Atlético-MG 1x3 Cruzeiro - 20/02/2010

De CruzeiroPédia .:. A História do Cruzeiro Esporte Clube
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Confrontos
(clique no jogo para navegar)
Por temporada
Escudo Caldense.png 0x2 Escudo Cruzeiro 2004.png Gol aos do Escudo Cruzeiro 2004.png 4x1 Escudo Colo-Colo.png
Por Campeonato Mineiro
Escudo Caldense.png 0x2 Escudo Cruzeiro 2004.png Gol aos do Escudo Ituiutaba.png 0x1 Escudo Cruzeiro 2004.png
No estádio Mineirão
Escudo Cruzeiro 2004.png 4x2 Escudo Villa Nova-MG.png Gol aos do Escudo Cruzeiro 2004.png 4x1 Escudo Colo-Colo.png
Contra Atlético-MG
Escudo Atlético-MG.png 0x1 Escudo Cruzeiro 2004.png Gol aos do Escudo Atlético-MG.png 0x1 Escudo Cruzeiro 2004.png

[edit]

Escudo Atlético-MG.png
1 × 3
Escudo Cruzeiro 2004.png



Informações

Data: sábado, 20 de fevereiro de 2010 às 17:00
Local: Belo Horizonte, MG
Estádio: Mineirão


Público e Renda

Público pagante: 41.591
Público Presente: Não disponível
Renda Bruta: R$ 988.227,00 R$ 988.227 <br />Cr$ 988.227 <br />NCr$ 988.227 <br />Cz$ 988.227 <br />NCz$ 988.227 <br /> (preço médio: R$ 23,76 )


Escalações

Atlético-MG
  1. Carini
  2. Coelho Cartão amarelo recebido aos
  3. Werley
  4. Jairo Campos Gol aos do Cartão amarelo recebido aos
  6. Leandro Cartão amarelo recebido aos
  5. Jonílson Cartão amarelo recebido aos Substituição realizada 83' de jogo 83' ( 19. Marques )
  8. Correa
11. Ricardinho Substituição realizada 77' de jogo 77' ( 16. Júnior )
10. Renan Oliveira Substituição realizada 71' de jogo 71' ( 18. Obina )
  7. Muriqui
  9. Diego Tardelli
Técnico: Icone-Treinador.png Wanderley Luxemburgo

Cruzeiro
  1. (T) Fábio
  2. (T) JonathanSimbolo jogador base.png
  4. (T) Leonardo Silva  Gol aos do
  3. (T) Gil  Gol aos do
  6. (T) Diego RenanSimbolo jogador base.png Substituição realizada Intervalo de jogo Intervalo ( 17.(R) Pedro Ken )
  8. (T) Henrique
  5. (T) Elicarlos
  7. (T) Marquinhos Paraná
10. (T) Gilberto Substituição realizada 26' (2T) de jogo 26' (2T) ( 23.(R) Roger  Gol aos do )
11. (T) Thiago Ribeiro Substituição realizada 39' (2T) de jogo 39' (2T) ( 16.(R) Bernardo Simbolo jogador base.png )
30. (T) Kléber Cartão amarelo recebido aos  (1)
Técnico: Icone-Treinador.png Adilson Batista


Reservas que não entraram na partida

Atlético-MG
20. Aranha
13. Carlos Alberto
14. Benitez
17. Evandro

Cruzeiro
12. (B) RafaelSimbolo jogador base.png
15. (B) Fabinho Alves
18. (B) EliandroSimbolo jogador base.png
33. (B) Caçapa

Pré-Jogo

Em 3º lugar com 9 pontos, o Cruzeiro continua sem Fabrício, contundido, e não terá Wellington Paulista, suspenso devido ao 3º cartão amarelo recebido na rodada anterior.

No Atlético-MG, 6º colocado, com 5 pontos, não jogam Zé Luiz, contundido, e Cáceres, expulso na rodada anterior.

O jogo vale pouco em termos práticos, pois 8 dos 12 participantes do campeonato vão se classificar para os pleiofes.

Devido à rivalidade, contudo, este RapoCota será duro, disputado na técnica e, principalmente, na tática. Os técnicos jogarão até mais do que os jogadores.

Como foi

Primeiro Tempo

  • 16h55 – Os times entream, lado a lado, pelo túnel central, com camisteas brancas sobre o fardamento pedindo paz no futebol mineiro.
  • 17h03 – Começa o jogo. Cruzeiro e Atlético-MG com uniformes tradicionais. Cruzeiro defende o Gol da Cidade, à direita das tribunas. Torcida celeste está maior.
  • 01 – Após troca de passes, no bico da grande área, Jonathan levanta bola para Gilberto, que cabeceia pra fora.
  • 02 – Jairo Campos divide com Kleber, que fica caído.
  • 03 – Kleber recebe livre, perto da área e chuta forte, pra fora, à direita de Carini.
  • 04 – Kleber comete falta em Ricardinho no meio do campo e recebe advertência verbal.
  • 05 – Muriqui cruza, Leonardo Silva corta.
  • 06 – Muriqui avança pela direita, mas é derrubado por Gilberto.
  • 07 – Muriqui tenta cruzar, mas Elicarlos aparece na cobertura e toca a bola pra linha de fundo.
  • 08 – Atlético-MG consegue 6º escanteio.
  • 10 – Fábio sai do gol pra dividir com Tardelli na risca da área, pela direita, leva um lençol e obriga Leonardo Silva a tirar a bola em cima da risca com uma puxeta. Gil fica com a sobra e dá um bico pra limpar a área.
  • 12 – Coelho sai no contra-ataque e é derrubado por Kleber. Luxemburgo e jogadores atleticanos pedem cartão amarelo pro atacante celeste.
  • 13 – Henrique recebe passe dentro da área e chuta cruzado. Bola sobra pra defesa de Carini.
  • 14 – Atlético marca em seu meio de campo. Cruzeiro não consegue articular jogadas e ainda oferece espaços pra Muriqui puxar contra-ataques.
  • 15 – Muriqui recebe em profundidade, ganha de dois marcadores e chuta no ângulo. Bola sai pela linha de fundo.
  • 16 – Diego Renan sofre falta na lateral, Gilberto cobra, bola passa longe do gol.
  • 17 – Muriqui ganha na velocidade, cruza rasteiro, Diego Tardelli não aparece pra concluir, Leonardo Silva sai jogando.
  • 19 – Marquinhos Paraná demora para cobrar a falta, esfria o jogo pra tirar o ímpeto do Atlético-MG.
  • 20 – Kleber recebe na área, tenta girar, mas é desarmado por Jairo Campos.
  • 21 – Muriqui recebe lançamento em profundidade, mas é apanhado em impedimento.
  • 22 – Gilberto chuta de fora da área, Jonílson cede ecanteio.
  • 22 – Gilberto cobra escanteio, de curva, tirando a bola do goleiro. Todo torto, Gil arremata, bola desvia na cintura de Leandro Silva, desloca Carini, e vai pras redes. Cruzeiro 1×0.
  • 24 – Jonathan cruza, bola sai pela linha de fundo.
  • 26 – Coelho cruza, Leonardo Silva afasta o perigo.
  • 27 – Kleber entra de sola em Jonílson e recebe cartão amarelo.
  • 28 – Vanderlei Luxemburgo enche a paciência do Juiz pedindo cartão para Kleber e recebe reprimenda na beira do campo.
  • 29 – Correa rouba a bola na defesa, lança pra Tardelli, Gil cede escanteio.
  • 31 – Coelho cruza, Jairo Campos chuta, Fábio faz grande defesa em cima da risca. Leonardo Silva para no lance, Fábio fecha o lado direito, mas o zagueiro atleticano chuta rasteiro, cruzado, no canto oposto. Atlético-MG 1×1.
  • 32 – Muriqui avança e cruza pra Tardelli, Leonardo Silva fica com a bola.
  • 34 – Atlético pressiona em busca do gol da virada.
  • 36 – Jonathan recebe passe de Marquinhos Paraná, é derrubado por Leandro Silva, que recebe cartão amarelo.
  • 37 – Diego Renan chuta de fora da área, bola acerta a zaga.
  • 38 – Leandro Silva cruza, Leonardo Silva corta.
  • 39 – Jopnílson derruba Kleber e recebe cartão amarelo.
  • 40 – Kleber sai em contra-ataque, é derrubado por Jonílson, que recebe cartão amarelo.
  • 41 – Henrique dribla e é derrubado por Coelho, que recebe cartão amarelo.
  • 43 – Jonílson derruba Kleber na lateral do campo, Juiz marca a falta, mas não mostra o amarelo. Torcida e jogadores do Cruzeiro pedem o 2º amarelo para o atleticano.
  • 44 – Leandro Silva cruza, Fábio estica-se e afasta com a ponta dos dedos, em seu ângulo esquerdo. Escanteio.
  • 45 – Thiago Ribeiro cruza, Kleber tenta arrematar, defesa corta.
  • 46 – Cruzeiro toca bola na defesa. Termina o 1º tempo.
  • Kleber: “O jogo está bom, mas o pessoal da defesa ficou olhando pro bandeira e tomamos o gol. É preciso ficar mais atento, pois é muito difícil marcar gols lá na frente.”
  • Diego Tardelli: “Trabalhamos muito a defesa durante a semana, pois o ataque do Cruzeiro é muito forte.”

Segundo Tempo

  • 18h17 – Começa o 2º tempo.
  • 00 – Pedro Ken volta no lugar de Diego Renan.
  • 30seg – Gilberto invade a área, mas é desaramdo por Coelho.
  • 02 – Muriqui puxa contra-ataque, cruza, Renan Oliveira chega atrasado e derruba Leonardo Silva.
  • 03 – Muriqui, pela esquerda, lança Tardelli, que toca pras redes. Bandeira, equivocadamente, marca impedimento e o Juiz anula o gol.
  • 04 – Torcida atleticana vaia o Juiz.
  • 05 – Luxemburgo dá chilique na beira do gramado.
  • 06 – Gilberto tenta o drible na entrada da grande área, mas é desarmado.
  • 07 – Tardelli cruza, Muriqui se joga dentro da área, Leonardo Silva corta.
  • 08 – Jairo Campos segura Kleber e recebe cartão amarelo.
  • 09 – Coelho cobra escanteio, Fábio corta.
  • 10 – Coelho chuta da entrada da área. Leonardo Silva salva o gol desviando a bola pra escanteio.
  • 11 – Thiago Ribeiro cruza pra Kléber, Carini defende antes da chegada do atacante.
  • 12 – Kleber recebe lançamento na área, não consegue controlar a bola, cai, dá um pontapé em Werley e recebe um chute na barriga. Como a bola já não está em disputa, o Juiz não vê.
  • 13 – Coelho tenta cruzar, mas é travado por Marquinhos Paraná.
  • 14 – Coelho cruza, Muriqui, livre na cara do gol, cai com a bunda no chão ao tentar arrematar. Fábio fica com a bola.
  • 15 – Atlético-MG domina. Cruzeiro tem dificuldade pra sair da defesa.
  • 17 – Gilberto comete falta em Jairo Campos, que fica caído sentindo dores no joelho.
  • 18 – Tardelli, em impedimento, recebe lançamento e chuta pras redes. Não vale.
  • 20 – Tardelli faz jogada individual e é derrubado por Gil na linha de fundo. Correa cobra o mini-escanteio, Elicarlos desvia pra linha de fundo.
  • 21 – Werley cruza, Gil corta.
  • 22 – Muriqui recebe na área, chuta forte, mas pra fora. Torcida do Atlético-MG pede Obina.
  • 23 – Gilberto cobra falta pela esquerda, Jairo Campos corta.
  • 24 – Jonathan cruza, Thiago Ribeiro tenta cabecear, mas não encontra a bola.
  • 25 – Adílson Baptista dá instruções a Roger.
  • 26 – Obina substitui Renan Oliveira. Roger substitui Gilberto.
  • 27 – Obina desce pela esquerda, mas é parado com falta por Roger.
  • 28 – Coelho tenta cruzar, mas é impedido por Jonathan, que protege a saída da bola pela linha de fundo.
  • 29 – Marquinhos Paraná lança Roger em profundidade, mas a bola sai pela linha de fundo.
  • 30 – Jonathan aplica uma gaúcha em Ricardinho na ponta-direita e cruza. Bola atravessa a área, sem que apareça um atacante pra conclusão da jogada.
  • 31 – Kleber passa a Marquinhos Paraná, que cruza. Carini defende e liga o contra-ataque obrigando Fábio a sair da grande área pra rebater a bola.
  • 32 – Júnior substitui Ricardinho.
  • 33 – Roger faz lançamento de 40 metros para Thiago Ribeiro que arremata de primeira. Bola sai à esquerda de Carini.
  • 34 – Marques e Bernardo preparam-se pra entrar na partida.
  • 36 – Roger cobra escanteio pela esquerda, Leonardo Silva sobe mais que Werley e cabeceia com força. Bola entra à direita de Carini. Cruzeiro 2×1.
  • 37 – Marques substitui Jonílson.
  • 38 – Bernardo substitui Thiago Ribeiro.
  • 39 – Tardelli cruza, Elicarlos desvia pra escanteio. Coelho cobra, Fábio corta com os punhos.
  • 40 – Coelho cruza da esquerda, Obina arremata com o peito, bola bate na rede pelo lado de fora.
  • 41 – Torcida do Cruzeiro exibe flanelinhas nas arquibancadas.
  • 42 – Roger cobra falta, Carini defende.
  • 43 – Roger Secco chuta forte, de canhota, de fora da área. Adiantado, Carini voa, mas não alcança a bola, que entra à sua esquerda. Cruzeiro 3×1.
  • 44 – Roger toma a cabeça do Raposão e vai comemorar com ela atrás do Gol da Cidade.
  • 45 – Torcida do Cruzeiro provoca e Luxa responde com uma banana.
  • 46 – Torcida do Atlético-MG abandona o Mineirão em massa.
  • 47 – Torcida do Cruzeiro grita o nome de Adílson Baptista. Itatiaia escolhe Leonardo Silva como o melhor em campo.
  • 48 – Roger prende a bola. Juiz encerra a partida. Luxemburgo invade o gramado pra discutir com o trio de arbitragem.
  • Números: Faltas: Atlético-MG 26×19. Chutes a gol: Atlético-MG 12×10. Impedimentos contra: Atlético-MG 3×2.
  • Coelho: “Por desatenção tomamos o 2º gol de bola parada, por desequilíbrio tomamos o 3º.”
  • Leonardo Silva: “Caraca, vibrei como louco quando cortei aquela bola do Tardelli em cima da risca, pois se eles saíssem na frente iriam nos complicar.”

Vídeos

Gols.

Atuações

  • Adílson Batista – Teve de ficar esperto pra escapar das armadilhas luxemburguesas. Mas conseguiu. Plantou os volantes pra tirar espaços de contra-ataque, cercou a lateral-esquerda, vulnerável na etapa inicial, e lançou Roger pra jogar justamente nos espaços que Luxa não havia deixado na etapa inicial, mas, ambicioso, concedeu na final. Livre o Sr. Secco fez um estrago no time listrado.
  • Torcida - Cliquem na palavra torcida para assistirem a um pouco das maldades que a cruzeirense perpetrou no RapoCota. Além de ganhar o duelo contra a Definhante em lugares ocupados e incentivo à equipe, a torcida do Cruzeiro produziu um mosaico laranja, o Flanelaço, para agradecer ao rival, que guardou a vaga do Mais Querido de Minas na Libertadores 2010. Quando se dedica a fazer farra, a torcida é nota 10. Não pode é ir além da brincadeira e aprontar confusão.
  • Fábio – Como goleiro, atuação correta, sem milagres, mas com duas defesas difíceis. Nas duas vezes em que se viu obrigado a jogar de beque, venceu uma disputa, perdeu outra e, nesta, foi salvo por Leonardo Silva.
  • Jonathan – Pela lateral e pelo meio trabalhou direitim, mas sem brilho.
  • Gil – No começo, perdeu algumas carreiras para Muriqui. Depois, tomou conta de seu espaço e até gol marcou numa conclusão pra lá de desengonçada, em que a bola teve preciosa ajuda de Leandro Silva pra encontrar seu destino manifesto.
  • Leonardo Silva – Não foi o craque, mas foi o herói da partida. Salvou cinematograficamente um gol de Tardelli, tirando uma bola em cima da risca, de puxeta. Depois, bobeou e permitiu duas conclusões seguidas de Campos, que resultaram no gol de empate do alvinegro. Mas ao fazer o gol da vitória com uma cabeçada violenta e certeira, inscreveu seu nome na história do clássico. Nas atribuições defensivas, começou perdendo o duelo contra o ataque atleticano, mas acabou por cima da carne seca, controlando seu quadrado.
  • Diego Renan – Tarde pouco inspirada. Pouco efetivo no ataque, jamais se apequenou diante do adversário. Na defesa, perdeu alguns combates diretos e acabou sacado no intervalo. Os defeitos na marcação, são quase nada comparados às suas virtudes ofensivas. E, em todos os casos, é mais fácil aprender a marcar do que a atacar. Por isto, recomenda-se inteligência a seus chefes e, principalmente, aos que, falsos sabidos, já avacalharam com o Maicon na passagem do melhor lateral do mundo em sua passagem por Beagá..
  • Pedro Ken – Entrou para ajudar a bloquear o lado esquerdo da defesa e fez bom trabalho com Paraná e Gilberto por aquele setor. Depois, circulou pelas demais posições da linha de volantes, sempre com dedicação, embora sem brilho especial.
  • Elicarlos – Trabalhou tanto tomando bolas, cercando corredores laterais, salvando colegas em apuros, que nem teve tempo de atacar. A cada jogo cresce no conceito da torcida e na confiança do treinador.
  • Henrique – Um esteio no meio de campo. Sempre ligado no jogo, defendeu muito e quando lhe deram espaço atacou. Silencioso, não reclama, não apela, não marqueteia, não joga pra torcida. Só trabalha em tempo integral para a equipe.
  • Marquinhos Paraná – Não foi o volante impecável de outras ocasiões. Chegou atrasado em algumas coberturas pela esquerda, levou dribles na lateral do campo, não foi efetivo no apoio ao ataque. Ainda assim, foi de extrema utilidade ao pausar a partida, quebrar o ritmo do adversário e ajustar a marcação de sua equipe.
  • Gilberto – Ainda não jogou metade do que fez no 2º turno do Brasileiro passado. Mas, ainda assim, arma com qualidade acima da média e aparece para conclusões com inteligência. Mais calmo, neste RapoCota, deu qualidade ao toque de bola que fez o Cruzeiro amaciar o jogo nos momentos mais difíceis, quando o rival citadino tinha controle da partida.
  • Roger Secco – Em 20 minutos, fez lançamento a la Gerson de Oliveira Nunes e cruzamento perfeito para o gol de desempate, e meteu um balaço que resultou no 3º gol, No fim, ainda prendeu a bola, que o adversário queria a todo custo. Grande estréia. Que jamais lhe falte fôlego nesta temporada!
  • Thiago Ribeiro – Não estava inspirado. Mas nem por isto deixou de transpirar. No 1º tempo, penou tentando furar uma defesa compacta. No 2º, melhorou e, por pouco, não arranjou um lugar na calçada da fama do Mineirão com um arremat de prima após lançamento magnífico do Sr. Roger Secco.
  • Bernardo – Em 7 minutos, sua curta passagem pela partida, preencheu espaços no meio de campo dificultando a armação de jogadas da Cocota.
  • Kleber – Entrou de sola, deu pescoção e pontapé na bunda de adversários. E apanhou na mesma medida, sem reclamar. Pra ele, treino é jogo e jogo é batalha campal. Se existe espírito de Libertadores, Kleber tem o Espírito de Clássico. Não é craque, mas quase leva os adversários à loucura. Os atleticanos não devem dormir na véspera do RapoCota. E o melhor, com o Gladiador não tem chororô. Na cancha se faz, na cancha se paga.
  • Chorões – Todo mundo chorou. Que beleza! Luxemburgo, pra não perder o hábito e, principalmente, para pressionar juízes, falou tolices pra mais de metro no final do jogo. Praticou a manjada esperteza de sempre para ganhar vantagem mais adiante. Cai na conversa dele quem é burro, ingênuo ou mal intencionado. Torcedores atleticanos cobraram, e aí com razão, o gol mal anulado de Tardelli. E muitos cruzeirenses, ao invés de comemorar a bela vitória, dedicaram-se a buscar, com lupa, possíveis vantagens que a arbitragem tenha concedido à Cocota. E encontraram evidências ridículas, pifias, bobagens de envergonhar até carpideiras profissionais. E preparem-se, pois o Rei dos Chorões ainda nem entrou em ação. A qualquer momento, o mandatário supremo do Clube de Lourdes abre suas comportas e inunda a cidade com suas lágrimas de crocodilo. Haja saco!
  • Juiz & Bandeiras – Atuação quase perfeita. Boa condução na parte disciplinar sem aplicação de cartões em excesso. Autoridade pra calar a boca do elegante treinador chorão da Cocota, que deu seu costumeiro piti à beira do gramado por causa de um cartão não aplicado a Kleber, boa interpretação dos lances de falta. O único erro do trio foi a marcar impedimento de Tardelli no gol anulado do Atlético-MG, no início do 2º tempo. Foi um baita prejuízo para o time derrotado, é verdade, mas futebol tem disso. E continuará tendo até virar matemática.
  • Adversários – Luxemburgo armou esquema tático correto pra evitar surpresas no início do jogo, rearmou pra tentar vencer no final, mas levou bola nas costas, que atende pelo nome de Sr. Roger Secco. Foi provocado pela torcida celeste, irritou-se, mas, verdade seja dita, não deu bananas, apenas mostrou as veias pelas quais, segundo ele, agora, corre sangue alvinegro. Jairo Campos destacou-se na defesa, Tardelli, jogando mais recuado, e Muriqui, encarregado de explorar espaços deixados pela defesa celeste, estiveram bem. Coelho, um tosco de carteirinha, surpreendeu com bons lançamentos e cruzamentos. Mas o astro supremo da constelação galinácea continua sendo Jonílson, um talento na marcação, um carrapato contra o Gladiador. Sem ele, a raposa teria devorado as penosas com mais facilidade.

O que foi dito

  • Adilson Batista, treinador do Cruzeiro: Tivemos uma boa arbitragem. Pode ter errado em determinados lances, mas não vejo por esse lado, não. O jogo foi bom e decidido pelos jogadores. É preciso parar de pressionar. Esse filme já conhecemos desde o ano passado. O Jurandy Gama Filho falou que iria tomar as providências, porque no ano passado falavam que era uma quadrilha, enfim, uma coisa feia. Eu achei que o Fábio não tinha necessidade de sair, e o Leo foi muito inteligente no lance. Foi muita coordenação, percepção e raça. Foi um lance importante, que acabou salvando. Estava 0×0. Tivemos algumas dificuldades porque o Muriqui criou muito para cima do Diego, mas corrigimos isso com a entrada do Pedro. No 2º tempo, com a troca, a gente melhorou, teve mais consistência, eles tiveram chances e nós também. O gol do Leo deu tranquilidade, depois veio um lance decisivo do Roger. As coisas ficaram sob controle, foi justo pelo 2º tempo que nós fizemos. O Cruzeiro foi mais eficiente, acabou fazendo os gols de bola parada. O deles também foi assim. Em lance que a bola era nossa, eles ficavam esperando para jogar de contra-ataque. Foram algumas metidas de bola para o Tardelli e o Muriqui. Mesmo atrás do marcador, ficaram esperando o Cruzeiro também. O Roger entrou dentro de uma previsão, ainda não está cem por cento fisicamente, o que é normal, vinha de um outro tipo de competição. Tem que ter paciência, calma, mas é um jogador talentoso, pegou, virou, enfiou a bola, penetrou, bateu falta, bateu escanteio, segurou, cavou falta, tudo aquilo que conhecemos do atleta. Eu vou ter de arrumar lugar para muita gente. Mas o lugar que eu falo pra eles é aqui, no dia a dia, treinando. Não é amiguinho da imprensa, amigo do diretor, amigo do presidente, da torcida, da facção. Comigo não tem conversa. Conversa do atleta profissional é dentro de campo. Está bem, vai jogar. Não está, espera, aguarda a oportunidade. Mas eu tenho tempo suficiente. O Roger está entrando de cabeça, querendo, pela qualidade que tem.
  • Leonardo Silva, beque do Cruzeiro: Acho que sou predestinado a fazer gol em clássico, tem acontecido, a gente trabalha pra isso e, graças a Deus, deu certo. A equipe toda defendeu bem, tive a felicidade de salvar um gol e fazer outro. Estou muito feliz. Aquela do Tardelli, eu vibrei como se tivesse feito um gol, porque tirar uma bola daquela é muito difícil, era gol feito. Todas as bolas são importantes, mas essa foi decisiva porque eles sairiam à frente. Temos um jogo muito difícil na quarta e essa vitória vai dar muita moral para continuarmos trabalhando em busca desse título da Libertadores.
  • Kleber, atacante do Cruzeiro: A qualidade técnica do Roger todo mundo sabe, não tem o que falar. Ele precisa ganhar um pouco mais de fôlego, precisa trabalhar mais fisicamente. Mas, tecnicamente, não tem o que falar do Roger. Ele entrou, deu um lançamento pro Thiago, cobrou o escanteio na cabeça do Leonardo Silva e fez o gol. Entrou faltando 20 minutos e entrou muito bem, nos ajudando.
  • Pedro Ken, meia do Cruzeiro: Foi um momento especial, principalmente porque a gente conseguiu a vitória. Espero que momentos como esse possam se repetir enquanto eu estiver vestindo a camisa do Cruzeiro. No primeiro clássico, a gente já conseguir vencer é um sabor especial. Pela primeira vez, pude dar minha contribuição. Agora é bola para frente. Temos jogo difícil da Libertadores e precisamos dessa vitória.
  • Diego Renan, lateral-esquerdo do Cruzeiro, em seu blog: Disputei meu terceiro clássico como profissional. Felizmente, consegui, junto com os meus companheiros, minha segunda vitória no jogo mais importante de Minas. Cruzeiro e Atlético é uma partida emocionante, repleta de variações táticas e muita festa da torcida. E é essa torcida que eu quero agradecer. Mais uma vez, os cruzeirenses compareceram em peso. Vibraram e cantaram muito. Deram um verdadeiro show, como estão acostumados a fazer. Tendo em vista essa rotina de espetáculos na arquibancada, admito que já estou ansioso para quarta-feira. Teremos um grande desafio pela Libertadores, contra o Colo Colo, e peço aos torcedores pra lotarem o Mineirão. Certamente, a presença e o incentivo de vocês nos auxilia muito dentro de campo!
  • Roger, meia do Cruzeiro: É mais do que a gente espera. Entrar e dar um passe para o gol de desempate e ainda fazer o terceiro é muito bom, ainda mais em uma estréia com casa cheia. O Atlético também jogou muito bem, o que valoriza ainda mais a nossa vitória. Treinamos bastante o chute de fora da área pra acertar sempre, mas, infelizmente não acontece toda hora. Estou muito feliz. Uma estréia como essa, tenho certeza de que minha família está em êxtase também. Agora, é curtir essa estreia, mas quarta-feira já tem um jogo superimportante, que temos de vencer. Convocamos o nosso torcedor pra lotar o Mineirão e nos ajudar. Cheguei depois dos companheiros, o pessoal está com um melhor condicionamento físico. É lógico que se precisar, vou estar pronto pra jogar.
  • Zezé Perrella, presidente do Cruzeiro: Acho que não tinha necessidade disso. Luxemburgo é um vencedor, que fez história com a torcida do Cruzeiro. Achei ridículo um treinador desse porte dar banana pra torcida. Acho que a torcida do Cruzeiro não merecia isso dele. Ele trabalhou com a gente e foi campeão. Acho que tem que saber perder. Ele ficou desesperado o jogo inteiro, brigou com o bandeirinha, com o juiz e mostrou um desequilíbrio total. Eu respeito o trabalho dele, mas acho que hoje ele foi muito infeliz e o Adílson deu um nó nele. A verdade foi essa. Se não tivesse anulado o gol do Tardelli, o jogo terminaria 3×2. Agora, teve um pênalti também no Kleber, que foi chutado, dentro da área. O bandeirinha viu e não aconteceu nada. Então, teve um gol anulado e um pênalti. Naquele lance, o jogador do Atlético tinha que ter sido expulso e seria pênalti. Então, ele não interferiu em nada no resultado do jogo.
  • Correa, volante do Atlético-MG: É claro que o futebol, clássico principalmente, é decidido em detalhes. Foi uma partida equilibrada, decidida nesses detalhes. Nós tivemos a chance, quando estava empatado, de virar o jogo e acabamos não sendo felizes. O Cruzeiro aproveitou. Infelizmente, a gente perdeu, mas o trabalho continua. Tomamos dois gols de bola parada que não podem acontecer. Saímos atrás, conseguimos empatar, equilibramos a partida, até estávamos com mais volume de jogo, tivemos a chance de fazer o segundo gol e acabamos não sendo felizes. Foi mais um clássico em que o detalhe definiu.
  • Jonílson, volante do Atlético-MG: A gente tem que quebrar essa sina de todo jogo contra o Cruzeiro sair derrotado. Que isso sirva de lição e não volte a acontecer novamente. Evoluímos bastante do jogo passado para esse, mas infelizmente não conseguimos a vitória. É claro que todo mundo sai triste, nós jogadores e o torcedor também, por não ter conseguido o resultado positivo. Mas o trabalho está sendo bem feito, agora é ter a cabeça no lugar, não adianta se desesperar também. Mas está na hora do Atlético voltar a ser grande, parar com essa sina de estar sempre perdendo pro Cruzeiro.
  • Jairo Campos, beque do Atlético-MG: Fiquei contente pelo primeiro gol no Brasil. Estou triste pela derrota, mas é trabalhando mais forte que vamos melhorar. A gente trabalhou bem, mas um descuido resultou no gol do Cruzeiro. Penso que, no geral, o time foi bem.
  • Vanderlei Luxemburgo, treinador do Atlético-MG: Eu não preciso justificar derrota por causa das minhas conquistas, mas o 3×1 mascara o que aconteceu. O Atlético, ao meu ver, foi melhor durante os 90 minutos, esteve mais próximo de fazer o gol, mas, aí vem o mascarar, o árbitro foi o grande responsável, sem tirar o mérito do Cruzeiro. Não pode anular um gol como aquele. Com três minutos, contra um adversário forte, se você sai com 2×1, automaticamente o adversário vai se abrir ficamos com o contragolpe. O Leandro tomou um cartão amarelo porque parou uma jogada, e porque não deu para o Paraná que parou o Muriqui. O Jairo me parece que fez duas faltas no jogo. Tomou cartão amarelo. O Leonardo fez uma porção de faltas. Por que não tomou cartão? Se o Kalil me perguntar hoje, eu peço árbitro de fora, porque os caras que estão aqui estão complicados. A comissão de arbitragem tem que saber que o trabalho não está sendo bem feito. O futebol dá muita volta. O cruzeirense tem que entender que, depois que eu saí de lá, eles não ganharam mais nada. Essa é a grande verdade. Para eles tirarem sarro comigo, vão ter que ganhar. Foi maravilhoso enquanto estive lá. Hoje sou contra o Cruzeiro. Sou Galo. Eles têm que primeiro ganhar grandes campeonatos pra tirar sarro dos outros. Hoje, estou do lado de cá e vou ser oponente duro pra eles. Vai ser duro ganhar do Galo, como foi hoje. Se não tiver apito, como foi hoje, vai ser duro. Não tenho dúvida que a coisa vai acontecer. Hoje, tive um retrato de que o Atlético vai ter grandes conquistas. O resultado de hoje não condiz com o que a equipe produziu. Tenho que dar primeiramente parabéns aos jogadores e à torcida do Atlético. O Cruzeiro com uma equipe mais pronta, o torcedor deles compareceu, trouxe a flanelinha, que não tem nada a ver comigo, mas nossa torcida e nossa equipe deu a resposta dentro de campo. A equipe está de parabéns, porque fez um grande jogo de futebol, com um detalhezinho na bola parada, que temos que trabalhar para corrigir. A torcida pode ter certeza que vamos ter um time competitivo. Saio triste pelo resultado, mas contente pelo que vi da minha equipe num clássico. O Atlético não vai pensar só no Mineiro. Vai pensar na Copa do Brasil e no Brasileiro. Esse time que estamos montando é elenco de Campeonato Brasileiro, com jogadores experientes, com 20 jogadores que se equivalem.
  • Alexandre Kallil, presidente do Atlético-MG, pelo twitter: Mais uma vez, fomos assaltados! Obrigado, torcida do Galo! Vocês fazem a festa sempre e não precisam ser comprados.
  • Juca Kfouri, em seu blog: O 1×1 do primeiro tempo no Mineirão não espelhava o jogo. Que teve o Galo superior, com três chances claras de gol, uma delas milagrosamente salva por Leonardo Silva, o mesmo que viria a falhar no gol do empate atleticano, marcado por Jairo Campos, aos 31 e, depois, daria a vitória ao time azul. Antes, aos 22, Gil tocou no escanteio cobrado por Gilberto e Leandro desviou de barriga para dentro do gol, num lance de muito azar e que punia quem estava melhor em campo. O Cruzeiro voltou com Pedro Ken no lugar de Diego Renan e o Galo voltou igual. Prova de que um técnico estava feliz com seu time e, o outro, não. Assim que começou o segundo tempo, ainda mais rápido que o Cruzeiro, Diego Tardelli marcou o gol da virada, anulado pela arbitragem que viu um impedimento que, pela TV, não existiu. Aos 8, de novo, Leonardo Silva tirou o que seria um gol, desta vez de Muriqui. Aos 13, Kléber que mais encenava do que jogava, foi pisado, fora do lance da bola, em pênalti que a arbitragem não viu e que se visse teria de redundar em expulsão. Aos 15, Muriqui furou na cara do gol. Depois de uns 12 minutos pouco empolgantes, os dois treinadores resolveram atender aos pedidos das duas torcidas: Adilson Batista pôs Roger para estrear, e no lugar de Gilberto, e Vanderlei Luxemburgo fez entrar seu ídolo, Obina, no lugar de Renan Oliveira. Aos 32, o veterano Júnior substituiu Ricardinho, apagado. O Cruzeiro já era melhor no gramado. Aos 33, Roger deu na medida, num passe de 30 metros, para Thiago Ribeiro bater de primeira e quase desempatar. Aos 37, Roger bateu escanteio pela esquerda e Leonardo Silva cabeceou firme para fazer 2×1. Foi a vez de Jonílson sair para Marques entrar porque o Galo queria, ao menos, empatar. Mas, qual: entra ano, sai ano, o Galo muda de presidente, de time, de técnico, e segue freguês do Cruzeiro. Thiago Ribeiro deu lugar a Bernardo, para fechar. Mas quem fechou mesmo foi Roger. Fechou o placar, aos 43, num golaço de fora da área. E o 3×1 ficou estampado no Mineirão, diante de 41 mil torcedores. Mais uma vitória de Adílson Batista, até nas substituições. Elegante, Vanderlei deu bananas à torcida vitoriosa. Um luxo!
  • Lédio Carmona, em seu blog: Era tudo o que Adílson Batista queria, às vésperas do segundo (e já decisivo) jogo do Cruzeiro, pela fase de grupo da Libertadores – quarta-feira, às 19h30min, contra o Colo-Colo, no Mineirão. Ganhar do Atlético, maior rival, era o empurrão que a Raposa precisava para esquecer as duas expulsões de Gilberto, a derrota para o Velez Sarsfield e as críticas precipitadas (e equivocadas) à qualidade e ao potencial do time. Perfeito para os azuis. O placar final de 3×1 no clássico (gols de Gil, Leonardo Silva e Roger, com bela estréia) foi perfeito pensando no ontem, no hoje e no amanhã. Era tudo o que Vanderlei Luxemburgo não queria, às vésperas da estréia do Atlético na Copa do Brasil – quarta-feira, em Rio Branco, contra o Juventus -, e para acalmar dirigentes e torcedores, inconformados com o péssimo início de temporada. A derrota para o Cruzeiro marcou a quinta partida do Galo no Estadual, com o currículo parcial de uma vitória, três empates e uma derrota. Até agora o time está em sexto, mas pode cair após o complemento da rodada, no domingo. As cornetas recrudescerão, a pressão, idem, e mesmo com o equilíbrio no clássico e com o bom elenco que tem à disposição, Luxemburgo terá que se virar nos 30 para explicar porque a largada foi tão morna. Luxemburgo lembra que o time teve mais volume de jogo. E que foi prejudicado pelo gol mal anulado de Diego Tardelli. Mas o fato é que o Galo não fez o resultado. E que completou oito jogos em Estaduais sem vencer o Cruzeiro. Não é motivo para crise. Porém, a inquietação é até saudável. É hora de o treinador, mesmo com o bom desempenho no clássico perdido, detectar onde estão os problemas que não fazem o time deslanchar. É o momento de blindar Muriqui, cobrado demais pelos torcedores. E de admitir que a entrada de Roger, do lado azul, rendeu muito mais do que a de Obina, todo enrolado. Não seria mais eficiente ter posto Marques mais cedo e tentado descentralizar os ataques? Pelo lado do Cruzeiro, deu tudo certo. O time fez um jogo equilibrado, teve dificuldades contra o Atlético, mas efetivamente ganhou a partida na entrada de Roger, que fazia sua estréia. Ele acendeu o jogo, pôs aceleração no time, acertou a cobrança de escanteio para Leonardo Silva fazer 2 a 1 e sacramentar a partida com um chutaço de fora da área. Que o Cruzeiro aproveite a vitória e ganhe tranquilidade para enfrentar o Colo-Colo, cravar três pontos e afastar a tensão do início tumultuado de Libertadores. A Raposa tem time para ganhar a Libertadores. Mas não pode perder para ela própria. E o Galo precisa aproveitar o momento instável para dar confiança ao grupo, aprimorar a tática e espantar os cornetas. Nesse momento, o melhor reforço atende por serenidade.
  • Mário Marra, em seu blog: Gostei muito do que vi no Mineirão. Jogo quente, agitado, de bom nível técnico e cheio de gols. O Atlético entrou com dois atacantes e Renan Oliveira tentando armar. A marcação não era na saída de bola e sim na linha intermediária. A bola boa era a que caía nos pés de Corrêa, Coelho e Ricardinho. Os três, que têm qualidade no passe e na bola longa, acionavam a velocidade de Tardelli e Muriqui. A defesa atleticana tinha boa postura e não permitia espaços. O Cruzeiro mostrava a marca do time. Tocava, valorizava, mexia em velocidade. O bom jogo pelos lados do campo não funcionou e Kléber, mais preocupado com os cotovelos, não apareceu. Aos 22, Gil aproveitou o espaço que a defesa atleticana deu e tocou na bola. Carini faria a defesa, mas no meio do caminho tinha um Leandro e ele desviou para o gol. Depois que marcou o Cruzeiro viveu momentos de instabilidade e não chutou mais a gol no primeiro tempo. O Atlético estava bem em campo e empatou com Jairo Campos. O equatoriano aproveitou falta lateral e desviou para o gol. A bola estava entrando até que Fábio fez mais um de seus milagres e salvou. Campos apanhou o rebote e bateu para empatar. O detalhe é que Leonardo Silva deu muito espaço e ainda não permitiu que Fábio visse o lance. Adilson mudou no segundo tempo. Tirou Diego Renan, que sofreu com Muriqui, e chamou Pedro Ken. Marquinhos Paraná foi para a esquerda e Pedro Ken inibiu a eventuais subidas do Leandro. Aos 2 minutos, em velocidade com Muriqui pela esquerda achou Diego Tardelli na cara do gol e ele fez. O auxiliar Jair Albano Félix apontou impedimento de forma errada, a posição era legal. O Atlético continuava bem. A estratégia montada dava resultado e Corrêa se destacava muito nos lançamentos. Muriqui, que se destacava na velocidade e toques rápidos, foi péssimo nas finalizações. O jogo caiu um pouco, creio que pelo desgaste dos dois times. Até que… Luxemburgo resolveu apostar no ataque com Obina em campo no lugar de Renan Oliveira. Não deu certo! Do outro lado, Adilson chamou Roger e sacou Gilberto. Adilson se deu bem melhor na troca. O Atlético perdeu a posse de bola e parou de chegar. Com Obina em campo o Galo finalizou só duas vezes. O segundo gol saiu aos 36 minutos. Escanteio batido por Roger e Leonardo Silva subiu muito e fez. O gol desorganizou o Atlético e Luxemburgo tirou o volante Jonílson e apostou em Marques. Ricardinho também saiu e entrou Júnior. Marques, Tardelli, Obina, Muriqui e Júnior. Nenhum deles marcava. Adilson também mexeu e colocou mais um meia. Era o balanço e a ocupação de espaço de um lado e o desespero do outro. Deu Adilson! Roger recebeu com espaço e bateu bem para fazer o terceiro gol. Torcida x Luxemburgo: Quando o Cruzeiro fez o terceiro e garantiu a vitória, das arquibancadas o que se ouviu foi um forte grito de “Ah! É Luxemburgo!!!”. A gozação mexeu com o treinador. Luxa ficou irritado e bateu no peito pedindo respeito. No vestiário ele se mostrou sereno quando falava do jogo e perdeu a compostura ao falar do torcedor cruzeirense. Luxemburgo + Torcida: Se de um lado Luxa se indispôs com os azuis, na entrevista coletiva, ele capitalizou e muito para sua imagem com o torcedor atleticano. Ele disse mais de uma vez que agora era Galo, que o Galo isso e aquilo… Adilson: O treinador cruzeirense manteve seu ótimo retrospecto em clássicos. Adilson sentiu que o Atlético melhorou e ainda assim manteve a serenidade e olhos abertos para aproveitar as oportunidades. Roger: Foi só o jogo acabar que choveram comentários e palpites. Todos pediam Roger como titular já contra o Colo Colo. Acho precipitado. O nível físico dele está abaixo dos outros e contra um meio de muita pegada não sei se daria certo a entrada dele desde o início.
  • Vitor Birner, em seu blog: Mesmo pela fraquíssima fase de classificação do campeonato mineiro (12 times disputam em turno único de pontos corridos 8 vagas na fase seguinte), a tradição apimentou o grande clássico Cruzeiro x Galo. Belo jogo! O resultado poderia ter sido outro se Renato Cordeiro Conceição não anulasse o gol legítimo atleticano quando o resultado era 1×1. Roger, quando marcou o terceiro, conseguiu “decapitar” o Raposão após alguma insistência, e foi, de Raposão, comemorar com a nação cruzeirense atrás do gol.
  • rdish, no PHD: Analisando friamente o Atlético-MG, tenho a impressão, inclusive compartilhada por colegas meus e parentes torcedores zebrados, que ele passará por bons apertos nesse ano. O nosso rival tentou se fortalecer. Tem pontos fortes: laterais bons no apoio, um bom atacante (Tardelli), bons zagueiros (não acho o Werley tão ruim assim, tem piores) e um treinador experiente. Além disto, montaram um time técnico, que tenta tocar a bola. Isso é raro no rival. Desde que me dou conta como torcedor, eles sempre tiveram times mais aguerridos, que gostam de correria, do contato. O problema é que o time deles também tem um série de problemas. E sérios. Primeiro, não têm goleiro confiável. Já tentaram vários, mas nenhum deu resultado. Um goleiro de boa qualidade técnica faz uma diferença enorme nos momentos decisivos. Foi um dos motivos cruciais deles perderem a vaga pra Libertas ano passado. Petkovic que o diga. Segundo, o ataque vive só de Tardelli. Ele é mais eficiente jogando próximo à área. Mas ele acaba voltando demais para o meio-campo, por falta de alguém pra fazer companhia, com qualidade. Muriqui é corredor, veloz, mas finaliza mal. Vi outros jogos do rival, que mostram isso. Obina é mais de área, não complementa o Tardelli. Resultado, o ataque deles é ineficiente. Terceiro, a média de idade do time é muito alta. Isso não seria problema se estivéssemos falando de veteranos com boa forma fisica. Mas não é o que ocorre. São jogadores experientes que não aguentam um jogo inteiro e intenso. Reparem que raramente Ricardinho, por exemplo, termina um jogo. E Junior e Marques nunca entram de cara no primeiro tempo. Fico imaginando o que será desse time do segundo semestre pra frente, no que diz respeito à parte física. E pra mim o quarto defeito, o pior deles e meio devido ao terceiro. O meio do rival é lento demais. Toca bem a bola, mas não tem velocidade. Luxa tem tentado consertar isso com o Renan Oliveira, sem sucesso. Corrêa e Ricardinho não aceleram o jogo. Jonílson é apenas um destruidor de jogadas, fica sobrecarregando tendo de marcar pelo meio inteiro às vezes (esforço não reconhecido, diga-se, pois o Luxa quer o Zé Luiz no lugar dele, pra mim um retrocesso). É fácil para um time de mais qualidade marcar a meiúca atleticana. No clássico, os meias deles se superaram, mas ficaram muito atrás, marcando como nunca. Se esse mesmo time resolver começar um clássico contra o Cruzeiro ou qualquer outro time de mais qualidade, jogando aberto, terá muitas dificuldades, muitas mesmo.
  • Maurício Sangue Azul, no PHD: Luxa armou o time carcarejante muito bem. Muriqui caia pelo lado esquerdo do Cruzeiro, o mais fraco da nossa defesa. Diego Renan sobe muito e a cobertura é deficitária. Adílson vai acertar isto com certeza. Ele ainda está procurando o melhor posicionamento pra esta cobertura. Acredito que ele vai tentar resolver a situação quando Roger estiver em melhores condições e ele puder encaixar o Gilberto no setor de volantes cobrindo os avanços do Diego Renan. Aí, o bicho vai pegar com Elicarlos, Henrique, Paraná, Fabricio e Gilberto disputando três vagas.
  • Matheus Penido, no PHD: O time riscado encarou o jogo como decisão pra valer, a começar do treinador. Jogaram com tudo, o que só valoriza a vitória celeste. Paraná foi um dos melhores em campo. Basta ver que em qualquer momento de aperto era a ele que o time recorria e ele tratava de arredondar a gorducha e passá-la com segurança a um companheiro. Elicarlos é limitado mas tem uma disponibilidade rara pra fazer o que o treinador pede. Pela utilidade em qualquer momento é o “quinto titular” da meiúca. Leonardo Silva salvou um gol espetacularmente e fez outro. Ele e Gil tiveram problemas com o corredor Muriqui mas tiveram boa atuação. Parece que O Obama reencontrou seu futebol de 2009. Agora duas cornetadas: Kleber cumpriu bem seu papel de segurar os beques atleticanos,mas precisa se mancar que não existe juiz no mundo que caia em todas as suas encenações. E ainda atrai a antipatia deles, especialmente em Libertadores. Aí, quando apanha mesmo o apitador dá de ombros e não se fala mais nisso. Diego Renan tem que ter uma cobertura mais adequada. Ou senão frear o impeto ofensivo. O problema é que, mesmo quando defende, o 6 celeste dá espaços de sobra pro adversário. Enquanto ele desenvolve seu poder de marcação, a cobertura terá de ser aperfeiçoada. Ou senão tirar o garoto do time. Fico com a primeira opção.
  • Bruno Pontes, no PHD: Os zagueiros foram bem, mas com uma dose de sorte. O gol dos atleticanos, a furada do Muriqui e o gol mal anulado foram 3 falhas sérias da nossa defesa. Número alto, mas que não anula os acertos. Tiraram várias bolas importantes e ainda marcaram gols. Mas a atuação da zaga esteve longe de ser perfeita.
  • Dylan, no PHD: Não vi penalti no lance do Kleber. Ele bateu primeiro, o cara revidou. Deveriam ter sido expulsos os dois. Mas quando isso rolou o juiz estava de costas pro quiproquó. Erro mesmo foi o gol mal anulado do Atlético que só serviu pro Luxemburgo desonestamente desviar o foco do que aconteceu de fato: o Cruzeiro tem um time melhor, jogou melhor e esta superioridade se traduziu no placar.

Links e Fontes

Transmissão

  • Globo Minas
  • Sportv