcar no começo da etapa final, O Cruzeiro dava show, mas do outro lado estava Pelé e foi ele quem empatou.
O Cruzeiro continuou jogando melhor, com seu futebol de toque de bola rasteiro. O Santos se safava de qualuqer jeito cedendo seguidos laterais e escanteios.
E foi num escanteio, cobrado pelo canhoneiro Dalmar na esquerda, que o centroavante juvenil, Batista deu números definitivos ao jogo, pegando de sem-pulo, sem dar chance de defesa a Laércio.
E lá se foi Tostão, cheio de moral e reverenciado por toda a crônica esportiva brasileira, cavar seu lugar entre os 22 que iriam à Inglaterra, na temporada de treinos do escrete canarinho.
Fonte[editar]
- Antigo Blog Páginas Heróicas Digitais