Bahia 0x7 Cruzeiro - 14/12/2003
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Por temporada | |||
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Por Campeonato Brasileiro | |||
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No estádio Fonte Nova | |||
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Contra Bahia | |||
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Data: domingo, 14 de dezembro de 2003 às 16:00
Local: Salvador, BA
Estádio: Fonte Nova
Árbitro: Evandro Rogério Roman
Assistente 1: Altemar Roberto Domingues
Assistente 2: Rogério Carlos Rolim
Público pagante: 25.682
Público Presente: 27.752
Renda Bruta: R$ 135.835,00 R$ 135.835 <br />Cr$ 135.835 <br />NCr$ 135.835 <br />Cz$ 135.835 <br />NCz$ 135.835 <br /> (preço médio: R$ 5,29 )
Bahia
1. Emerson
2. Valdomiro
3. Gustavo Castro
4. Accioly
5. Paulinho ( Ramos )
6. Otacílio
7. Preto
8. Elias ( Gilberto )
9. Chiquinho
10. Cláudio ( William )
11. Didi
Técnico: Edinho Nazareth
Cruzeiro
1. (T) Gomes
2. (T) Maurinho
3. (T) Cris
4. (T) Edu Dracena
5. (T) Leandro
6. (T) Augusto Recife ( (R) Felipe Melo 10' (2T) )
7. (T) Maldonado
8. (T) Wendel ( (R) Zinho )
9. (T) Alex 20' (2T) 13' (1T) P 17' (1T) P 23' (1T) P 38' (1T) P
10. (T) Mota 23' (2T)
11. (T) Márcio Nobre ( (R) Alex Dias )
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Uniforme do jogo[editar]
Sobre o jogo[editar]
O encerramento do Brasileirão não poderia ter sido melhor para o campeão Cruzeiro. A equipe de Vanderlei Luxemburgo goleou o Bahia por 7 a 0 na Fonte Nova, em Salvador, e chegou às marcas de 100 pontos e 102 gols, recordes absolutos na história da competição. O placar também foi o maior favorável ao clube no Nacional. Alex foi o destaque da tarde com cinco gols e se tornou o maior artilheiro do clube nesta edição e em todas as anteriores, com 23. O Bahia, por sua vez, foi rebaixado.
O resultado coroou a indiscutível campanha azul. O clube encerra a competição melhor que os adversários em quase todos os quesitos. O time só perde para o São Caetano no critério "defesa", com 47 gols sofridos, contra 37 dos paulistas.
Os jogadores e a comissão técnica agora entram de férias e só retornam aos trabalhos em janeiro. Quem entra em campo agora é a diretoria. O presidente Alvimar Perrella, o vice, Zezé, e o gerente Eduardo Maluf, tentarão renovar todos os contratos que vencem em 31 de dezembro. O maior desafio será manter Alex.
Primeiro Tempo[editar]
O Bahia atrasou o início da partida em 15 minutos para poder saber os resultados dos adversários na briga contra o rebaixamento e tentar tirar proveito das informações no decorrer do duelo contra o campeão. Mas o Tricolor se esqueceu que antes de pensar em outros placares deveria fazer a sua parte e vencer. O resultado em campo foi um Cruzeiro avassalador. Com toque de bola envolvente, os campeões quase não encontraram resistência na etapa inicial e Alex teve 100% de aproveitamento nas quatro penalidades, legítimas, apontadas pelo árbitro Evandro Rogério Roman.
A primeira chance cruzeirense ocorreu aos dez minutos. Alex cobrou falta da direita e Mota cabeceou no ângulo esquerdo. Émerson defendeu bem. Dois minutos depois, Paulinho derrubou Maurinho na grande área. O árbitro não hesitou em marcar o pênalti. Alex converteu aos 13 com toque no canto esquerdo de Émerson: 1 a 0.
Alex igualou o feito de Ronaldinho marcando 5 gols em uma única partida e superou Alex Alves com 23 gols na artilharia do Brasileiro. Na saída de bola, o Bahia foi ao ataque, mas Cláudio desperdiçou um gol dentro da pequena área. Aos 17 minutos, o zagueiro Valdomiro cortou cruzamento de Wendell na área com a mão esquerda. Evandro Rogério Roman marcou nova penalidade. Alex foi para a cobrança e repetiu o canto, deslocando o goleiro Émerson: Cruzeiro 2 a 0.
Aos 22, o mesmo Valdomiro, que já tinha cartão amarelo, derrubou Mota dentro da área quando o cearense se preparava para marcar o terceiro, mas não foi expulso O árbitro determinou nova batida de pênalti e neste lance, nem ouviu reclamações baianas. Alex trocou o canto e ampliou ainda mais a vantagem mineira: 3 a 0. Após o terceiro gol cruzeirense, torcedores do Bahia invadiram o gramado, no setor localizado atrás do gol de Gomes. Houve choque com a polícia e muita confusão.
Em campo, jogadores do Bahia já mostravam apatia diante do resultado, que já os colocava na Segunda Divisão. Este comportamento irritou ainda mais os torcedores, que passaram a atirar objetos no gramado. Enquanto isso, o Cruzeiro não tomava conhecimento do desespero tricolor. Aos 33, Alex lançou Márcio Nobre na grande área e mesmo sem combate dos zagueiros, o goleiro Émerson fez grande defesa.
O quarto gol, para variar, surgiu de nova penalidade. Aos 37, o lateral Chiquinho acertou um chute no rosto de Márcio Nobre dentro da grande área. O árbitro paranaense só foi questionado no lance pelo desesperado goleiro Émerson. Por meio de mais uma cobrança perfeita de Alex, no canto esquerdo, o Cruzeiro fez 4 a 0. Com este gol, o camisa 10 igualou o recorde de gols de um cruzeirense no Campeonato Brasileiro, com 22 gols. O único a atingir esta marca era Alex Alves, em 1999.
A partir daí, o Cruzeiro ficava a um gol de atingir a extraordinária marca de 100 gols na competição, feito jamais alcançado por qualquer equipe desde a sua primeira edição, em 1971. A vitória já dava ao campeão o recorde histórico de 100 pontos.
Aos 43, Didi desperdiçou a melhor chance do Bahia de diminuir o vexame. Após cruzamento da esquerda, ele ficou com o gol livre, mas foi travado por Leandro.
Segundo Tempo[editar]
O Cruzeiro voltou com duas modificações: Zinho e Felipe Melo entraram nos postos de Wendell e Augusto Recife. O Bahia bem que tentou esboçar uma reação e aos cinco, William acertou a trave direita de Gomes. Mas aos dez, o recorde tão desejado pelos cruzeirenses, de atingir 100 gols no Nacional, foi alcançado por meio de Felipe Melo. Ele recebeu passe de Alex na área e tocou no ângulo direito de Émerson: 5 a 0.
Três minutos depois, Preto, em cobrança de falta, mandou no travessão de Gomes. Mas o Cruzeiro não diminuiu o ritmo a partir da concretização do feito histórico e aos 21, Alex, lançado na área, passou por Émerson e ampliou a goleada para 6 a 0. Com seu quinto gol, ele se isolou na história como maior artilheiro do clube na competição, com 23 gols, e se igualou a Ronaldinho, com cinco gols em um só jogo. Em 93, diante do mesmo Bahia, no Mineirão, o Fenômeno marcou cinco vezes na goleada por 5 a 0. Já aos 23, Mota fez o sétimo e o Cruzeiro chegou a 102 gols no Brasileirão. Esta passou a ser o maior placar do clube na história da principal competição.