Cruzeiro 2x1 Argentinos Juniors - 04/11/2009

De CruzeiroPédia .:. A História do Cruzeiro Esporte Clube

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Escudo Cruzeiro.png
Cruzeiro
2 x 1 Escudo Argentinos Juniors.png
Argentinos Juniors
Amistoso 2009
Data: 4 de novembro de 2009 Local: Belo Horizonte, MG
Horário: 21:50 Estádio: Mineirão
Árbitro: Cleisson Veloso Pereira Público pagante: 42.216
Assistente 1: Celso Luiz da Silva Público presente: 50.000
Assistente 2: Cinthia Mara da Silva Renda: Não informado
Súmula: Não disponível
Escalações
Cruzeiro: Argentinos Juniors:
1. Fábio Substituição realizada de jogo ( Andrey Substituição realizada de jogo ( Rafael ) ) 1. Peric Substituição realizada de jogo ( Frandino )
2. Diego Renan Substituição realizada de jogo ( Patric ) 2. Fernández Cartão amarelo recebido aos
3. Gil Substituição realizada de jogo ( Vinícius Santos ) 3. Berardo Substituição realizada de jogo ( Sola )
4. Fabinho Alves 4. Basualdo
6. Sorín Substituição realizada de jogo ( Athirson ) 5. Sola Substituição realizada de jogo ( Alfonso )
5. Henrique Substituição realizada de jogo ( Elicarlos Substituição realizada de jogo ( Anderson Uchôa ) ) 6. Lima
7. Marquinhos Paraná Substituição realizada de jogo ( Jancarlos ) 7. Rios Substituição realizada de jogo ( Salazar )
8. Fernandinho Substituição realizada de jogo ( Sorín ) 8. García Substituição realizada de jogo ( Dominguez )
10. Gilberto Substituição realizada de jogo ( Bernardo Gol aos do ) 9. Gianni Substituição realizada de jogo ( Santibañez Gol aos do )
11. Thiago Ribeiro Substituição realizada de jogo ( 19. Guerrón Gol aos do ) 10. Romero Substituição realizada de jogo ( Jaime )
9. Wellington Paulista Cartão amarelo recebido aos Substituição realizada de jogo ( Eliandro Substituição realizada de jogo ( Leandro Lima ) ) 11. Alfonso Substituição realizada de jogo ( Sorín Substituição realizada de jogo ( Franco Cartão amarelo recebido aos ) )
Técnico: Adilson Batista Técnico: Norberto Batista
Reservas que não entraram na partida
Cruzeiro: Argentinos Juniors:

Pré-jogo[editar]

Jogo amistoso pra despedida do lateral-esquerdo Juan Pablo Sorín, de curta, porém marcante passagem pelo Cruzeiro.

Da extensa programação constam descerramento de placas -uma delas lembrando o feito do Cruzeiro que, segundo a IFFHS, foi o melhor clube brasileiro do Século XX-, coletiva do homenageado, jogo de amigos do jogador e artistas populares, show do Skank etc.

Devido aos compromissos por seus campeonatos nacionais, os dois clubes não devem lançar sua força máxima. As escalações ainda não foram informadas, certamente, para não esvaziar o espetáculo.

Segundo Zezé Perrella, presidente do Cruzeiro, jogador e clube arrecadaram R$700 mil de patrocinadores para organização do evento. E 90 toneladas de alimentos não perecíveis, que serão destinados a instituições de caridade, foram trocados pelos 55 mil ingressos postos à disposição do público.

Primeiro tempo[editar]

  • 21h56 – Começa a partida. O Mais Querido de Minas estréia seu 3º uniforme, em dois tons de azul e os escudos do Palestra e do Cruzeiro, lado a aldo, defende o Gol da Cidade. Argentinos Juniors todo de branco.
  • 01 – Sorín toca na bola pela 1ª vez. A torcida vibra.
  • 03 – Thiago Ribeiro (TR) lança Fernandinho que tenta cruzar da esquerda, mas deixa bola escapar pela linha de fundo.
  • 06 – Rios recebe passe em profundidade, invade a área e chuta forte. Fábio defende.
  • 07 – Sorín lança Wellington Paulista (WP), que é derrubado por Fernandez dentro da área. Pênalti não marcado pelo Juiz.
  • 09 – Sorín cobra falta de longe, por cima do travessão.
  • 11 – Sorín é derrubado na entrada da área. Fernandinho bate, Peric defende.
  • 13 – Diego Renan (DR) perde bola na intermediária, Romero fica com ela, dribla Gil, invade a área e chuta forte. Fábio espalma pra escanteio.
  • 17 – Fernandez derruba Henrique no meio de campo e recebe cartão amarelo.
  • 18 – Fernandinho bate a falta por cobertura, bola passa por cima da barreira e explode no poste esquerdo do arco argentino. Torcida vibra.
  • 19 – Rios passa a Romero, que chuta por cima do travessão.
  • 20 – WP recebe bola na área. Bandeira marca impedimento, mas ele conclui o lance e recebe cartão amarelo.
  • 21 – DR cruza, Sorín cabeceia pra fora.
  • 25 – Jogo equilibrado. Poucas faltas, marcação frouxa do Cruzeiro e um pouco mais apertada da bequeira argentina. À vontade em campo, sem marcação, Sorín não tem posição definida.
  • 26 – Bernardo substitui Gilberto, Jancarlos substitui Henrique, Elicarlos soibstitui Marquinhos Paraná, Vinícius Santos substitui Gil.
  • 28 – WP derrubado na entrada da área. Bernardo cobra a falta por cima do travessão.
  • 29 – Andrey substitui Fábio, que completou sua 300ª partida com a camisa do Cruzeiro.
  • 32 – Rios cruza da direita, sozinho na pequena área, Romero erra a conclusão.
  • 33 – TR passa a WP, que não consegue arrematar porque Peric sai e abafa a jogada.
  • 35 – Sorín cruza da esquerda, WP tenta concluir de bicicleta, mas não acerta a bola.
  • 36 – Jancarlos lança bola sobre a área, WP erra a conclusão.
  • 37 – Eliandro substitui Wellington paulista, Patric substitui Diego Renan.
  • 38 – Sorín lança TR, que chuta para defesa de Peric.
  • 39 – Rios cruza da direita, Vinícius Santos cabeceia para escanteio.
  • 40 – Peric dá um tempo em sia funçaõ de goleiro, apanha uma máquina fotográfica guardada do lado de dentro de seu arco e, postado sobre a linha do gol, passa um minuto tirando fotos do jogo e da torcida.
  • 45 – Fim do 1º tempo.
  • Sorín: “Corri muito e me diverti, apesar do cansaço; vamos ver se sai um gol no 2º tempo”.
  • Peric: “Está bonita a festa. Tirei as fotos para me recordar deste momento”.

Segundo tempo[editar]

  • 23h01 - Sorín volta com a camisa do Argentinos Juniors sobre o uniforme celeste. Guerrón substitui Thiago Ribeiro, Athisrson substitui Sorín, Sorín substitui Alfonso.
  • 01 – Bernardo cobra falta lançando a bola dentro da área. Fernandez corta.
  • 02 – Athirson lança Guerrón, que toca na saída de Peric. Bola sai rente ao poste esquerdo.
  • 03 – Athirson cruza da esquerda, Eliandro não alcança a bola.
  • 04 – Fernandinho lança Bernardo, que entra na área e chuta forte. Peric defende com os pés salvando gol certo.
  • 06 – Basualdo chuta de longe, à esquerda de Andrey.
  • 07 – Bernardo recebe lançamento, entra na área e toca pro cima de Peric. Cruzeiro 1×0.
  • 08 – Bernardo comemora o gol com Sorín.
  • 09 – Salazar substitui Rios, Jaime substitui Romero, Dominguez substitui Garcia.
  • 10 – Gianni cruza, Andrey desvia bola pra escanteio.
  • 11 – Rafael substitui Andrey.
  • 12 – Elicarlos lança Guerrón, que arremata pra fora.
  • 13 – Franco substitui Sorín, que substitui Fernandinho.
  • 14 – Anderson Uchôa substitui Elicarlos.
  • 14 – Eliandro cruza, Guerrón conclui pra fora.
  • 17 – Leandro Lima substitui Eliandro.
  • 18 – Athirson é derrubado próximo à área. Bernardo bate a falta por cima do travessão.
  • 20 – Bernardo lança Guerrón, que invade a área, dribla Peric e chuta para o arco vazio. Cruzeiro 2×0.
  • 23 - Alfonso substitui Solá, Neguete substitui Fabinho Alves.
  • 25 – Guerrón serve Bernardo, que chuta forte. Peric defende em dois tempos.
  • 30 – Sorín, de calcanhar, passa a Bernardo, que chuta pra defesa de Peric.
  • 31 – Solá substitui Berardo.
  • 36 – Basualdo cruza, Rafael defende pelo alto.
  • 37 – Sorín recebe passe na área, mata bola no peito e dá bicicleta. Bola sai à direita de Peric.
  • 38 – Frandino substitui Peric.
  • 39 – Bernardo se contunde e sai na maca.
  • 40 – Rafael defende, pelo alto, bola cruzada sobre a área.
  • 43 – Leandro lima puxa Basualdo pela camisa e recebe cartão amarelo. Foi a 4ª falta cometida pelo Cruzeiro na partida.
  • 44 – Sorín passa a Athirson, que cruza para defesa de Frandino.
  • 45 – Dominguez, na entrda da área celeste, passa a Santibañez, que chuta forte, para as redes, sem chance de defesa para Rafael. Argentinos Juniors 1×2.
  • 47 – Fim de jogo. Foi o 127º jogo de Sorín com a camisa celeste. Ao todo, ele marcou 18 gols em suas três passagens pelo Cruzeiro.
  • Sorín: “Foi um privilégio ter um Mineirão lotado de gente que gosta de mim.”

Vídeos[editar]

Matéria do jogo
Gols visto da torcida

Atuações[editar]

  • Fábio – Defendeu duas bolas difíceis na meia hora em que esteve em campo. Completou 300 partidas defendendo o arco celeste, perdendo, agora, somente para Raul Plassmann, Dida e Geraldo II entre os goleiros mais assíduos com a camisa do Mais Querido de Minas.
  • Andrey – Fez uma defesa complicada, não pela dificuldade oferecida pelo cruzamento do jogador argentino, mas porque ele mesmo se enrolou. Menos mal, que o lance resultou apenas num escanteio. Nos demais lances, esteve tranquilo.
  • Rafael – Interceptou alguns cruzamentos pelo alto e levou um gol em chute forte, indefensável, de Santibañez.
  • Diego Renan – Jogou com o freio de mão puxado, mas quase complicou ao calcular mal um recuo de bola para Gil, que resultou num contra-ataque perigoso do time argentino.
  • Patric – Deu uma cabeçada esquisita que resultou num escanteio foi seu ponto de interrogação. Nos demais lances, descomplciou.
  • Gil – Teve dificuldades para conter os atacantes argentinos. Vinícius Santos – Atuação discreta.
  • Fabinho Alves – O melhor da defesa pela estabilidade que deu ao setor. Foi quem mais participou do jogo depois do homenageado e não tem nenhuma história ruim pra contar.
  • Sorín – O dono da festa. Jogou livre, sem guardar posição e sem sofrer marcação ostensiva do adversário. Correu 90 minutos, tentou gol de bicicleta, recebeu faltas, desfrutou intensamente da partida, a sua partida. Sua garra contagiante ficará como referência na história celeste de tantos jogadores extraordinários. Ocupará um lugar no panteão dos guerreiros celestes ao lado de Carazo, Ninão, Souza, Azevedo, Wilson Piazza, Tostão, Dirceu Lopes, Pedro Paulo, Hilton Oliveira, Luís Antônio, Ademir Kaeffer, Douglas, Fabinho Alves, Cris, Edu Dracena e outros deuses da raça.
  • Athirson – Interessado na partida, fez belas jogadas pelo flanco esquerdo, sofreu faltas, levou perigo ao arco argentino. Bom retorno.
  • Henrique – Contido, teve atuação protocolar.
  • Elicarlos – Entrou disposto a jogar à vera, mas ficou pouco tempo em campo.
  • Anderson Uchôa – No pouco tempo em que atuou fez tudo diretinho.
  • Marquinhos Paraná – Outro que jogou pro gasto, sem se expor a contusões. O que não o livrará do besteirol corrente de que não atravessa boa fase e lorotas afins.
  • Jancarlos – Boa atuação na volância e na armação. Jogou pra valer.
  • Fernandinho – Acertou o poste esquerdo do arco de Peric, numa cobrança de falta com muita categoria. Foi seu carimbo nesse jogo festivo. Além disto, como bem lembrou o comentarista Mauro França, ainda deu algumas assistências, uma delas verdadeira canja para Sorín marcar um gol, que acabou não acontecendo.
  • Gilberto – Uma corridinha aqui, outra ali, só pra constar. Está focado é no Sport. No que faz bem.
  • Bernardo – Ao lado de Guerrón e Peric, formou a trinca dos três melhores em campo. Entrou pra jogar mesmo e foi até fominha sonegando um passe precioso para Sorín marcar um gol. Coisas de jogador que está a fim de recuperar o tempo perdido. Fez um gol, perdeu outro, deu assistência para outro mais. Vontade e desempenho animadores.
  • Thiago Ribeiro – Deu somente uma amostra grátis de sua disposição tática e empenho.
  • Guerrón – Outro que aproveitou a ocasião pra jogar e mostrar serviço. Fez um belo gol, movimentou-se, levou perigo à defesa do Bicho.
  • Wellington Paulista – Queria fazer seu gol, mas atrapalhou-se quando teve chance. E -notável!- conseguiu levar cartão amarelo em jogo festivo.
  • Eliandro – Correu pra lá e pra cá, mas o jogo estava confuso demais pra quem ainda não tem autoridade pra pedir bolas aos companheiros e ele passou em branco.
  • Leandro Lima – Não comprometeu, nem brilhou. Ficou numa zona gris do campo e da partida.
  • Adilson Batista – Não apareceu na telinha. Limitou-se a administrar a participação de todo o elenco na festa. No que fez bem.
  • Torcida – Durante o dia, a juventude azul tomou conta das ruas de Beagá com suas camisas celestes. A festa tinha a cara da garotada, que compareceu em massa, curtiu o Skank, deu gás à festa, divertiu-se muito e sinalizou para o Departamento de Marketing do Cruzeiro que existe um público jovem, afluente e que demanda espetáculos diferentes, a seu estilo. Aspecto registrado na entrevista do vocalista do Skank, Samuel Rosa. E, aí, ZZP, como o clube pret4nde aproveitar esta usina de paixão, entusiasmo e fé nas cores do Mais Querido de Minas? Que projetos o Cruzeiro vai desenvolver para esta garotada que está mudando o jeito rabugento de ser dos velhos cruzeirenses? Olho no lance, presidente!
  • Juiz & Bandeiras – Atuação correta. E, sabiamente, discreta, mas sem deixar de cumprir o essencial dos mandamentos do jogo, inclusive com distribuição de pertinentes cartões amarelos.
  • Adversários – Peric, o goleiro-fotógrafo, foi o melhor do Bicho. Belas defesas e, certamente, boas fotos, tamanho o capricho que ele demonstrou ter com o foco e o enquadramento. Rios foi atacante perigoso, Garcia mostrou habilidade na distribuição de jogadas, Santibañez fez um gol bonito e Fernandez não quis saber de festa. Espanou tudo, de bola a canela de atacante. O que apareceu em sua frente, foi atirado pro alto.
  • Organizadores da festa - Nota dez, Com louvor para Sol, mulher do homenageado, para o Departamento de Marketing do Cruzeiro e para quem mais juntou tantas atrações, numa só noite e com tanta organização.
  • Mídia – A Globo, que comprou o jogo, “deu tudo de si” divulgando, colocando vídeos históricos em seu saite, fazendo boa cobertura jornalística do evento. A Itatiaia fez cobertura competente e narrou a partida com uma equipe que não puxou o jogo pra baixo, como tem sido costume dela ultimamente. O Hoje em Dia fez boa cobertura inclusive com uma longa entrevista com Sorín. Somente os Diários Associados boicotaram a festa. Uma burrice abissal. Coisa de jornalistas e administradores roceiros. Gente de mentalidade provinciana. Tapados, pra encurtar a conversa.

O que foi dito[editar]

  • Leandro Mattos, em seu blog : Em setembro do ano passado, mais precisamente no dia 05, falei sobre Sorín aqui no ‘Girando a Bola’. O argentino desembarcava em Belo Horizonte, carregado pela torcida celeste no aeroporto de Confins. Veio para se recuperar de uma lesão no joelho direito, com a esperança de voltar a defender a camisa estrelada, como já tinha feito antes, com raça e identificação com o clube azul. Quis o destino que o reencontro durasse pouco, pelo menos dentro de campo. No final de julho deste ano, cansado das lesões e da falta de oportunidades que elas significaram com Adílson Batista, o ídolo disse tchau para o mundo da bola. Foi um adeus sentido pela torcida. O argentino era um dos raros exemplos no futebol atual de jogadores que experimentam ligação mais estreita com as cores que defendem. Era diferente da maioria que não vê problemas em beijar um escudo à cada seis meses. Gente que troca de clube e de juras como se trocasse de roupa. Sorín se despede oficialmente dos gramados nesta quarta-feira, num esporte cada vez mais permeado por ídolos descartáveis.
  • André Kfouri, em seu blog : Juan Pablo Sorín se despediu do futebol ontem, num amistoso entre Cruzeiro e Argentinos Juniors (2×1: Bernardo, Guerrón e Santibáñesz – 42.216 ingressos trocados por 90 toneladas de alimentos), no Mineirão. É uma das mais belas histórias de idolatria entre uma torcida brasileira e um jogador estrangeiro, o que deveria bastar para descrever sua última noite nos gramados. Mas não basta. Porque histórias como essa são cada vez mais raras. Foi bonito, mas é uma pena que tenha sido o fim. Imagino que seja esse o sentimento do cruzeirense, ao ver Juampi pela última vez vestido de azul.
  • Mauro Beting, em seu blog : Sorín já havia conseguido a proeza de receber elogios –ou o silêncio elogioso– de atleticanos por tudo de lindo que fez pelo Cruzeiro. Para os mais de 40 mil que foram à despedida dele do fútbol, assim mesmo, na língua-mãe de Juampi, conseguiu mais uma vez se superar: fez brasileiros e argentinos falarem a mesma língua. Honrarem dos raros que vestiram camisas rivais com o mesmo amor. Como se fosse só uma. Como se ele realmente fosse só um. Grande Sorín. Como não tenho mais palavras, repito as que escrevi quando você anunciou a aposentadoria: Em campo, começava o jogo na lateral esquerda. Se a bola fosse do Cruzeiro de 2000 a 2002, ou da grande Argentina de Marcelo Bielsa no mesmo período, em segundos já estava na área rival, como se fosse centroavante, para subir de cabeça como um Yao-Ming de 1m73. Como mágica, no contragolpe rival, lá irrompria Juampi na área celeste para aliviar o perigo, para assumir a bucha, para ganhar as bolas que para ele não eram perdidas. Prefiro dizer que Sorín atacava e Juampi defendia. Porque, por vezes, tive a impressão de ver no Mineirão ou pela TV uma mesma camisa fazer duas coisas ao mesmo tempo. Quando não fez muito mais. E não só pelo Cruzeiro. Pergunte a algum atleticano se ele respeita e admira alguém pintado de azul. A resposta é “sim”. É Sorín. Vá além de Minas e pergunte nas gerais do Brasil: tem algum gringo que você gostaria ver não apenas jogando, mas suando por sua camisa? “Sim”. Sorín! Jogador Mercosul. Integração entre brasileiros e argentinos, cruzeirenses e atleticanos. Tão bom dentro quanto fora de campo. Daqueles que só fazem bem ao esporte e à vida. Tanto que, sabedor das más condições clínicas que não o fizeram ainda maior do que foi por estes trópicos, preferiu pendurar as imortais chuteiras a eventualmente prejudicar o Cruzeiro que tão bem defendeu – e atacou, e marcou, e correu. Não vá embora, Sorín. Ou vá como você ia ao ataque: vá e volte ao mesmo tempo.
  • Mário Marra, em seu blog: A despedida do argentino Sorín foi mais um belo gol dele. Noventa toneladas de alimentos foram arrecadadas. Muitos vão se alimentar com isso. Construir uma imagem de craque pode até ser fácil, mas ser uma pessoa que quer e pratica o bem de forma natural e espontânea é mais complicado. Ao mestre Sorín o meu agradecimento por mais uma lição.
  • Jaeci Carvalho, em sua coluna da edição online do Estado de Minas: O ídolo eterno – Hoje se encerra a carreira de um dos jogadores mais brilhantes do futebol argentino e um dos maiores ídolos cruzeirenses, mesmo tendo defendido o clube pouco tempo em relação a outros monstros sagrados que estão nas mentes e corações dos torcedores. Juan Pablo Sorín, argentino de nascimento, mas mineiro de coração, tem uma relação de amor com o torcedor, muito fácil de explicar: garra, vontade, determinação, suor e sangue foram os ingredientes usados por ele com o uniforme azul, que deixaram a galera enlouquecida, a ponto de lotar o aeroporto para recebê-lo de volta, ano passado. É verdade que, na última passagem, pouco jogou, por causa das contusões, mas nem essa ausência forçada o separou de sua gente, de seu amor. Acho essa aposentadoria prematura. Aos 33 anos, Sorín ainda poderia jogar muita bola, pois tem técnica e habilidade, qualidades em falta nos dias atuais. Não o considero o maior lateral-esquerdo da história do Cruzeiro, pois jamais o vi como lateral. Sempre o achei um jogador moderno, que ocupava todos os setores do campo e volta e meia aparecia na frente para fazer gols. Foi com esse espírito guerreiro que conquistou a massa, que esta noite lotará o Mineirão, para gritar pela última vez: “Rei, rei, rei, Sorín é nosso rei”. Poucas vezes, nos meus quase 50 anos, vi jogador tão amado por uma torcida em tão pouco tempo. Há atletas que passam uma década no clube e saem sem deixar saudade. Outros passam dois, três, quatro anos e deixam uma saudade eterna. Como Juampi, que fez da camisa azul sua segunda pele e logo se identificou com a marca Cruzeiro. Do primeiro ao último jogo, o desta noite, mostrou que ele e a equipe nasceram um para o outro. E a gente sabe que esse tipo de amor à primeira vista, verdadeiro e sincero, jamais termina. Sorín vai pisar o gramado do Mineirão, levando no colo sua maior riqueza, seu maior título, seu maior troféu: a filha, Elisabetta, que nasceu e vive em BH e, como Sorín e Sol, também vai amar nossa cidade. Com certeza, a emoção será indescritível. Ele sonhou pisar esse mesmo gramado contra o Estudiantes, na finalíssima da Libertadores. Mas acabou preterido. Desprezo que não lhe tirou o amor pelo Cruzeiro. As pessoas passam e a instituição fica. Sorín é grande o suficiente para assimilar esses golpes que a vida lhe prega. Esta será a sua grande noite. Pelo Mineirão, desfilarão craques de hoje e de ontem, como o chileno Marcelo Salas, Raí e Sócrates, entre outros. Sorín terá a honra de receber seu primeiro treinador, Ramón Yiyo, que o viu dar os primeiros toques na bola, no Societé Parque, em Buenos Aires; e também quem o levou à Primeira Divisão, no Argentinos Juniors, Luis Soler; além do brilhante José Pekerman, que o levou para a Seleção Sub-17, para a Sub-20 (campeã mundial) e lhe deu a braçadeira de capitão da Argentina na Copa da Alemanha’2006. Vários amigos estarão em BH e outros não puderam vir, devido a compromissos assumidos anteriormente. Sorín, Sol e Elisabetta, anfitriões de primeira, esperam deixar a torcida feliz e emocionada. Na preliminar de Cruzeiro x Argentinos Juniors, haverá um jogo de artistas e, logo depois, show do grupo mineiro Skank. Um jantar encerrará a festividade. Noite inesquecível para quem pisou tantos gramados do mundo e honrou os torcedores com um futebol de técnica, garra e vontade de vencer. Quando o árbitro apitar o fim do jogo, Sorín dará sua última volta olímpica, saudará a plateia e agradecerá o apoio, carinho e amor que os torcedores sempre lhe dedicaram. Para ele, não será só o fim de uma carreira, mas também o começo de uma vida longe dos campos, que, com certeza, se estenderá a outros caminhos no futebol e no próprio Cruzeiro. Afinal, a vida do ídolo se confunde com a história do clube e de sua apaixonada torcida. Parabéns, Sorín, que Deus e São Judas Tadeu o iluminem sempre. A torcida do Cruzeiro lhe agradece por tudo. Até breve.
  • Victor Pimentel, blogueiro do Blablagol: Estamos nos tempos de negociação no futebol. Se a coroada não vai se acostumar a isso e se lamentar, a turma mais nova não sabe o que é um jogador ficar 15 anos em um clube. Ora, use-se isso, não? Valorizar, criar e cultivar os ídolos do presente ajuda a criar uma identificação, e é dever do clube (qualquer que seja) forçar a barra para isso. Nós usualmente somos chatos quanto a ídolos de uma temporada, mas os mais novos são sedentos por ele. É bonito que alguém fale dos jogadores que não viu jogar, mas é impossível que tenham admiração sem um ícone de seu tempo. Parabéns ao Cruzeiro pela iniciativa.
  • Evandro Oliveira, webmaster do Cruzeiro.Org: Se alguns podem falar mal do técnico num jogo festivo, posso falar sobre outras coisas que ninguém fala. Devemos ressaltar que, a festa foi como foi e do porte que foi, com repercussão internacional, muito em função do desejo e da capacidade de um cara chamado Sorín. Muito, mas muito mesmo, do que foi feito, o foi por que o jogador determinou algumas coisas. Algumas negociações foram feitas porque “o Sorín quer assim”. Ele era o dono da festa em todos os sentidos e duvido que algumas pessoas no Cruzeiro tenham aprendido a fazer um evento como este ou queriam fazer como este. O Cruzeiro descobriu, a fórceps, o que a torcida (alguns rabugentos) vem dizendo há algum tempo. marketing esportivo como o feito com o evento do Sorín não é marketing de prateleira. Uma pena que a torcida do Cruzeiro ou ao menos garnde parte dela e a própria mídia, não consegue ver algumas coisas. Sorín vinha para Belo Horizonte para se tratar, o Movimento Volta Sorín conseguiu coisas que poucos acreditavam. O Sorín voltou! é isso que a torcida cantava ontem na despedida do jogador. A patuléia só tem que aplaudir. O Sorín foi dono da festa em toda a sua concepção e acepção. Só para não dizer que tudo são flores, não acredito que muita gente tenha aprendido alguma coisa. Alguns não aprenderam nada com as várias lições dadas Pelo Sorín. Gracias, Juanpi!
  • Ruth Refetur, mãe de Sorín: É maravilhoso. Na verdade é um reconhecimento imenso que me comove muito. Faz bastante tempo que venho vê-lo aqui e sei que as pessoas o querem bem e isso é muito bom. Gosto muito de Belo Horizonte, é uma cidade preciosa, desde todos os pontos de vista. As construções, as pessoas.
  • Jaime Sorín, pai de Sorín: Em nenhum outro lugar ele se sentiria tão cômodo como no Mineirão, com a torcida do Cruzeiro, que realmente lhe deram um apoio e um carinho enormes no tempo que ele esteve aqui, inclusive quando ele jogou na Europa. Creio que é o lugar. Na verdade não sei, mas creio que vá seguir ligado ao futebol e ao Cruzeiro. Creio que é o lugar para ele trabalhar e sentir-se cômodo. Ele tem a vida em Belo Horizonte, está muito bem aqui.
  • Sorín, lateral-esquerdo do Cruzeiro: Esse é um momento inesquecível como outros em 15 anos de carreira. Mas essa festa com minha filha, mulher e todos os meus amigos é uma coisa que nunca vou esquecer. É um momento incrível na minha vida, minha carreira acabar assim com esta festa. O Mineirão lotado e cheio de pessoas que gostam de mim. É um privilégio e agradeço ao Cruzeiro, porque realmente foi incrível. Joguei um pouquinho com a camisa deles [Argentinos Juniors] por agradecimento e retribuição por eles terem vindo até aqui. Vamos ajudar muita gente essa noite com tudo que a torcida trocou pelos ingressos. Muito obrigado à diretoria do Cruzeiro e cada um dos funcionários da Toca da Raposa, do Mineirão e a todos os jogadores que tive o prazer de atuar. Quero a agradecer à torcida pelo carinho que me demonstram na rua. Vamos continuar morando aqui em Belo Horizonte, nossa filha nasceu aqui e estamos muito felizes. Agora vamos ver, todas as ofertas foram postas e vamos pensar e decidir com calma, sabendo que a relação com o Cruzeiro vai ser eterna.
  • Gabriel, O Pensador, músico: Foi bom demais. Eu estava com saudades de jogar bola. Já tinha me aposentando antes do Sorín, mas ele me chamou para jogar. O Sorín é um grande atleta e uma grande pessoa. Ele merece essa festa para celebrar a sua carreira, que foi brilhante. Para mim, é uma honra jogar aqui na despedida dele.
  • Juan Madoni, primeiro treinador de Sorín: Em primeiro lugar agradeço à família Sorín, que me confiou seu filho. Uma excelente pessoa. Estou muito emocionado. Futebolisticamente, tinha muito boa condição. Muita agressividade e jogava pela equipe. Foi crescendo e se integrou como parte da família. Ele não queria jogar de lateral-esquerdo, queria fazer gols, jogar na frente. E aconteceu. Jogou de ’3′, no meio-campo, por todos os lados. Na verdade é como um filho. Não tenho palavra para dizer o que é Juampi e o que vai ser. Estou certo que tomou o caminho direito, sabe onde vai e sempre vou ser seu amigo.
  • José Pekerman, ex-treinador da Sub20 da Argentina: Ter conhecido a Juan Pablo foi uma das coisas na vida que eu mais valorizei, porque percorremos muitas coisas importantes juntos. Ele foi fundamental para mim como pessoa e para as equipes que defendemos, como a da Argentina. Nós damos uma importância transcendente ao futebol, temos ideias parecidas e sentimos que o futebol é muito mais que uma bola e uma competição em que se disputa quem é o melhor. Sentimos que é uma via para formar, para conseguir amigos e dar exemplos à juventude. Me engrandece ter tido um jogador da qualidade de Sorín. Tudo o que ele ganhou foi como eu gosto. Com muito esforço, tenacidade, vontade e capacidade a serviço de um jogo em equipe. Isso é o que vou levar como lembrança. Fantástico.
  • Sergio Goycochea, ex-goleiro da Seleção Argentina: O maior motivo de orgulho para Juampi é que a rivalidade histórica entre Argentina e Brasil no futebol torna muito maior a participação dele aqui. Não é fácil para o argentino triunfar aqui. São muitos poucos casos. Falam maravilhas do que ele fez dentro e fora de campo. É um grande orgulho para nós ter representantes como Juampi. Ele deixa um caminho para futuros futebolistas, acrescentou prestígio ao futebol argentino.
  • Juan Peña, boliviano, ex-jogador do Villareal: Todos desejamos que seja um dia inesquecível para ele. Às vezes um pouco doloroso porque não voltará a jogar como profissional. Mas é certo que será um dia muito lindo porque reuniu todo o pessoal que conheceu e compartilhou muita coisa. Desejamos que não se termine aqui e de agora em diante esteja vinculado ao futebol, para aportar todo o conhecimento que tem.
  • Andreas Kisser, guitarrista da banda Sepultura: É um honra participar dessa festa tão importante, ao lado dessas lendas do futebol argentino e brasileiro. Estou muito feliz por participar da preliminar, representando os artistas que jogam aquela pelada uma vez por semana.
  • Rincón, ex-armador da Seleção da Colômbia: Estou muito feliz por voltar a Belo Horizonte. Foi pouco tempo, mas deixei uma lembrança aqui. A festa é merecida. O Sorín representou muito por aquilo que fez no Cruzeiro e acredito que até os torcedores rivais gostam dele. É um cara fantástico, como amigo dele sou suspeito de falar.
  • Peric, goleiro do Argentino Juniors: É uma festa bonita para Sorín, que merece isso e muito mais. Estou muito contente por ter vindo apoiar também. Por que não tirar fotos deste momento, que está lindo?
  • Fernandinho, lateral-esquerdo do Cruzeiro: É muito bonito, nós atletas ficamos felizes, o Sorín é excelente pessoa, exemplo para todo mundo, para os jovens que acham que futebol é só chegar e jogar. Não é assim. Ele fez por onde colocar 50 mil pessoas aqui e temos de bater palmas para ele, desejo sorte para ele na sua nova vida.
  • Athirson, lateral-esquerdo do Cruzeiro: Fico feliz pelo Sorín, um estrangeiro, um gringo, um argentino ter esse carinho do torcedor brasileiro. Ele merece, tem coração muito bom e ter participado desse evento foi muito bom.
  • Diego Renan, lateral-esquerdo do Cruzeiro: É uma grande pessoa e grande amigo. Quem sabe no futuro possamos passar por situação dessas. Ele me ajudou muito, não só ele como vários outros jogadores experientes. Fico feliz pelo presente que a torcida deu a ele.
  • Gilberto, meia do Cruzeiro: O Sorín foi um grande jogador e vestiu a camisa do Cruzeiro como ninguém. Ele tem uma identificação muito forte com o torcedor. A gente fica feliz com essa homenagem, porque são poucos clubes que conseguem fazer isso para um ídolo.
  • Thiago Ribeiro, atacante do Cruzeiro: É bom para o Sorín, um jogador que fez história no clube e merece toda essa festa, por tudo que fez pelo Cruzeiro e os títulos que ele conquistou. Então, todos nós estaremos presentes para homenageá-lo nesta despedida.
  • Gustavo Schiavolin, beque do Cruzeiro: Estou muito feliz por estar recuperado e poder voltar a fazer o que eu mais gosto, que é jogar futebol. Consegui superar as expectativas e estou voltando até um pouco antes do previsto. A recuperação foi realizada à base de muita dedicação, já que eu fazia tratamento no clube duas vezes por dia e ainda fazia algum complemento em casa. Voltar a vestir a camisa do Cruzeiro será maravilhoso e não vejo a hora de pisar no gramado novamente. Vai ser emocionante. Tenho uma amizade legal com o Sorín e admiro muito ele por tudo que fez no futebol. É uma pessoa de grande caráter e sempre que o encontrava na Toca da Raposa nós conversávamos bastante. Será uma bela e merecida festa para alguém que fez muita coisa pelo clube e pelo futebol. Estou feliz por poder participar da despedida dele.
  • Fábio, goleiro do Cruzeiro: Para mim é uma marca muito importante. Hoje em dia no futebol é muito difícil você se identificar com um clube, o jogador se transfere muito rapidamente. Já estou há cinco anos vestindo a camisa do Cruzeiro e bastante feliz por todos os momentos que vivi.
  • Adilson Batista, treinador do Cruzeiro: Sei o que é parar de jogar futebol coloquei para eles a importância de valorizar o momento.

Curiosidades[editar]

  • A renda foi de 90 toneladas de alimentos
  • Sorín jogou pelos 2 times. Iniciou pelo Cruzeiro, foi pro Argentino Juniors e terminou o jogo jogando pelo Cruzeiro.

Transmissão[editar]

  • GloboMG

Fonte[editar]

  • Antigo Blog Páginas Heróicas Digitais