Cruzeiro 1x0 Boca Juniors - 11/09/1977
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No estádio Mineirão | |||
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Contra Boca Juniors | |||
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Data: domingo, 11 de setembro de 1977
Local: Belo Horizonte, MG
Estádio: Mineirão
Árbitro: César Orosco
Assistente 1: Vicente Llobregat
Assistente 2: Ramón Barreto
Público pagante: 52.842
Público Presente: Não disponível
Renda Bruta: Cr$ 3.025.090,00 R$ 3.025.090 <br />Cr$ 3.025.090 <br />NCr$ 3.025.090 <br />Cz$ 3.025.090 <br />NCz$ 3.025.090 <br /> (preço médio: Cr$ 57,25 )
Cruzeiro
1. (T) Raul
2. (T) Nelinho F 33' (2T)
3. (T) Morais
4. (T) Darci Menezes
5. (T) Vanderlei
6. (T) Zé Carlos
7. (T) Eduardo Amorim
8. (T) Eli Carlos 19' (2T) ( (R) Lívio )
9. (T) Eli Mendes
10. (T) Neca
11. (T) Joãozinho
Técnico: Yustrich
Boca Juniors
1. Hugo Gatti
2. Vicente Pernía
3. José Luis Tesare
4. Roberto Mouzo
5. Alberto Tarantini
6. Jorge Ribolzi
7. Rubén Suñé
8. Mario Zanabria
9. Ernesto Mastrángelo
10. Carlos Veglio ( Daniel Pavón )
11. Darío Felman 27 (2T) ( Carlos Ortíz )
Técnico: Juan Carlos Lorenzo
Uniforme do jogo[editar]
Sobre o jogo[editar]
Com a vitória em casa, o Boca precisava apenas de um empate no segundo jogo, em BH. O Cruzeiro tinha que vencer para forçar o terceiro jogo. Mais de 52 mil torcedores, entre eles, 500 argentinos, foram ao Mineirão no domingo, 11set77.
Como era de se esperar, o Cruzeiro se lançou ao ataque desde o início. Pressionava a saída de bola dos argentinos, adiantando a marcação. O Boca se fechou na defesa e tentava surpreender nos contra-ataques. Quase conseguiu aos 13 minutos. Mastrangelo penetrou em diagonal da direita para o meio, recebeu passe de Zanabria, saiu na cara do gol e chutou baixo, no canto direito. Raul fez excelente defesa.
O Cruzeiro insistia no ataque, mas o nervosismo atrapalhava a conclusão das jogadas. Aos 21, Eli Mendes cruzou da direita e Neca completou para o gol. O peruano César Orozco anulou o lance marcando impedimento de Neca, sob os protestos da torcida.
Dois minutos depois, depois de boa troca de passes do ataque xeneize, Veglio recebeu na meia lua e bateu no ângulo esquerdo de Raul, que, de mão trocada, espalmou para escanteio, em mais uma grande defesa. Neca, duas vezes, Eduardo, chutando de fora da área, e Eli Carlos, já nos descontos, tiveram chances para marcar, sem aproveitá-las.
No segundo tempo, o Boca se fechou ainda mais, abdicando até mesmo dos contra-ataques. E procurou gastar o tempo fazendo uso de cera e catimba. O Cruzeiro foi para o tudo ou nada. Aos 14 minutos, um momento inusitado. Enquanto Nelinho se preparava para bater uma falta, Yustrich invadiu o campo e o abraçou efusivamente, para surpresa de todos.
O tempo corria, a pressão não dava resultado e o nervosismo tomava conta de todo o estádio. Yustrich trocou Elicarlos por Lívio e nada do gol sair. Os argentinos já anteviam o título. Até que aos 30 minutos, Eli Mendes foi derrubado na meia-direita. Nelinho foi para a cobrança e soltou uma bomba com o lado externo do pé direito. A bola, com muito efeito, passou pela barreira e entrou no ângulo esquerdo de Gatti, que nem esboçou reação. Cruzeiro, 1×0. No banco, Yustrich soltou um palavrão captado pelas câmeras da TV. A torcida finalmente explodiu de alegria.
No final do jogo, o técnico foi novamente abraçar Nelinho, revelando o que lhe falou no momento do abraço: “Eu não disse, rapaz, que você é o melhor jogador do mundo? Que não podia ficar desanimado? Que ia marcar o nosso gol?”
A vitória celeste forçou o terceiro jogo, marcado para a quarta-feira seguinte.
Vídeos[editar]
Fonte[editar]
- Livro Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube 1921-2013- RIBEIRO, Henrique - Caxias do Sul-RS: Editora Belas Letras Ltda., 2014. 405 p.