Nelson Ernesto Filpo Nuñez

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Nelson Ernesto Filpo Nuñez (Buenos Aires, Argentina, 19/08/1917; +São Paulo, SP, 07/03/1999). Foi indicado pelo treinador Martim Francisco ao Cruzeiro, em julho de 1955. O clube estrelado estava revertendo toda a sua arrecadação na construção da sede social e não tinha dinheiro para contratar um treinador e jogadores renomados. O treinador Niginho, que vinha dirigindo a equipe em regime de colaboração, havia deixado o cargo, desgastado, após a perda do título de 1954 para o Atlético. Filpo só queria uma chance de treinar um clube no Brasil e até se ofereceu para trabalhar de graça para mostrar o seu valor. Em seu currículo constava trabalhos em clubes do Uruguai, Chile e Argentina.

O desconhecido treinador assinou contrato em 6 de julho 1955 por um ano com salário de Cr$15 mil mensais mais Cr$50 mil de prêmio em caso de título. Era chamado pela imprensa de Belo Horizonte de Nelson Filpo.

Logo, em seu primeiro dia de treino, diagnosticou um dos problemas que passaria a enfrentar: a preparação física. “Não sei como eles (o plantel) estavam conseguindo jogar. É de dar pena o estado físico dos jogadores” - declarou. Também pediu que a diretoria solucionasse a reforma dos contratos de alguns jogadores.

Sua estreia foi em 10 de julho de 1955 na derrota (5 a 2) para o Villa Nova, pelo Campeonato da Cidade, em Nova Lima. Sob o seu comando o time sofreu uma sequência de derrotas e terminou o primeiro turno do Campeonato na penúltima colocação. Após um início ruim de segundo turno, Nelson Filpo foi demitido, em 16 de outubro de 1955, após a derrota (3 a 2) para o Democrata, pelo Campeonato da Cidade, em Sete Lagoas.

Sua segunda passagem pelo comando técnico do Cruzeiro foi em 1970, mas desta vez, como técnico renomado e nacionalmente conhecido como Filpo Nuñez. Teve uma passagem vitoriosa pelo Palmeiras, nos anos 1960, no time que ficou conhecido como “Academia”. Antes de vir para o Cruzeiro, Filpo teve uma passagem pelo Coritiba e foi recebido com muita festa na sede do Barro Preto, junto com o supervisor Flávio Costa, que também havia sido contratado. “Vou transformar o Cruzeiro no maior time do mundo”, prometeu.

Sua segunda passagem começou em 16 setembro de 1970, na derrota (2 a 1) para o Sport Juiz de Fora, pelo Campeonato Mineiro, no Mineirão. Para o Campeonato Brasileiro avisou que iria adotar a tática do carrossel com os jogadores do meio e do ataque se movimentando sem guardar posição. Queria ver Tostão se deslocando para fora da área, como fazia na Seleção, para abrir espaços para as entradas de Zé Carlos e Dirceu Lopes. A tática deu certo em alguns jogos, mas o excesso na troca de passes irritou a torcida que, de forma impiedosa, passou a chamá-la de carroção. A sequência de jogos sem vitórias no Campeonato Brasileiro passou a preocupar a diretoria. Tostão elogiou o sistema do treinador e pediu um tempo para o time assimilá-lo, mas a diretoria cedeu às pressões e o demitiu, após a derrota (2 a 1) para o Internacional, no Mineirão, em 4 de novembro de 1970. “Não sou milagroso. Não podia melhorar o time com os seguidos jogos do Campeonato Brasileiro. Saio tranquilo. Não quero nem a minha indenização” – desabafou. A segunda passagem de Filpo Nuñez durou apenas 40 dias.

Faleceu em São Paulo, em 7 de março de 1999 vitimado por um ataque cardíaco. [1]

Referências